Nesta edição aventuro-me pelo universo, para mim, desconhecido e fascinante, da mistura do som, das palavras, das máquinas que aprendem as palavras e respondem com resumos escritos do que falámos.
Na semana em tivemos websummit em Portugal e que o festival Podes escolheu os melhores podcasts nacionais, gravei uma conversa com Tiago Ferreira, engenheiro, criador de aplicações que usam a inteligência artificial para transcrever a fala, e empreendedor desta área do digital.
E descobri que mundo está a andar cada vez mais depressa.
TÓPICOS DE CONVERSA
(00:13) Inteligência Artificial Aplicada à Linguagem
(13:19) Influência Dos Algoritmos nas Recomendações
(20:53) Web Summit e Futuro Dos Podcasts
(35:50) Inteligência Artificial e Criatividade
(41:39) Alucinação, Evolução e Profissões Futuras
Quem se lembra de ter feito um ditado na escola primária?
Em bom rigor quem ditava era o professor ou professora.
No meu caso era a professora Zita que me ensinou a ler e escrever.
Nesses dias do ditado ela lia um texto para nós o ouvirmos e transcrevemos.
Estava feito o ditado.
A santíssima trindade da aprendizagem do português completava-se com a interpretação de um texto ou com a populares composições.
Sim, aqueles textos que eram enunciados como: “Façam uma composição de 20 linhas sobre a vaca”. Por exemplo.
E à falta de melhor ideia podíamos sempre começar o texto com a célebre frase:
“Era uma vez uma vaca…”
E, porque estou eu para aqui a falar de ditados, composições ou redações e interpretação de texto?
É que o Tiago Ferreira inventou uma máquina moderna que faz isso mesmo. Aplicada à voz falada e experimenta em podcasts, com este, o Pergunta Simples.
E como descubro o Tiago no planeta?
Bom, primeiro experimentei a tal máquina, um programa informático, uma aplicação. Já agora chama-se Podsqueeze. Numa tradução livre: Espremedor de Podcasts.
E é isso mesmo que faz, espreme o conteúdo do que se fala em cada episódio.
E depois de experimentar percebi que a magia tinha sido criada por portugueses.
Melhor explicar na prática: Quando gravei esta conversa tirei o som do meu gravador num formato de ficheiro digital.
E coloquei o som dentro do espremedor de palavras.
O que aconteceu? Fiz um ditado. A fala transformou-se em texto escrito.
Até aqui o processo é prático, mas não mágico.
O que acontece a seguir é que é surpreendente.
A máquina faz resumos do que falamos, parte a conversa em capítulos, descobre palavras significativas e até propõe vídeos de promoção do episódio.
Como raio um computador consegue devolver resumos com contexto das conversas anárquicas que vou mantendo?
É sobre isso esta conversa. Sobre máquinas entendem a fala e escrevem textos e sobre empreendedores portugueses a jogar no campeonato mundial das aplicações de inteligência artificial aplicada à linguagem.
Alucinar ou atinar.
Haveremos de viajar muito entre estes dois verbos nos próximos anos.
Por um lado a vertigem da aceleração dos tempos, por outro a necessidade de parar para pensar.
E tu, estás mais na fase da correria louca ou da pausa para contemplar?
LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO00:13 – JORGE CORREIA (Host)
Ora vivam! Bem-vindos ao Pregunta Simples, o vosso podcast sobre comunicação. Nesta edição, aventura-me pelo universo para mim desconhecido e fascinante da mistura dos sons, das palavras, das máquinas que aprendem as palavras e que conseguem responder com resumos escritos do que falamos. Já vos vou contar tudo. Na semana em que tivemos o web Summit em Portugal e que o festival POTS escolheu os melhores podcastes nacionais, gravei uma conversa com o Thiago Ferreira, engenheiro e criador de aplicações que usam inteligência artificial para transcrever a fala e empreendedor desta área do digital, e descobri que o mundo está a andar cada vez mais depressa. Quem se lembra de ter feito um ditado na escola primária? Em Bom rigor, quem ditava era o professor ou professora. No meu caso era a professora Zita, que me ensinou a ler e a escrever. Nesses dias do ditado, ela lia um texto para nós o podermos ouvir e depois transcrever. Estava feito o ditado. Todos nos lembravamos A sentíssima trindade da aprendizagem do português. Completava-se com a interpretação de um texto ou com as populares composições, as redações, sim, aqueles textos que eram enunciados como façam uma composição de ventilinhas sobre a vaca, por exemplo, e, a falta de melhor ideia, podíamos sempre começar o texto com a célebre frase Era uma vez uma vaca E porque estou, eu para aqui a falar de ditado, de composições ou redações em interpretação de texto, é que o Tiago Ferreira inventou uma máquina moderna que faz isso mesmo, aplicada à voz falada e experimentada em podcasts como este. O pregunta simples E como descobriu eu o Tiago no planeta? Bom, primeiro experimentei, há o acaso, a tal máquina, um programa informático, uma aplicação que já agora se chama Podcasts, numa tradução livre, esprimador de Podcasts. E é isso mesmo que ela faz Espremo o conteúdo do que se fala em cada episódio E depois de experimentar, percebi que a magia, afinal, tinha sido criada por portugueses.
