A Palavra, o Silêncio e a Busca pelo Sentido da Vida
Nesta conversa profunda e reveladora, o convidado foi José Manuel Pereira de Almeida, médico, padre e professor, cuja vida e pensamento giram em torno da reflexão sobre o ser humano, a ética e a espiritualidade. Através das palavras e do silêncio, conduz-nos numa jornada sobre a existência, a comunicação e as escolhas morais que moldam o nosso tempo.
A Comunicação Entre a Palavra e o Silêncio
A palavra tem peso e o silêncio também. O convidado destaca a importância de ambos na comunicação, principalmente no contexto da fé e da medicina. A escuta ativa e a empatia surgem como ferramentas essenciais para compreender e acolher os outros. A teologia negativa, que sugere que Deus é melhor compreendido pelo que não se diz, mostra como o silêncio pode ser mais expressivo do que qualquer discurso.
O Impacto da Pandemia na Igreja e na Comunidade
A pandemia transformou profundamente a experiência religiosa. Igrejas vazias, missas sem fiéis e funerais solitários foram algumas das imagens mais marcantes deste período. O Papa Francisco, numa praça de São Pedro deserta, tornou-se um símbolo de uma humanidade suspensa, num silêncio carregado de significado. Pereira de Almeida reflete sobre o impacto emocional e espiritual deste tempo e como a Igreja se adaptou, criando espaços de escuta e acolhimento para os fiéis.
As Escolhas Difíceis da Medicina: Quem Vive, Quem Morre?
A ética médica foi desafiada ao extremo durante a pandemia. Pereira de Almeida recorda debates bioéticos complexos sobre a distribuição de ventiladores e cuidados intensivos. Como decidir quem tem acesso a um tratamento quando os recursos são escassos? Para ele, é fundamental que existam critérios objetivos, mas também que se evite uma lógica fria e mecanicista que desvalorize vidas humanas.
Estes dilemas não são novos. Nos anos 60, nos Estados Unidos, com o surgimento da hemodiálise, as primeiras comissões de ética médica debatiam quem devia receber tratamento. Pereira de Almeida relembra que decidir sobre a vida e a morte nunca será fácil, mas o essencial é manter o respeito e a dignidade de cada doente.
Para saber mais sobre a bioética e os desafios das escolhas médicas, consulta este artigo da National Library of Medicine.
A Importância do Toque e do Acompanhamento na Dor e na Morte
O toque, muitas vezes subestimado, é uma ferramenta essencial na medicina e na vida espiritual. Durante a pandemia, o distanciamento social impediu gestos tão simples como um aperto de mão ou um abraço, elementos que ajudam no luto e na cura emocional. Sem esse contato, o sofrimento tornou-se mais solitário. O padre-médico destaca que o papel dos cuidadores e da família é essencial para trazer conforto nos momentos mais difíceis.
Um estudo sobre a importância do toque humano na saúde pode ser consultado neste link.
A Bioética e o Envelhecimento: Como Tratamos os Mais Velhos?
O envelhecimento da população traz desafios éticos. Num mundo cada vez mais centrado na produtividade e na juventude, os idosos são muitas vezes vistos como um fardo. Pereira de Almeida defende que, ao contrário, devem ser valorizados como guardiões da memória e da cultura. Uma sociedade justa precisa de cuidados paliativos de qualidade, garantindo que o envelhecimento seja vivido com dignidade e respeito.
Para explorar mais sobre cuidados paliativos, consulta este relatório da World Health Organization (WHO).
A Política, o Populismo e a Comunicação de Massa
A conversa também tocou no populismo e na ascensão de líderes como Trump e Bolsonaro. Pereira de Almeida alerta para o perigo do discurso fácil e binário, que simplifica questões complexas e divide a sociedade. O populismo tem sucesso porque apela às emoções e à necessidade de respostas rápidas. Num mundo de comunicação instantânea, a reflexão crítica é mais necessária do que nunca.
Para compreender melhor o impacto do populismo na democracia, recomendo este artigo da The Atlantic.
Conclusão: O Valor da Palavra e da Reflexão
Esta conversa leva-nos a refletir sobre temas essenciais: a comunicação entre palavra e silêncio, a ética na medicina, a importância do toque e a forma como tratamos os mais velhos. Em tempos de ruído e polarização, a escuta e o diálogo tornam-se atos revolucionários.
Subscrevam e partilhem com quem se interessa por estes temas. Para aprofundar as reflexões deixadas, vale a pena revisitar as fontes e artigos mencionados ao longo do texto.
José Manuel Pereira de Almeida
Padre, Professor e Médico
Vice Reitor da Universidade Católica Portuguesa e Professor auxiliar convidado da Faculdade de Teologia. Doutorado em Teologia (Universidade Gregoriana; Roma). É Vice-Reitor da UCP. Leciona Teologia Moral Social na Faculdade de Teologia e Doutrina Social da Igreja no Instituto de Estudos Políticos da UCP. É Coordenador Científico do curso e-learning “Pensamento Social Cristão. Memória e Projeto” da Faculdade de Teologia. Médico, especialista de Anatomia Patológica do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. É Presidente do Conselho de Ética para a Investigação da UCP. É Membro da Sociedade Científica da Universidade Católica Portuguesa. É Sacerdote da Diocese de Lisboa. É Membro do Conselho Presbiteral (coordenador do Secretariado Permanente) e Consultor Eclesiástico do Patriarcado de Lisboa. É Secretário da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana; Diretor do Secretariado Nacional da Pastoral Social e Coordenador Nacional da Pastoral da Saúde. É Assistente Eclesiástico da Comissão Nacional Justiça e Paz e da Cáritas Portuguesa. É Vice-Presidente da Comissão de Ética da ARS de Lisboa e Vale do Tejo. Foi Presidente da Sociedade Portuguesa de Citologia. É sacerdote da Diocese de Lisboa.
LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO0:11
Ora, vivam.
Bem-vindos à segunda edição do podcast pergunta simples.
Depois de passar pela televisão com Clara de Sousa e tempo de ouvir palavras que vem do púlpito de um altar, as igrejas têm normalmente uma excelente acústica, um som característico com eco inimitável, mas também podem ser palavras de Cátedra.
0:30
É um mestre que ensina teologia na universidade ou num médico que sabe ler pedaços da nossa carne.
Chama-lhe se dos, mas que intui o espírito das pessoas num piscar de olhos.
Chama-se José Manuel Pereira de Almeida e é o convidado desta edição.
0:56
É médico e padre e professor, mas estes são rótulos mais formais.
Lá dentro, tem muito mais coisas para mostrar.
Conhecemos numa comissão de ética.
Todos nessa comissão sabiam muito do tema da ética.
Chet will o meu papel nessa comissão era o de perguntador, ignorante, seguramente fui convidado porque nada sabia de nada.
1:18
Não me dei mal na função ao longo da vida, não saber nada de nada e perguntar sobre tudo.
Desde esses tempos, ouviu sempre com atenção muito por aquilo que sabia e tanto por aquilo que dizia não saber ou duvidar e sumir.
1:35
Isso só está ao alcance dos sábios ou dos mestres?
Isto é um podcast sobre comunicação, e o convidado desta edição usa a palavra e o silêncio para comunicar.
Começamos com a mais óbvia e fácil das perguntas.
1:53
E Deus exista para muitos, pode ser uma.
A pergunta é, creio mesmo que, para aqueles que defendem que não existe, será a mesma pergunta é da vida?
É neste tempo.
2:12
Um que é Oo nosso.
Creio que é.
Para os para os cristão, recebemos de Paulo, sexto, uma EE do patriarca atnágoras, ao tempo na visita a Jerusalém.
2:31
Em que ele conhecia é o texto é conjunto.
Ele tem francês porque é a língua Internacional que.
É o Espírito Santo, fala as nossas igrejas.
Portanto, a igreja oriental e a igreja ocidental.
Através do ateísmo, dos nossos irmãos e irmãs.
2:49
I.
E, portanto.
Isto para dizer é, se calhar estamos todos nessa procura, alguns mais conscientes, outros menos.
É um negação, é outros, pela convicção de que, a partir de uma determinada via é.
3:12
A uma?
É, há uma procura de sentido, é que faz denominar, é.
Alguém de Deus, eu estou dizendo alguém, porque a tradição cristã.
3:29
E que diz que Deus é pai ou mãe, é dos mado, mas estamos lá no seu coração, ou seja, que Deus mora no nosso coração.
E é.
Mas sinto-me particularmente é próximo daqueles que é sobre isto, não sabem dizer nada.
3:48
Há uma tradição importante da teologia cristã, que é teologia negativa.
Quer dizer que nós fazemos melhor serviço a Deus não dizer nada do que dizendo as tontices que às vezes não, algumas cirurgias aparecem, como é que é ser padre?
4:05
Subitamente, os fiéis desapareceram da igreja e imagino que desapareceram.
Claro que desapareceram.
E como desaparecemos todos de todo lado, não é da convivialidade e portanto é.
Propagar essa da igreja vazia ou naquela é imagem, então é difundida e que eu creio que atingiu a todos, falou.
4:30
Da mesma maneira, crentes e não crentes do papa numa praça de São Pedro vazia é é uma imagem fortíssima.
Digo eu, como é que viu esse momento?
Assim como uma profecia é no que diz respeito a é poder comungar da dor e da aflição de tantos.
4:50
Em tantos outros sítios diferentes é que se viam confinados, que é agora 11 termo que a gente também aprendeu.
É, é, não é numa intimidade não, querida.
Numa numa escolha de de uma clausura, não um.
5:10
Não desejava, não é?
É.
I.
EE.
Portanto, o que é um padre?
Uma igreja vazia é eu outra vez tomar consciência é.
Do que?
Claro que nós somos, na tradição cristã, é assembleia, é que é contra, não é o sujeito é que que reza, que escuta a palavra, que é a assembleia e portanto.
5:39
Na ausência física de uma assembléia, é perceber que é eucaristia, no caso, vulgarmente se diz missa, não é?
A missa é celebrada por todos que estejam quer não é?
Há 11 obra pequenina de de ter chardin, que que que é?
5:59
Intitulada a missa sobre o mundo e a ideia de facto de é no de retirar o aspecto consumista.
Anda das missas avulso e a todas as horas.
E como se vai ao supermercado e portanto, queremos quer?
6:18
Não, os calhar é.
Um, nós também é resvalamos para estas.
É.
Prestas ideias feitas que no ocidente versão é.
6:37
A ideia do as Ideas do consumismo.
EOE esta hipótese que não nos foi proposta, que não foi escolhida por ninguém, é foi também ocasião de pararmos.
Que há coisas, é que a.
6:57
A para lá é daquilo que é imediato, EE.
