Ouvi-o muitas vezes.
E fiquei sempre fascinado pela maneira que encontrava para dizer as coisas.
E de como coisas que ele disse há 5 ou 10 anos estavam ainda frescas e presentes na minha memória.
Uma refinada mistura de ciência, consciência e narrativa.
Repete-se a história.
Nesta conversa navegamos entre o que é actual e intemporal.
E partilha connosco como se fazem conferências brilhantes de coisas muito complexas para que os simples mortais as entendem.
É um mestre do estudo e das aulas, palestras e falas do cancro.
Com ele percebemos melhor a mecânica duma das doenças mais presentes no mapa dos nossos medos.
Passa meio ano a viajar por cidades em todo o mundo a em falas e a treinar outras mentes brilhantes.
Mas o vírus trocou-lhe as voltas e encerrou-o em casa.
Confessa que esta prisão é dura.
Sobrinho Simões, professor, médico e fundamentalmente um humanista.
Diz que nem compreende bem os vírus. Nem é curioso.
E eu fingi acreditar…