02:26
Melhor explicar na prática. Quando gravei esta conversa, tirei o som do meu gravador num formato de fecheiro digital E coloquei o som dentro deste tal Esprimador de Palavras. O que aconteceu? Ele fez um ditado A fala, trançamos em texto escrito Até que. O processo é prático, mas não é mágico. O que acontece a seguir é que é surpreendente, é que a máquina, a aplicação, faz resumos do que falamos, parta, conversa em capítulos, descobre palavras significativas e até propõe vídeos de promoção do episódio. E o extraordinário é que tudo faz sentido, como o rei, é que um computador consegue devolver resumos. Com o contexto das conversas anarquicas que vou mantendo, é sobre isto esta conversa Sobre máquinas que entendem a fala, escrevem textos, e sobre empreendedores portugueses que jogam no campeonato mundial das aplicações de inteligência artificial aplicada à linguagem Viva. Olá, jair Thiago Ferreira, engenheiro de formação. Exatamente, você é engenheiro da área de eletricidade eletrônica e você veio da escola do técnico.
03:37 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Sim, tirei o curso do técnico de eletro técnico e computadores, mas de eletro técnico eu tenho feito muito pouco.
03:43 – JORGE CORREIA (Host)
Portanto você sabe mais ligado aos computadores. Sim, sim, Estive a levar as coisas tuas Neste. Minha ideia quando nós fomos a primeira vez era eu usei uma ferramenta que tu produzes sem saber e descobro que há estatas, são dois portugueses que estão lá atrás. Uma grata surpresa. Uma ferramenta que junta inteligentes, artificial uso da linguagem, transcrição. vamos falar sobre isso tudo. Mas achei curioso que tu escreves um texto na tua página que é sempre que vou fazer qualquer coisa, faço três perguntas E eu pensei assim partir de agora eu só vou escolher convidados que tenham já três perguntas para fazer que é para as pessoas poder fazer? Porque no fundo tu dizes não importa o que é o que acontece. Sempre me pergunto estas três coisas. Que problema é que eu quero resolver? É daqui que partes sempre.
04:35 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Sim, sem dúvida. Eu, desde o início mesmo, contava no técnico até antes que sempre gostei de empreendedorismo. Agora descobri que é mesmo a minha paixão, a minha vocação. Eu sempre admirei as pessoas que sabiam o que queriam fazer, o que quer ser biólogo, o que quer ser médico. Eu sempre achava, mas eu não sei o que quer ser. Recentemente comecei a olhar para trás e vi que na minha vida empreendedorismo sempre foi o que eu queria ser, só que não sabia se quer que era uma profissão. Sabíamos que havia os empresários, mas não sabia se quer que podia ser uma profissão. Ele não é bem estudado nas escolas, as escolas de gestão, mas não é a mesma coisa.
05:15 – JORGE CORREIA (Host)
Ser empreendedor e empresário são coisas diferentes.
05:19 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Eu acho que acaba de ser a mesma coisa, só que hoje em dia mudou. Sim, mudou o nome e acho que mais ou menos ali, no 2010,. Como são, se falar mais de empreendedorismo e menos de ser empresário. Se calhar o comodou também. Um empreendedor entra mais na área de startups, dos investimentos, e um empresário acaba de entrar mais na área de se calhar um lifestyle business. Alguém que tem um café, alguém que tem uma pequena média de empresa, mas não necessariamente com investimentos de terra, não sei.
05:49 – JORGE CORREIA (Host)
Porque, no fundo, nós podemos ir por aí. Tu és um empreendedor, o que é que é o teu dia a dia, como é que é o teu dia a dia, o que é que tu fazes mesmo.
06:04 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Então o dia a dia varia também em que faz o empreendedorismo. É que nós estamos. Quando comecei a dar um contexto, eu trabalhei como desenvolvedor, como software developer. Eu trabalhei fora do Portugal e é a coisa de dois anos e meio e decidi mais ou menos quando aconteceu a economia, porque eu estava a trabalhar na área das viagens. Trabalhavas ontem Trabalhei na Trivago acho que é a empresa que é, mas as pessoas conhecem que fez muitos anúncios. Hotel Trivago.
06:32 – JORGE CORREIA (Host)
Hotel Trivago, no fundo, aqueles sites que nós usamos agora, similares aos bookings desta vida, quando vamos à procura das férias. onde é que eu vou ficar? qual é o melhor hotel?