Há relações que procuram pro lado daqui, o que é imediato.
Quer dizer que, apesar das pessoas não se reunirem na comunidade nessa altura da missa a comunidade se manteve perseguida que, psicologicamente sentido, união, eu?
7:17
Eu creio que sim.
Que calma aí daí do do estarmos perto, ainda que longe estarmos próximos, ainda que distantes, isso é do resto, foi facilitado porque.
Pode.
Não se pode, poderia não ser exatamente ali.
7:34
A volta não, aí é do resto.
Isso na cidade já não estava tão à volta.
Assim, a mobilidade no mal da ieee missa é é uma coisa importante, em particular.
A ideia do no domingo, ir à missa dominical em de em de 11.
7:49
Eu acho que ainda ainda marca, não é até para que os que não vão e ficam no café sem à frente.
Mas até isso faltou, não é o cafezinho da falei da frente, da da igreja, isso se nós olharmos, é para para aquilo que são rituais religiosos, mas tão tão.
Também muito hit culturais, estou a pensar nos casamentos que pararam nos batismos, que foram adiados e nos funerais inadiáveis.
8:14
Mas onde não estava ninguém?
Pois é isso.
Durante eu eu tive funerais, eu todo todo esse tempo está claro e nas primeiras circunstâncias, situações podiam ser mesmo assim, na cidade é diferente.
8:31
Como tu dizias, é, podiam ser mais.
Nossa, se isso mudou muito a partir de de de meados desta desta temporada, quando se isso não há limite para familiares, e claro que nas famílias grandes o limite depois dizia respeito a cada um.
8:49
É, é, pois a circunstância objetiva do do espaço é, mas como é que eram esses funerais?
100 pessoas com 4 pessoas, 100 pessoas, sim, é, eram, podiam ser.
Eu tive boas experiências, mas acho que, noutras circunstâncias, não foram boas experiências.
9:09
Sobretudo aquelas em que vivem o afeto muito a flor da pele, né?
Porque não há, não há braços, não há tanto.
Foi tudo muito sóbrio, é nossa que se calhar já somos mais jovens do que em outras bandeiras do mundo.
É EE, portanto, acabava por ser.
9:28
É uma dor muito vivida.
Sem partilhas, não é e, portanto, sem o espaço da é do acompanhamento humano que torna.
É mais humana, dor é, ou eventualmente viveu um, qual é a importância do toque nestes nestes momentos?
9:49
Pois é, é tanto, né?
E nesta altura, nada não é é é e mais.
E a expressão com a máscara à expressão também muda muito e, portanto, a gente salve os olhos e não sabe nada o que é que se passa abaixo, as vê, os olhos falam, mas é não dizem tudo, e o Ian e o poder da palavra, alguém com com a experiência que tem com.
10:13
Enfim, com.
Muitos anos, acompanhar comunidades e nestes momentos.
Hora de grande Felicidade, como o caso dos casamentos, batismos e hora de grande.
É tristeza e luto como como como um funeral de um ente querido.
10:29
Como é que escolhe as palavras?
Preparadas para isso?
Pensa sobre isso, escrevi sobre isso ou é um ato natural e de empatia nesta, nesta conversa?
Eu direi que a gente sim que é reza sobre isso, e é.
10:49
Durante muito tempo, e continua sendo um desafio no jornal.
Para as coisas importantes, quer dar Alegria, quer da tristeza.
As palavras nunca chegam e, portanto, é.
Nós temos um.
11:06
É as palavras que dizem na tradição cristã, a palavra que é o próprio Jesus.
Portanto, a gente espera que dá alguma maneira isso.
Passe através das nossas, dos nossos pobres termos e dos dos dos gestos que aqui são mais austeros.
11:24
Pois é.
E que é, e que a pouco e pouco como as pessoas também conhecem a palavra e são essa de que Deus nos dirige em Jesus, que viveu a nós uma vida humana até o fim é não excluindo o sofrimento e a morte.
11:44
É, podem elas próprias?
Anunciarmos essa mesma palavra, ou seja.
Acreditamos que não há uma comunicação única, quer dizer, não são as pessoas não são unicamente destinatárias.
12:00
Elas também são protagonistas, são habitados para a mesma palavra e podem, na melhor dos das hipóteses, evangelizar os padres.
Você toma um diálogo entre entre as pessoas?
Sim, é mesmo.
Quando não é dito, ocorre me agora uma é provavelmente dos diálogos mais íntimos, que pode ter tido a questão do confessionário do do.
12:23
Formalmente num num confessionário, mas seguramente, muitas conversas é muito.
Assim como assim como esta que a volta de sacralizar o carinho, isto.
Como é que se resolveu isso?
Que pessoas, enfim, da da comunidade, é que que precisaram de de, de trocar algumas palavras, de ouvir algumas coisas e desabafar?
12:43
Posso usar a expressão para construir a rede Arame é e passamos a fazer sempre com Marcação, que é uma coisa que a gente habitualmente na igreja estado, disponível ao ponto e agora não é por Marcação, é com 1 hora.
É como a distância é, com uma higienização da carreira e da e da mesa em que.
13:03
Outras pessoas, então, depois do outro lado, sim é, e portanto, radiar Almas.
Como dizias, tive até recentemente.
É pessoas que não é para se confessarem, é para para a procura do sentido que tem este sentido todo, desta coisa que nos aconteceu, não é?
13:28
Isto e que sente texto, né?
