A inteligência artificial sabe responder a crises sanitárias? Miguel Ribeiro

A inteligência artificial sabe responder a crises sanitárias? Miguel Ribeiro
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Quando há uma crise de saúde, terramoto, fogo ou inundação de escala cataclismica todos os países de mobilizam para responder.

Seja uma pandemia de gripe, um sismo na Turquia ou uma guerra no centro de África. Ou em plena Europa.

As primeiras equipas de socorro precisam de chegar e instalar.-se depressa.

E esse movimento é um desafio gigantesco em contra relógio.

Um desafio de logística e de comunicação.

Qual é o melhor sítio para aterrar?

Onde se colocam os hospitais de campanha?

Como se distribuem as equipas de ajuda?

É para resolver rapidamente estes problemas que uma equipa de portugueses criou uma ferramenta com o curioso nome de TERRATACTIX.

Mas o que é, afinal, o Terratactix? Imagine um sistema que combina imagens de satélite em 3D, realidade aumentada e inteligência artificial para ajudar equipas médicas de emergência a planear operações em qualquer canto do mundo. É como se juntássemos tecnologia espacial, algoritmos avançados e um guia prático de organização — tudo ao serviço de salvar vidas.

O Terratactix permite que estas equipas definam previamente onde colocar tendas de campanha, incineradores, veículos ou outros recursos, tudo com base em dados precisos. Mais do que isso, ele ajuda a prever situações críticas, como cheias, incêndios ou mesmo os efeitos de desastres naturais, permitindo que as decisões sejam tomadas com segurança e eficiência antes mesmo de se chegar ao terreno.

Este é apenas um exemplo prático de como a inteligência artificial está a mudar a forma como enfrentamos problemas globais.

Afinal, a inteligência artificial já não é apenas um conceito futurista ou algo que vemos nos filmes. Ela é usada para gerir crises de saúde, prever desastres naturais, otimizar a logística de operações em tempo real e até para simular o comportamento humano em situações críticas, como a evacuação de um estádio.

Nos próximos minutos, vamos explorar este universo de possibilidades e desafios. Vamos falar sobre como a inteligência artificial funciona, o que está por trás de expressões como “algoritmos” e “nuvem”, e, porque é que estamos tão fascinados — e, ao mesmo tempo, um pouco assustados — com esta tecnologia.

Vamos desmistificar o que parece complicado e mergulhar nas questões mais profundas:

•Será que estamos no caminho para uma inteligência artificial verdadeiramente independente?

•O que ainda falta para a Europa alcançar outros países no desenvolvimento destas tecnologias?

•E mais importante: onde é que entra o papel do ser humano neste processo?

Se é verdade que a inteligência artificial pode substituir tarefas repetitivas e resolver problemas complexos, também é verdade que nunca deixará de depender da criatividade humana, da visão do “sonhador”. Afinal, máquinas podem processar dados em velocidades impressionantes, mas são os humanos que conseguem imaginar o que não existe e transformar ideias em realidade.

Falaremos ainda sobre como esta tecnologia pode ser democratizada. Hoje, com ferramentas como o ChatGPT e outros modelos de linguagem natural, qualquer pessoa consegue interagir com sistemas avançados de IA sem precisar de ser programador. Isso significa que a IA não é apenas para especialistas — ela está acessível a todos, desde que saibamos como usá-la conscientemente.

E, claro, não podíamos deixar de discutir a questão da privacidade. Num mundo onde quase tudo está na nuvem — desde as nossas fotografias até dados de saúde, sensíveis por definição —, como protegemos as informações mais pessoais? Será que modelos locais, instalados nas próprias organizações, podem ser a solução para minimizar os riscos? Ao invés das grandes nuvens de servidores?

Os servidores são na prática computadores gigantes que armazenam e distribuem informação.

Hoje, no Pergunta Simples, vamos descomplicar o complexo, celebrar os avanços tecnológicos e refletir sobre o que ainda precisa de ser feito. O Terratactix, com o seu reconhecimento pela OMS, é apenas uma amostra de como a IA já salva vidas. Mas será que estamos prontos para este futuro tão avançado?

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