06:40 – TIAGO FERREIRA (Guest)
qual os nomes, os melhores preços, com aquela curiosidade de poder comparar vários preços em várias plataformas Exatamente exatamente E pronto, era na Alemanha, trabalhei lá e depois estava a trabalhar numa outra pequena empresa, também na área das viagens, mas obviamente morreu tudo com o Covid e eu decidi bom, nós queríamos voltar para Portugal e eu tenho que seguir isto, tenho que seguir a minha, esta veia empreendedora. E foi aí que desistido. Todo o mundo nós chamamos de Nova 5 e comecei a focarmos só nos meus próprios projetos. Como é que foi a experiência? No início foi uma grande ansiedade.
07:16
Aliás, foi por isso que comecei também o podcast, porque eu senti que precisava desabafar, porque de repente Então decidi desabafar com os outros Porque lá está, toda a gente à minha volta Não está habituado a esse tipo de trabalho, trabalho das novas 5, então não compreendo muito bem o que é ser empreendedor, o que é não ter um salário fixo, o que é não ter os apoios da segurança social, essa questão toda. Então eu decidi ok, vou começar a narrar a minha própria história. E ajudávamos também, é muito terapêutico, ajudávamos também ao vir, voltávamos ao vir o que dizia e acho que ajudou bastante. depois, interessante, comecei também a entrevistar outros empreendedores e aproveitei para conhecer outras pessoas que estes também estavam a seguir o mesmo caminho.
08:03 – JORGE CORREIA (Host)
Tu gravas em inglês o teu podcast. Sim, Nunca pensaste em fazer uma versão de portuguesa ou polótipola enfim, pela especificidade do mercado que tu queres atingir, faz mais sentido para ti gravar isto em inglês.
08:15 – TIAGO FERREIRA (Guest)
É mais porque eu trabalho sempre em inglês. Eu nunca trabalhei em português.
08:20 – JORGE CORREIA (Host)
Tu pensas em inglês ou em português?
08:21 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Estou com essa curiosidade.
08:23 – JORGE CORREIA (Host)
Em inglês, muitas vezes É Mesmo para trabalhar e afim Sim, sim sim, sim, Pronto.
08:29 – TIAGO FERREIRA (Guest)
os meus amigos, uma grande parte deles, beleza, os que estão de fora, se falamos todos em inglês ou em português, em inglês, e os meus clientes também são uma grande parte deles em inglês se falam em inglês E tu contas as tuas mágoas e mazelas no teu podcast.
08:44
Sim, O que foi difícil, o que foi fácil. acho que é uma mais grande questão. Eu acho que realmente, a parte de não ter dinheiro e, pela primeira vez da minha vida, a ver que todos os dias ao fim do mês eu tinha cada vez menos dinheiro, é uma parte muito estressante, porque o dinheiro está muito conectado também com o nosso eco. como é que a sociedade nos vê. Se uma pessoa não faz dinheiro, normalmente é um Não sei, tem uma connotação um pouquinho menos positiva.
09:13 – JORGE CORREIA (Host)
É um inútil.
09:14 – TIAGO FERREIRA (Guest)
É um inútil. Exatamente Então, no início, as pessoas não compreendiam. Acho que às vezes a minha volta dizia eu tomo as tuas de férias, estás desempregado? e foi engraçado porque no primeiro ano foi sempre assim ok, o Tiago está agora a tirar uma pausa, está a fazer uma pausa, está a descansar, está a descansar. E depois, à medida que passou o tempo, eles foram assim não, ele quer mesmo se focar nisto, mas pronto, aí, a minha vida era testar produtos e identificar problemas. Lá está o que estamos a referir. Eu comece sempre como, como dizes, como tinhas dito, no identificar um problema e tentar resolver, tentar arranjar uma solução na minha área, na área tecnológica, e depois vejo se esse problema é resolvido com a minha solução e vejo principalmente as pessoas querem pagar, porque eu preciso de receber o dinheiro para viver.
10:04 – JORGE CORREIA (Host)
Portanto, há aqui uma parte que é uma parte de diagnóstico. no fundo, que tu fazes, como é que tu tens ferramentas para fazer esse tipo de diagnóstico? É intuitivo, como é que Porque imagino numa trivago se calhar os problemas que estão conhecidos o que é que o cliente quer era, a norma, fazer testes, experimentar como é que podia funcionar ou não.