Portanto, é e é engraçado, porque a gente, no geral, é como em todas as boas conversas, devolvemos lhe perguntando aí, portanto, vamos encontrando alguns caminhos.
Em a procura desse sentido é faz parte a parte da da, do uso da palavra e é muita a partida.
13:48
Escuta, é muitíssimo a parte da escuta, como é que escuta bem?
Ainda dá uma ideia aqui que os tempos estão muito para se falar muito para se falar muito alto e para se ouvir muito pouco.
É ouvindo o murmúrio da das coisas com.
Que.
Que estratégias são essas para para escutar?
14:04
Estar lá é e estar disponível é.
Não julgar?
É, e.
E ter tempo não andar à pressa e são tudo coisas raras neste, nestes momentos é que a gente é se encontra.
14:21
Eventualmente, o tempo melhorou.
É, quer dizer, não sair, porque agora ao menos temos mais tempo entre as reuniões.
Porque não temos que nos deslocar de uma de um lado para o outro anão ser nós aqui?
Hoje, por exemplo, porque é sempre a frente de um ecra e estamos sempre numa sala e entramos na outra.
14:40
É com ambientes muito diferentes e sem tempo gasto nos transportes.
Mas o tempo é um.
É um recurso escasso no mundo em que vivemos mais e, portanto, dar tempo, dar atenção.
Da área, é?
14:56
Um Sorriso, dar confiança é também é expressão de uma vida que se dá, que se entrega é e eu creio que isso faz viver uma vida que faz viver, que que dá a possibilidade ao outro, de é ser quem é e de perceber que.
15:17
Na Na Na visão crente.
Que Deus o ama, é mesmo que as circunstâncias às vezes nos mostrem o contrário.
Um quando vimos a imagem para quem não viu é do papa, é atravessar a praça de São Pedro.
15:34
É fazer uma missa que era um via Sacra em si, no meio da praça, sem ninguém completamente praça, fazia havia uma.
Essa, essa também foi via Sacra, foi o moro.
São sobre OOO povo com uma benção, sim, e há o sinal do silêncio, porque há momentos em que o papa para EE ouço o vento verdadeiramente da esse silêncio é, é, é como é que como é que se, como é que viu isso?
16:02
Esse silêncio é muito é cheio.
Cheio de si, cheio de sentido, não é de eu creio que é ali está a humanidade suspensa.
É como ainda nos encontramos hoje é do tanta coisa.
16:18
I.
II?
Né?
Num é.
Numa pausa que, como quando nós paramos de respirar um instante na e um, ficamos é.
16:35
Em suspenso durante um tempo, e eu creio que foi isso que acontece à humanidade naquelas naqueles momentos, e notou-se mais por este papa ser um papa cheio de palavras.
Ele é um papa cheio de de palavras e palavras vibrantes.
Ele não poupa, sim, não poupa palavras, sim, mas também não é um fala barato, é, quer dizer, sendo da origem italiana, sendo 11 argentino, sendo um jesuíta.
17:03
É, podia.
É, de facto, eu escolhi muito bem o Cris, às vezes tem termos muito simples.
Mas não nos podemos enganar, é acerca da facilidade com que quer dizer toda a gente percebe, mas depois, quando se lê o que eu escrevi.
17:23
É, não é uma leitura só, não dá para ser tudo, tanto é.
E eu não, não põe muitos adjetivos para é prazer.
O que?
O que Oo que pretende, ou seja, é.
17:40
O texto, que é simples, tem é densidade em cada palavra.
Podemos ficar em Itália.
Ainda, o ecovida não tinha chegado a Portugal, ou tínhamos muito poucos casos.
E olhávamos para as imagens do caos nos hospitais, olhávamos para o número de mortos muito elevado e.
18:05
Olhamos também para.
Decisões éticas que tiveram de ser tomadas, nomeadamente isso, foi muito discutido, é probabilidade.
Querem imaginar que a realidade de que nem todos os doentes italianos que necessitavam.
18:23
Puderam ter acesso a um ventilador, uma máquina de respiração que os pudesse ajudar a sobreviver à covide.
Como é que se faz uma escolha destas?
Essa é.
É.
É 11 questão que surge logo no início da chamada bioética.
18:42
Anos tenta é Estados Unidos é rins artificiais.
Era a questão da hemodiálise.
É como é que AA poucos aparelhos há muitos pretendentes, como é que se faz, não é, portanto, a criação da primeira de uma das primeiras comissões de ética, chamada não por acaso, gotze cometi exatamente para.
19:03
Comédia de Deus quem vive, quem morre, como se Deus tivesse essa função, que é uma coisa que eu acho que também é de teologia duvidosa, é.
E isso foi muito Agudo em todas essas circunstâncias, e.
19:20
É e deu, deu o do novo novos escritos em vários vários matizes.
É muito importante que que haja critérios objetivos definidos à partida.
Para diminuir?
19:37
Ó evitar uma arbitrariedade de momentaneamente e sentimento só de afinidades.
É muito importante que não seja, por exemplo, só a ideia da idade ou que os velhos sejam.
É como que relegados é para uma vida que não tem valor, é lembra outras coisas mais estranhas acerca do sentido da humanidade e, portanto, é efetivamente, em cada circunstância, hã?
20:10
É, é preciso, é.
Para o dinheiro, os que estão mais vulneráveis, mas é dando a oportunidade para que eles tenham maior possibilidade de sair do ventilador.