10:24 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Na trivago nós já tínhamos um produto, não é, quer ou seja. Depois de uma certa fase vamos falar já, não é tanto de resolver o problema, é como é que conseguimos tirar mais dinheiro desta solução que nós arranjamos Transformar uma boa ideia em uma vaca aleatária, exatamente exatamente. A trivago era mesmo isso. De qualquer forma, é claro que faziam muitos testes. Faziam testes pessoalmente. Têm que trazer pessoas ao escritório. Faziam testes também analíticos, mas para mim é um bocadinho. Eu não tenho nenhuma ferramenta específica, mas é mais redes sociais, o Ready to Twitter, linkedin, Às vezes, se tenho uma ideia, normalmente tento ser uma ideia num área em que eu gosto. Eu gosto sempre de dizer que gosto de resolver os meus próprios problemas e de ser o primeiro utilizador. Por isso é que é o projeto do Podcast. Tendo eu um Podcast, conheço melhor área e séculos são os problemas.
11:17 – JORGE CORREIA (Host)
E foi estar procurando, no fundo, uma coisa que facilitar essa vida Exatamente. Eu quero falar sobre o Podcast, porque o Podcast explicarás melhor do que o que é o Podcast, mas no fundo, para mim, e neste Podcast que usei já várias vezes, é uma forma de transformar esta nossa conversa em texto. Portanto transcrevê-la, mas há ali um passo mágico, para mim interessante, que é fazer resumos coerentes daquilo que lá estava. Portanto, é interessante e eu quero falar sobre a questão do Podcast. Podemos falar do Podcast. O que é o Podcast para quem não é deste universo dos Podcasts, o que é que tudo te propóseste quando pensaste, Quando não sei onde é que tivesse a ideia. Não sei onde é que tens ideias. Há um sítio para ter ideias Nos joveiros gostam de ter muitas ideias.
12:05 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Os feremos um sítio para o Dilect.
12:07 – JORGE CORREIA (Host)
Lá está E o problema é que a gente toma nota de uma ideia.
12:10 – TIAGO FERREIRA (Guest)
É acabar logo-secar e ir escrever.
12:13 – JORGE CORREIA (Host)
Abre-se na parte da despeira que está lá, alguém me espera E como é que te aparece O que é que é o Podcast? Eu fiz uma descrição muito redutor, a se calhar.
12:23 – TIAGO FERREIRA (Guest)
O Podcast é uma ferramenta que permite pessoas de trabalho com podcasting, com criadores de conteúdo, com vídeos rádio, que se submetam os seus fechados dados e ódio de vídeo e nós depois fazemos uma utilizando a AI, fazemos uma transcrição e depois criamos uma série de recursos escritos que as pessoas podem utilizar no meio da mente uma descrição do episódio. Dividimos o episódio em capítulos que depois também são reconhecidos pelo YouTube ou pelo Spotify. Criamos uma série de recursos para redes sociais, como tweets, videoclipes. Fazemos um blog, por exemplo, se alguém quiser fazer um artigo e se alguém preferir falar ao invés de descrever, nós depois convertemos o áudio num artigo e depois podem publicar nos seus sites ou em jornais e pronto e é isso resumidamente, o diabo.
13:13 – JORGE CORREIA (Host)
Eu estou a imaginar que isto pode acabar no meu desemprego, porque não tarda muito. Tu querias uma ferramenta que consiga fazer perguntas e gravar alguma coisa, e eu deixo de ter função social.
13:28 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Assim eu acho que o Podcast não é tanto por aí. A ideia do Podcast é mais vamos ajudar os podcast, vamos ajudar as pessoas que trabalham nesta área a se focarem mais no que eles gostam, que é criar conteúdo, e menos nas partes menos interessantes, como escrever e descrições e redes sociais. Mas já existem, e nós tínhamos agora na web Summit e vimos algumas plataformas que criam um podcast do nada com uma voz altamente real, e isso realmente é assustador que eles vão pros. Por exemplo, se eu quero um podcast para o Tiago feito das notícias de Portugal e Alemanha, por exemplo, eles geram na hora ou no minuto um episódio só para mim e isso aí, realmente eu acho que vai ver um grande boom em toda a área da criação de conteúdo, não só conteúdo diálogo, mas conteúdo de vídeo.
14:20 – JORGE CORREIA (Host)
Então, e os crotínios humanos sobre isto? é como é que a tal inteligência artificial consegue ter esse grau de finura para conseguir perceber o que o Vintage ou o telespectador Tiago gosta ou não gosta?
14:38 – TIAGO FERREIRA (Guest)
É a avaliação dos dados todos que nós temos de uma pessoa, e isso já é feito bastante em todas as redes sociais, normalmente ameadamente do YouTube ou Twitter. Eles estão constantemente a tirar os nossos dados e com base nisso eles conseguem perceber o que funciona melhor e o que funciona pior. E assim quer dizer, nós já temos muitas notícias personalizadas, vídeos personalizados. Isto é só mais um meio da personalização.
15:04 – JORGE CORREIA (Host)
Mas se eu fizer pesquisas para ver bolinhas azuis e se o algoritmo devolver sempre bolinhas azuis, eu nunca vou conseguir ver as bolinhas amarelas. Exato.
15:16 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Isso é também um grande problema, não é A questão da diversidade. no fundo é isto Exatamente as sociedades serem cada vez mais polarizadas, por causa também das redes sociais, porque lá está voltando à ideia da vaca letera e tentar ter o máximo dinheiro. As redes sociais ganham dinheiro mantendo ao máximo as pessoas a utilizá-las, não é Isso? parece-me quase uma toque de dependência? Não, mas é. Eu acho que é completamente, principalmente agora as novas, tipo TikTok e estes conteúdos de curta duração.
15:47 – JORGE CORREIA (Host)
Uns segundinhos de vídeo São horríveis. Vemos os vídeos todos agarrados àquilo de facto A questão é essa, é que com nós também funciona, não é?
15:54 – TIAGO FERREIRA (Guest)
É mesmo, mesmo Nós que temos outros referenciais anteriores.
15:57 – JORGE CORREIA (Host)
Aquilo é viciante.
15:59 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Eu uso muito o YouTube e desde que o YouTube introduziu esse conteúdo, eu dou para mim acordar e haver esse conteúdo e eu sei que não gosto desse conteúdo e sei que às vezes é conteúdo que não tem traço nenhum, mas eles lá conseguiram e eu acho que sem dúvida que é uma droga, é uma pessoa que fica viciante.
16:16 – JORGE CORREIA (Host)
O algoritmo está feito não necessariamente para te servir enquanto pessoa que é curiosa Olha, eu quero muito saber sobre bolinhas azuis e então tomar bolinhas azuis mas o algoritmo está montado para perceber o que é que tu gostas, para que desta maneira te consiga agarrar o máximo tempo possível na plataforma.
16:35 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Sim, no fim é sempre.
16:37 – JORGE CORREIA (Host)
Como é que isso faz.
16:40 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Bom, há várias formas. Eu acho que viciante vários algoritmos de recomendação. O mais simples é, por exemplo, se eu e tu, jorge, gostamos das mesmas coisas, um vídeo que funcionou para ti também vai funcionar muito bem para mim.
16:57 – JORGE CORREIA (Host)
Portanto, há uma analogia do mesmo tipo de cliente. Estas pessoas habitualmente gostam destas coisas.
17:02 – TIAGO FERREIRA (Guest)
toma lá Exatamente. E depois temos uma série de métricas que eles conseguem me dizer, nomeadamente se pudesse um like, o tempo que tivesse a ver o vídeo, O tempo que estivesse a ver?
17:11 – JORGE CORREIA (Host)
Sim, sem dúvida. Mas se a máquina consegue saber se eu estive lá há mais tempo ou menos tempo, claro Até eu saltar para outra coisa ou fechar a paz, exatamente.
17:19 – TIAGO FERREIRA (Guest)
As cidades são todos guardados e são processados. E agora, principalmente com esta inteligência artificial, nós nem sabemos bem às vezes por que o algoritmo recomenda um certo vídeo, porque, simplesmente, estas máquinas de predictivas da inteligência artificial são muito boas a receber turnoladas de dados, ou terabytes de dados, e tirar conclusões que o nosso cérebro não consegue tirar, porque eles conseguem processar muito mais rapidamente.
17:49 – JORGE CORREIA (Host)
No fundo estamos a falar de gigantescas máquinas de fazer padrões, exatamente, e depois colo-nos uma etiqueta. Olha, está aqui o Jorge Gosta Disto, que para casa até é parecido com o Thiago. Ambos gostam de podcastes. Pimba, toma lá podcastes para ver.
18:06 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Sim, isso é uma forma de recomendações com base no.
18:10 – JORGE CORREIA (Host)
E há mais fórmulas. Os algoritmos podem buscar o que mais.
18:14 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Eu pronto, isso não é bem a minha área dentro das recomendações, mas é muito pegar nesses dados e cada vez tem mais E depois nem sabem bem como é que isto funciona. É pegar nesses dados e é pegar. O Thiago viu mil vídeos e em cada vídeo, este vídeo viu que é um vídeo sobre tecnologia, viu durante 10 minutos ou viu 100% do vídeo. Este vídeo que é sobre não sei Joologia, só viu 1% do vídeo.
18:42
Portanto ele não quer o vídeo Exatamente, e depois eles pegam nesses dados todos e têm que ter uma métrica, e essa métrica depende do que queremos otimizar. Normalmente nós como Não nós, mas as empresas querem otimizar o dinheiro, ou seja, eles querem fazer mais dinheiro. E como é que fazem mais dinheiro? Mantenham as pessoas mais na plataforma. Depois têm uma série de métricas, mas a ideia é essa ver Como é que nós vamos conseguir fazer o máximo dinheiro com cada um dos utilizadores.