Porque nós ventila, ninguém ainda é mesmo em circunstâncias sem serem premia.
20:30
Pois ficar ligado à máquina não é tanto.
Isso é Oo um azar dos azares tanto utiliza essa máquina transitoriamente para comer, salvar alguém e, portanto, é.
É preciso que ela seja bem, aplicava naquelas tem melhor possibilidade de passar por lá e dar lugar ao outro.
20:46
É.
Ficando aos para entendido.
Quero imaginar que numa unidade de cuidados intensivos com dezenas de doentes, entrar todos os dias e com incapacidade real de resposta.
Essa capacidade de se dir, seja um é um, é um trabalho muito árduo, trabalho de equipa, é EE.
21:13
É e é isso que faz.
Por exemplo, é?
O burnout dos profissionais de saúde que viveram estes tempos na linha da frente, como se diz, também utilizando uma expressão que eu creio que é bélica, tudo isso mais é eu esgotamento.
21:31
Isso e, portanto, o também, elas precisam.
Depois dá algum recuo e dar alguma recuperação é para depois voltar de novo esta esta luta porque é uma luta que se trata, é pela vida.
De de suspense como como médico, e ainda por cima, numa instituição No No IP ou de Lisboa, onde, enfim, a vida e a morte estão ali, sempre em permanência.
21:57
Como é que as equipas gerem isto?
Como é que é?
Oo que que diz a quem que como é, como é que isto, como é que isto funciona dentro do do uma dinâmica de de equipas, pois eu precisava tudo via aos de fora porque estava numa área em que o primeiro pedido é que fizesse bons diagnósticos e depressa.
22:16
Isso também conta para para tratamentos.
Agora é sim, é.
O nível de formação é em termos de humanidade, um dos técnicos que se.
Que é importante que sejam bons técnicos na área em que se encontram, mas que tenham de facto 11 background, 11 formação é humana de reflexão sobre o seu agir, sobre as consequências do seu agir, sobre as motivações, sobre no fundo.
22:50
É, é, trata-se de uma formação completa e um médico tem isso, o.
Quer dizer o qualquer escola nos ensina que se preze é a ponta.
É nesse sentido, a minha, na minha altura é ou na altura em que nos formámos aqueles que agora temos é perto de 70 anos, é tínhamos poucos.
23:14
É que nos tematizaram coisas destas e ouvíamos isto num Miller guerra, por exemplo, que nos deu história da medicina e deontologia.
Mas é de antologia.
Não era de antologia, dinheiro, era uma.
Uma reflexão muito humanista da da medicina.
23:32
E depois?
E tivemos grandes mestres que, sendo internistas, ou patologistas, ou, de facto, discorriam sobre a vida e o mistério da vida na relação de encontro é das uma das pessoas umas com as outras, e eu acho que isso é o que faço.
23:51
A formação é de um médico hoje, se calhar é agora das mais atenção às questões da da bioética, da filosofia, da medicina.
É.
Oxalá é, não é?
É, mas é muito importante aquela figura do dos mestres.
24:12
Em que aprendemos a pensar e a sentir, é como vemos que os pensam e sentem e decidem nas alturas.
Decisivas, não é?
Os mestres desapareceram o.
O especulativo, dizer isso.
24:29
Eu creio que as grandes figuras para nós, como é natural, é.
É assim, dá alguma maneira entre nós. configura na minha área.
24:58
É na minha patológica.
Essa é essa figura do do mestre, o que que, o que que o distingue?
O imagino quer dizer critérios técnicos que saiu da anatomia patológica, dormia.
Mas há mais qualquer coisa assim.
Há esse.
Essa relação humana é do pensar a medicina do pensar OA vida.
25:19
A reação das pessoas é de o procurar.
É mais ir mais longe EE não se resignar com Oo sofrível ou poucachinho, isso é.
É a questão do do mestre.
Era era uma provocação para Alameda é um mestre, tem sinal oitavo me.
25:38
Ok, o que eu.
O que que eles dizem?
O que é que tem alunos?
Tem é, é.
Faz parte de comissões, de ética.
O que que diz aos?
O que que diz aquilo que o querem ouvir?
Eu acho que essa é a palavra, a palavra que eu quero colocar bola.
25:53
Apenas um perceber é a área em que nos movemos.
Não é?
Portanto, sim, aqui é minha, aqui Na Na católica, minha área é reflexão ética na área social e, portanto, imagino que os exames sejam fáceis de fazer.
26:14
Viet, que foi na social nome eu não.
No geral, os exames é fazer Oo em termos denunciado, não esconder.
Imagino que denunciar e quer dizer, pode perguntar coisas, qual é o sentido da vida ou coisas simples de responder, como vai serem coisas objetivas?
26:31
Página dos t classificar com objetividade.
Imagina o que que não dá para fazer cruzinhas não é tem que ser, tem que ser mesmo 11 reflexão é sim, é, mas o.
OOO, que é muito e muito importante, é para quem pensa estas é questões da da.
26:50
Médica é, é.
Recordar que qualquer pessoa tem um certo saber de ética, porque a sua experiência moral é única e repetível, e.
EE pode ser mais novo ou mais velho, mas eu chega.
27:09
É.
Mau encontro comigo ou com os outros?
Com essa bagagem e valorizar isso, eu logo um primeiro passo, tanto é, isso é o que eu digo, digo de entrava aqui, aí começa um percurso comigo sim, nós há pouco falamos da questão dos ventiladores e da questão das escolhas.