19:15 – JORGE CORREIA (Host)
O que quero dizer é muito curioso. Nós agora estamos a falar, e eu estou a pensar com uma das convidadas que eu tive há uns tempos aqui no podcast. Foi uma jovem psiquiatra do Norte-Pois e ela falou de transtorno da ansiedade. Não fundo os meus mais irreguetos e que não estão nunca quietos. E quando se publicou a promoção desse podcast, foi esse três precisamente que ganhou mais tração e mais milhares de visualizadores. E é muito curioso quando eu vou hoje ao meu Instagram pessoal, a cada três quadros de publicações feitas pelas pessoas, aparece-me um anúncio a falar desse tema.
19:57 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Exato.
19:59 – JORGE CORREIA (Host)
Lá está. Eles detectam um patrão. Neste caso lá está, a máquina também É levemente estúpida E eu na realidade não fui à procura daquela informação. Eu produzi aquela informação, exato E não entendo. Aí, esse padrão que é e aí lá está, aparecem todos os serviços que estejam à volta deste tema e que me dizem se te interessa, tu és um potencial comparador.
20:18 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Exatamente, exatamente O que isso imagina que para ti, como empreendedor, para um lado te anime e como cidadão, anime o assustado é assim ainda ainda ontem tem a ver um filme do homem aerena e eles dizem que com grande poder, bem grande responsabilidade. E é assim. A tecnologia é um poder incrível, não é, é um poder incrível e sem dúvida que está a ajudar bastante a nossa sociedade, mas pode ser bom e pode ser para o mole. Eu acho que nós temos também nos adaptar e perceber e ensinar nas escolas como utilizar a tecnologia para beneficiarmos ao máximo, ao máximo dela e não temos os problemas tanto como, por exemplo, as drogas. Uma droga pode ser um medicamento ou pode ser uma droga mais nefasta. Por isso A mim não me assusta, porque eu, já que sigo a tecnologia, eu sei controlar, eu sei, eu consigo reconhecer o que é que é bom e o que é que é mal e depende mais de nós do que quem está a produzir isto e não está a oferecer este, este gênero de possibilidades.
21:28
Eu não sei se depende mais de nós, mas nós podemos controlar a nossa parte e não podemos controlar a parte deles. Obviamente que cada vez mais, principalmente na Europa, tem vido um mais controle sobre sobre o que estas empresas podem fazer.
21:44 – JORGE CORREIA (Host)
Estão a gostar do Pregunta Simples estão a gostar deste episódio. Sabia que um gesto de fome social me pode ajudar a encontrar e convencer novos e bons comunicadores para gravar um programa Que gesta-se Subscrever Na página PreguntaSemprecom. Tem lá toda a informação de como pode subscrever. Pode ser por e-mail, mas pode ser ainda mais fácil subscrevendo no seu telemóvel através de aplicações gratuitas como Spotify, o Apple ou o Google Podcasts, assim cada vez que houver um novo episódio ele aparece de forma mágica no seu telefone. É a melhor forma de escutar o Pregunta Simples. Tu acabas de ver da Web Summit, exato O que é que te inspirou lá. O que é que A Web Summit? é o que É uma feira de inspiração, uma feira de compra e venda? O que é que é a Web Summit Para quem nunca lá foi, pronto a?
22:36 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Web Summit é uma das maiores conferências tecnológicas de Europa e se calhar a todo mundo E é basicamente um sítio que atrai milhares de pessoas. Acho que foram 70 mil pessoas, 70 mil.
22:49 – JORGE CORREIA (Host)
Você acaba assim de ter 70 mil pessoas. É uma confusão, é uma confusão gigante E a primeira.
22:54 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Toda a gente que vai pela primeira vez fica sempre um bocadinha atrapalhado, porque é muita coisa a acontecer E há pequenas startups, há grandes startups, há conferências, há apresentações, e nós depois temos que escolher o que é que queremos fazer.
23:10 – JORGE CORREIA (Host)
Um gigantez com um menu de coisas que tu pode escolher mil por sebrudades, exatamente Porque, como qualquer gigantez com bofeto, tu vais conseguir consumir um por cento daquilo, ou dez por cento, se tiver, de uma forma.
23:23 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Exatamente Pronto E para mim desta vez, como não foi a minha primeira vez, eu consegui focar-me só na área do podcast e conheci muitas pessoas de todo o mundo, toda a Europa, e falámos um bocadinho.
23:37 – JORGE CORREIA (Host)
O que está a acontecer, o que é que há de novo nos podcasts Eu tenho dúvida que o Inteligencia Artificial tem sido o grande boom.
23:47 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Toda a gente usa também e vim algumas empresas a fazer isso. Já há clíbios, muitas coisas semelhantes com o que o POTSQI se faz Também a outra parte de gerar podcasts, que também já falámos. Gerar podcasts também algo que todos começam a fazer, mas eu gosto muito desta área do podcast Porque permite as pessoas explorar o que gostam mais e há podcasts muito específicos de não sei como alimentar cavalos ou coisas que se calhar não funcionavam tão bem na rádio.