27:28
É éticas que não tem só ver seguramente com os ventiladores, mas e falamos da questão da, da questão dos rins.
Lá está daqui da questão de quem é que tem excesso ou quem não tem e cada vez mais.
Se nós olhamos para a nossa pirâmide etária, em Portugal, vemos que o número de pessoas mais velhas é cada vez melhor e mais que sente, essas questões vão se colocar cada vez mais no nosso país e na naquilo que é a nossa civilização ocidental.
27:57
É, eu diria que, sobretudo nas nas circunstâncias de alguma crise como esta que estamos a viver, ou seja.
É no.
No No de respeito ao considerar uma sociedade com muitos idosos, eu creio que é uma claque.
28:16
Vamos ter que preparar para ela e se calhar não fizemos a preparação de vida até agora.
Vida a questão dos lares EE afins é, mas é.
Que os os velhos não sejam encarados como um peso ou uma sobrecarga, é que nós temos que alviar é os mais velhos são.
28:40
É.
Como em muitas culturas.
É, percebemos aqueles que garantem o futuro, porque trazem uma memória e uma capacidade de uma cultura, uma EE.
Essa capacidade de transmitir as várias gerações são a nossa biblioteca.
29:00
Mais do que isso, não é?
E a biblioteca também é muito importante e por isso é eu creio que nós temos que nos equipar em matéria de uma melhor rede de cuidados paliativos.
29:16
Por exemplo, é e paliativos, não é?
É o sentido Paulo e um da proteção e, portanto, paliativos não é próximas semanas ou após últimos dias, paliativos todo o cuidado, mesmo o curativo tem que ter uma parte paliativo, mas a palavra tem massa, né?
29:34
A palavra tem uma péssima fama e eu não sei como é que a gente melhora, mas Paulo e um nas procissões, não tem mais Farma assim, vai é vai fazer aquele teto.
Zinho, né, faz sombra e proteção é são AE, portanto.
É sim, mas a ideia de opor é dizer que já não faz mais nada.
29:52
Se não, já não há perspectiva nenhuma.
Já está nos cuidados políticos?
Já esta ideia, assim, não é uma ideia do fim, é uma ideia de pré é.
Haviam uns senhores que diziam que eram consórcios.
Morri 12, não é e, portanto, que eles não estavam interessados em se ninguém está interessado nisso, como se fosse 11 serviços, é pra é, é.
30:14
Câmera da pré morte não é.
Não sei se dizia para a Câmera de morte ou a Câmera para bom, e então é, mas os cuidados coletivos bem estruturados que querem é que querem uma rede fina e muitas vezes são domiciliares.
30:34
Também era importante termos o apoio em casa que permitem, não quê?
Soas, possam estar na sua casa com conforto e em vez de serem exportadas para outras.
Instituições que não lhes dizem nada sob o ponto de vista da história e da e das relações não é tanto durante este tempo, é uma das questões que se colocou muito mesmo em doentes que estavam internados.
30:57
No caso da covide era que os familiares não podiam ir visitá-los.
É mesmo?
Os piores casos?
Não, não houve, viram vides.
Pediram pra pro video chamada, não é ou é sim, são, são coisas, foram coisas muito.
31:16
Muito para nós.
Por outro lado, imagino que mesmo para um doente que está internado numa unidade de cuidados intensivos, que não esteja se dado, obviamente ver os médicos e as enfermeira sa sua volta, metidos dentro do escafandro, onde praticamente se vêem os olhos.
31:34
Sim, instante não há calor.
Instante é, é bastante e é tudo muito branca.
Todo mundo frio, sim.
É verdade, é verdade.
Essa relação é.
Enfim, vamos chamar um médico doente, mas é muito pouco dizer médico doente é uma é uma, é, é, é quase inexistente nesse sentido que é verdade.
31:53
Aí passa a ser 11.
Circunstância, quase é laboratorial e técnica, né?
É quase em que nós estamos em que nós já não somos.
Estamos à espera que que passe depressa para podermos voltar a ser, né?
32:10
Imagino.
É.
É minha sensação.
Quer dizer, eu tenho que sempre 2 Curiosidades sobre os relatórios que os que os médicos se produzem é quer das análises?
Card, anatomia patológica quer tudo que for a primeira curiosidade é porque aqui os por que que os exames vem sempre um envelope fechado.
32:27
Se é para nós abrirmos.
E a segunda é.
Por que é que aquilo está escrito de uma maneira horrível, inteligível?
Vocês, é sim, é.
Há um porque é.
Quer dizer isso.
Isso é suposto que esteja bem escrito.
32:43
Às vezes, não está.
É, se for, seja em português, português, português, às vezes não está porque usas um calão.
Tal coisas que nem o nem o português é português, não é?
Eu lembro se da quantidade de palavras de inglesas que entraram na gíria comum, quanto mais na medicina, né?
33:01
É, antigamente era grega, agora passou em inglês, que faz a mesma função.
É, é grego para a maioria exatamente, né não?
E é o grego é e, portanto, mas de facto, depois tem que se traduzir em linguagem compreensível.
33:20
Para quem, para pessoa, para o interessado, para a família, não é o que é que eu estou a dizer quando digo que não é?
É.
E por isso o que vai escrito é mais a base para uma boa conversa de encontro e de relação e de explicação do diagnóstico.
33:37
Do que propriamente é um rótulo para pôr Na Na pessoa.