24:14 – JORGE CORREIA (Host)
Porque não há um público com também o suficiente para acompanhar Exatamente. E agora essa é a magia do podcast até conseguir ter um assunto específico para tocar.
24:25 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Para mim, sim, para mim, sim E por ser muito fácil. Eu acho que é essa a grande vantagem. Uma pessoa só precisa quase de um telemóvel. Aliás, eu comecei o meu podcast com um telemóvel E agora, mais uma vez, inteligência artificial permite pegar no áudio que às vezes não tem muito boa qualidade, que tem eco, e permite transformar em áudio quase profissional. Já existem ferramentas que fazem isso. Por isso acho que o podcast é muito acessível E dá uma voz a qualquer pessoa, porque a pessoa pode dizer qualquer coisa, criar um conteúdo.
24:57 – JORGE CORREIA (Host)
Tu estás a falar da qualidade de som e é muito curioso. Estive a ler algumas coisas sobre tradicionalmente os engenheiros de som. No fundo, O que faziam quando tinham um som com menos qualidade era pegar o som e tentar depurar o som, retirar o ruído No fundo. Limpar era o que faziam, E vi com curiosidade que os novos modelos fazem exatamente o contrário. É potenciar o som de boa qualidade ao invés de estar a fazer uma limpeza, O que é um outro nível, porque se trata de sintetizar no fundo a nossa voz E há ferramentas neste momento.
25:32
Portamos uma célaba e ela consegue reconstituir essa célaba com a nossa voz. Exatamente O que é um Enfim por um lado É incrível. É incrível Por um lado incrível. Portanto, é preocupante Quando na web-sum devias isto as pessoas fazem o quê, Apresentam as suas ideias, tentam vender os seus serviços. O que é que acontece?
25:58 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Eu tive com um amigo nesta web-sum. ele disse uma coisa muito interessante Aqui é um sítio em que toda a gente pode fazer publicidade à vontade uns aos outros e ninguém fica chateado. É um bocadinha, essa ideia, ou seja, há pessoas que têm as suas bancas, pequenas empresas, são chamadas as alfas. As alfas ainda não fazem dinheiro, são coisas que começaram há uns meses e vão lá só apresentar e ver o que a Camalta acha. Depois há as betas, que são um bocadinho maiores. já são empresas maiores, já são empresas normalmente com rondas de investimento E depois há aquelas mais, tipo a Shell empresas. já têm muitos anos disto e têm umas bancas um bocadinho mais desenvolvidas. Onde é que entram os unicórnios. aí, os unicórnios Os unicórnios é?
26:40 – JORGE CORREIA (Host)
É uma fantasia ou é real Aquilo unicórnio, no fundo, que capta a partir de um determinado valor de investimento? Já são os mil milhões, mil milhões.
26:47 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Sim, Quando uma empresa valorizada como mil milhões são considerados um unicórnio, Normalmente significa que alguém um dos investidores valorizou a empresa, comprou uma parte dessa empresa com uma valorização de mil milhões. Agora já não se fala tanto disso. Engraçado, porque até vi uma das palestras era o fim do unicórnio e início do Centaur.
27:16 – JORGE CORREIA (Host)
Estamos farto do unicórnio e vamos matá-lo e criar um bicho novo.
27:19 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Exatamente, eu não fui lá porque já sabia que não ia ser assim. Nada em termos conteúdo. É muito conteúdo que é mais tensionalista e para mim não tem grande valor.
27:28 – JORGE CORREIA (Host)
Então, valorizaste, o que Das coisas todas que tu fostes lá, está apetiscando na web sámito o que é que te fascinou, o que é que ligou a tua inveja pessoal, que dizem que era interessante eu também poder desenvolver.
27:47 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Desta vez, o que eu fiz foi mais. Nós também temos uma aplicação que nos dá a poder ter acesso a todas as pessoas que vão ao web sámito Contactos.
27:55 – JORGE CORREIA (Host)
portanto, é uma lógica de rede.
27:57 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Exato, é tipo uma rede social, é tipo um LinkedIn só para o web sámito, e os meus três dias lá foram só mandarem mensagens a pessoas relacionadas com o podcast e marcar reuniões de 10, 15 minutos com elas E pronto, e desta vez não me fiquei muito em ver o que estava a acontecer.
28:16 – JORGE CORREIA (Host)
Foste lá como promotor, no fundo.