Não é um quando nós é.
Estamos perante imagino que que isso acontece com todos os médicos.
Quando olhamos, por exemplo, para a oncologia é e a situação de um doente é verdadeiramente difícil.
33:56
Comunicação que comunica-se toda a verdade, metade da verdade, a verdade que o doente quer é porque aqui muito se no endereço, no meio desta conversa não é é primeiro é coisa.
É saber que tomarmos nós perceber alguma coisa do que é verdade, é todos.
34:14
Depois, é evidente que é.
Na verdade, o do diagnóstico não é é, é sempre uma verdade provisória e vamos ver, e depois, não é só o diagnóstico, é também o prognóstico.
Lembrando que não há doenças, há doentes neste contradizer a minha, a minha área, porque Na Na minha área a gente anda à procura das doenças e, portanto, classifica doenças e não EE deixou clínico esse trabalho de perceber que é que na história concreta daquela pessoa, aquela doença tem estas particularidades que eu depois vai acompanhando.
34:51
Porque a terapêutica também não é, não dá todos o mesmo o mesmo efeito em todos por aí, fala.
Mas imagino que, pelo olho do microscópio, quando via determinados tecidos.
Com algumas alterações que precisam, Clarice, mas não pode deixar de pensar que este doente, este caso não tem um bom prognóstico.
35:12
Claro, não, OOO nós também estamos sob o ponto de vista morfológico.
A ideia do diagnóstico e do prognóstico é a classificação, é cada vez mais fina, sobretudo com a imu.
Nó é e que permite perceber.
35:27
Até é, entrem na das circunstâncias.
Dizer é.
Baixo grau de malignidade alto grau de Molina, idade não é, é?
Agora.
Com estudo depois, as pessoas não são todas iguais e não estudam os doentes.
35:45
Pois isso é um trabalho que o que da relação como Jorge disse a época ainda do médico doente e, portanto, na relação do médico assistente ou da equipa que acompanha o doente.
Essa relação de de algo.
Em que é em princípio, e a maneira é abstrata e.
36:08
É em norte-americana os doentes subtraído, subtraindo se do paternalismo dos médicos do antigamente tem direito.
A sua verdade sobre si.
Mas a verdade sobre a surra não pode ser uma verdade que esmague, é?
36:27
É a vida que que quer viver, tá?
Não está à espera de um abafador.
Está à espera de uma ajuda, não é?
E portanto, é.
Creio que é.
Foi feito um mesmo nos nos americanos, uma investigação dos índios navajos, em que é quem cria quem é a verdade era dita ou o diagnóstico era dito.
36:52
A mulher, a mulher da é nunca, nunca o marido, né?
Francamente sabe, aparece isso aí pra mim, sabe?
E portanto, é.
É ideia de perceber que a pessoa é uma pessoa, mas também tem uma família e que isso a medicina familiar faz melhor do que ninguém, diria é.
37:13
E que e, portanto, há que acompanhar.
É todo um processo.
Que um roto, o que a pessoa pode crer saber como é que se chama a doença?
Mas isso não muda muito acerca de nahas foram nome esquisito.
37:30
EE, portanto, é.
É de facto é verdade que a pessoa pode acolher e, sobretudo, a verdade, que possa fazer caminhar na Esperança, ou seja, que pode haver o risco de destruir as prensas.
Isso e a Esperança é a última a morrer, ou seja, quando morre a Esperança, nós também morremos, não é?
37:50
E portanto, é.
Claro que se há umas, estamos numa situação é iminente.
Se a pessoa tem, é importante resolver coisas em termos de família, é bom.
Perceba que não tem.
Provavelmente é. 2 anos à frente para ver, mas que o que é que nós sabemos?
38:12
Nós sabemos, nada pode morrer no mesmo instante qualquer.
Nós estamos aqui a falar, mas a ideia de de que é certa Oo é.
Devida é que é uma coisa que a gente nunca põem.
Uma Barreira tem, de facto, para eles, 11.
38:28
Um Horizonte, um Horizonte é mais curto e, portanto, há coisas em que em pode ser importante manter a pessoa numa determinada é é mesmo com alguma terapêutica que ajuda a poder resolver as coisas e a despedir-se das pessoas antes de é depois de poder ser assinada ou não, é?
38:50
É isso.
Tem que ser.
Vou utilizar uma palavra estúpida, porque se usa para todos, não é negociada também tem que ser negociada.
Portanto, tem.
Tem que se perceber, é prós e contras e sobretudo, tem que sofrer, perceber o coração das pessoas.
39:07
Isso.
Isso é uma vida para aprender.
Nos tempos de covide, que é onde nós ainda estamos, é covide covide covide covide exageramos a falar do tema, usamos na medida certa.
39:23
Os calharam olhando para trás, e podemos ter seguido outro caminho, isto isto olhar e imaginar que muitos doentes.
Não convide outras doenças que continuam a existir cá, claro, e desapareceram dos hospitais com medo, podemos usar a palavra ou ou não.
39:41
Eu acho que o que desapareceu muito foi às urgências, que não eram urgência.
Baixamos nos bancos do urgência.
Isso é bom.
É, desapareceu, é.
As consultas, sim, é isso, é que eu acho que as consultas de repetição, que se aliar não eram talvez não é.
40:01
E depois, como os hospitais também se organizaram em termos de é áreas específicas.
Eu eu acho que essa ideia do medo.
É, desapareceu em termos do hospitalares, agora há muitas coisas que ficaram adiadas.
40:18
É suspensas cirurgias, coisas assim.
Eu não sei muito bem, mas.
Acho que isso vamos ter que retomar, comprar.
Agora leciona teologia moral nestes tempos de Trump, Bolsonaro se e afins, qual é a moral desta?
40:34
Qual é a moral da história para quem pensa as questões da ética social?
Não há moral da história, ou seja, a história ensina nos.
É que.
O banho mal nos atravessam.
Na nossa história pessoal e na história das das instituições nossas, aqui há estruturas.
40:55
É, né?
Tradição até vinda da América Latina, com atingiu em pressão e assim nós temos a estruturas de pecado.
Eu te amo, não que não sendo é o pecado era.
É sempre entendido como pessoal, não é?
Só que é AOA.
41:13
Organizações a leis econômicas, ao a organizações da sociedade que.
Direta ou indiretamente podem influenciar as pessoas.
É viver.
41:29
Han.
Folheando o.
O sentido verdadeiro da vida que a vida é na relação com os outros.
Tanto uma vida virada para si, uma vida em que o eu tenho o primeiro lugar e em que o outro não me interessa.
41:47
Se me interessa, só me interessa porque eu ganho com isso.
Portanto, com as utilitário e não do banco, claro.
Portanto, estruturas econômicas ou o apartheid ou a máfia são lugares em que a gente percebe o que é que está a falar quando faz, quando fala do estudo explicado.
42:06
Às vezes o poder político leva essas estruturas a uma.
É sem ser em estados direito.
Com a democracia funcionar saudavelmente.
É levar essas estruturas a níveis.
42:27
Que é?
No na fase atual da nossa vida, esperávamos não voltar a encontrar.
É eu.
É claro que os Estados Unidos devem encontrar saídas airosas agora o Brasil é preocupante numa situação destas EE atualmente, mas o fato é que nós podemos olhar para Bolsonaro olhar para para Trump.
42:52
Mas como cogumelos, esses fenômenos começam a repetir-se com muita frequência e popularidade dentro da própria Europa.
Sim, o que era um algo que, sim, desde o desde o.
Uma guerra a gente preferir, nunca mais ouvir falar, não é?
43:10
DK é na Europa, o discurso populista é um discurso fácil de entender.
É binário dar essa resposta.
Se perdemos comunicação é é atrativo e é preocupado, não é?
É pro vista, é é pro vista, é atrativo para o visto pro é fácil, é propaganda.
43:28
É palavra, pois era pro pro pagas né?
Pro pro propaganda e é fácil, né?
É eu agora já muitas coisas já acerca do do populismo é, e o é vale a pena é.
43:46
Refleti-las para estarmos prevenidos fundamentalmente, porque pode haver um pequeno é.
Bolsonaro aqui.
É que surge é no bairro ou na.
Ou numa no município não é para não falar dos clubes de futebol.
44:05
Pronto é e que possa galvanizar é as boas vontades.
Imagina, vamos fechar esta entrevista com é quase um desafio.
Nós essa memória vai para aí.
O se.
44:21
Qual é que foi a sensação da primeira é eucaristia.
Agora, depois do covide é e de estar de novo no púlpito a falar a sua comunidade ou se prefere ir lá atrás e pensar.
No na primeira, na primeira missa, na primeira homilia que teve que fazer para para 1:1 comunidade, como é que foi a sensação?
44:48
É sensa, então lá lá atrás era bem, agora é.
É, é a tua vez no sentido, Crivella se desenrasca, né?
Tanto é se depois no sítio certo é nós nunca estamos preparados para estes momentos é iniciais, não é o iniciais da gente.
45:14
Estudou o custo da tal tal.
Acha que agora é que, mas somos uns ataques.
É, lembro que é.
De ter que preparar bem, é claro, e.
45:30
Mas se.
É, por exemplo, 11 vez no hospital de Santa Maria.
Que ele é que é, preferia um funeral.
De um familiar, de uma colega, é.
45:47
E acho que fiz um discurso mais ou menos, cobria o tema vá da questão EE foi uma coisa que vi claramente que que estava atado, não é?
Quer dizer, queria falar para lá dos limites de confessionais, porque haviam muito uma grande participação de pessoas.
46:10
Que não era um é católica ou que não eram cristãs, ou que nem eram, não eram crentes.
EE vi-me de cortes Cocos, pronto, se assim uma já agora quer entrar lá para trás.
Agora, agora não foi.
46:26
Foi a possibilidade dizer às pessoas que é que o que a gente conversou logo no início, que era para pessoas, foi um grande peso não ter um esta ausência da da visibilidade na situação da eucaristia para fatos também não eram.
46:42
Não é fácil levantar, acelerar sozinho.
Por todos, não é?
É sem ser para aqueles é e, portanto, isso decorreu com muita, com muita leveza no sentido que era muito.
46:58
Já vi.
Foi bem preparado e correu bem.
E assim aconteceu antes de vos pedir que subscreva o podcast ou falem dele aos vossos amigos, ou se gostarem mesmo mesmo muito, deixem um comentário no Apple podcast, sou no site perguntasimples.com.
47:16
Fiquem com uma nota final, tenho na minha mão o último livro de praia de Almeida.
A dor dos outros.
Diz o autor, que se trata que se cuida, que se acolhe como única palavra.
Compaixão.
47:33
Até a próxima.