28:18 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Sim, mas se já agora uma área que hoje é muito interessante foi na área da saúde e realmente mais uma vez inteligência artificial com área da saúde, que eu acho que é incrível porque pela primeira vez vamos conseguir ter tratamentos mais personalizados para doenças que são raras. normalmente não há tanto investimento, não é, porque só afetam uma parção de percentagem da população E agora estas aplicações, usando por, conseguem pegar em dados, calhar de outros contextos e aplicar ao contexto daquela doença.
28:51 – JORGE CORREIA (Host)
Quer dizer conseguir encontrar dentro dos grandes números soluções que se podem aplicar a grupos muito pequenos de pessoas. Exatamente exatamente. Wow, isso já parece bastante incrível.
29:03 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Isso é incrível e eu acho que até, por exemplo, muitas de diagnóstico através do hotel é móvel, em que uma pessoa claro que não substituindo um médico, mas a ideia é conseguir detectar havia muito pre と思 Centers for Peace.
29:38 – JORGE CORREIA (Host)
Fazer uma coisa. Não sei qual é a tradução em português um pitch. O pitch, qual é o teu pitch? quando vais vender o podcast para alguém a quem tu precisas de captar o dinheiro e para os teus clientes? Não sei se são universos diferentes ou não são.
29:54 – TIAGO FERREIRA (Guest)
São e o tipo de empreendedorismo já agora que eu faço é chama-se, pelo menos em inglês, a bootstrapping. Não sei qual é que é Bootstrapping Sim a tradução para português, mas a ideia é que nós não queremos fazer nenhuma ronda de investimento. Pronto, sou eu e o meu sócio.
30:10 – JORGE CORREIA (Host)
Explica-me lá esse conceito de ronda de investimento. O que é que isso É uma banquinha onde você pede os investidores para pôr dinheiro na tua ideia Pronto qualquer empresa precisa de dinheiro.
30:19 – TIAGO FERREIRA (Guest)
não é Qual empresa precisa de dinheiro para investir para pagar os salários e para investir em marketing, na tecnologia, etc. E a grande diferença entre bootstrapping e a parte dos tapos mais tradicionais e dos unicórneos e levantar dinheiro é como é que estas empresas conseguem obter esse dinheiro, Como é que captas o dinheiro, Como é que captamos o?
30:39 – JORGE CORREIA (Host)
dinheiro. E depois a segunda parte como é que remuneras? se forem?
30:42 – TIAGO FERREIRA (Guest)
investidores. Como é que remuneras? é simples, exatamente, exatamente, pronto e, na área mais tradicional, normalmente é com esses pítios, com essas rondas de investimento, ou seja. nós temos de conhecer uma série de pessoas com dinheiro, com muito dinheiro. Às vezes são empresas, bancos de investimento, outras vezes são os business angels. são uma pessoa que fez muito dinheiro e quer investir o seu dinheiro E vamos lá, fazemos um pítio, ou seja apresentamos a nossa empresa, dizemos olha, é assim que te vamos conseguir fazer dinheiro daqui a este tempo e vamos utilizar o dinheiro que nos vai ajudar para fazer isto, e precisamos de um milhão de euros, por exemplo.
31:16 – JORGE CORREIA (Host)
E com esse dinheiro eu planei fazer isto ou aquilo outro Exatamente isso é o clássico.
31:22 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Mas tu usas outro modelo. Sim, nós usamos um modelo diferente de que é. Nós, desde o momento que lançámos o POTSQI, estamos a fazer dinheiro. Desde o momento que nós lançámos no início do ano, foi no fim de fevereiro e conseguimos logo ter os nossos primeiros clientes. Felizmente cresceu muito bem porque foi aquela onda da inteligência artificial.
31:41 – JORGE CORREIA (Host)
E portanto a malta foi à procura do chat GTP para os podcast. Portanto depende deste logo desde o início do investimento, que na realidade é a compra do serviço do POTSQI. Exatamente exatamente.
31:56 – TIAGO FERREIRA (Guest)
E a grande vantagem é que para já temos mais controle. Nós temos 100% da empresa, ou seja. Não temos aquela ansia de fazer mais dinheiro e crescer mais, o que para mim pode ter consequências nofástas, que são aquilo que estamos a falar, que é utilizar os dados das pessoas para algo que se calhar não é tão bom ou que não é do interesse das pessoas. Nós, como temos total controle, conseguimos dizer olha, mesmo se fizemos menos dinheiro, não faz mal, porque isso não é o principal.
32:21 – JORGE CORREIA (Host)
E tanto tens uma relação mais honesta com os teus clientes. No fundo não é Sim. Você sabe qual é a necessidade e recebes um dinheiro que tu sabes que vai pagar aquela aplicação Exatamente exatamente, e é muito mais essa a ideia e temos mais controle.
32:34 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Também, não temos aquele stress de ver dinheiro às pessoas. Temos que fazer mais, crescer mais, e é uma coisa que tanto eu como uma sociujuão gostamos bastante e é um tipo de empreendedorismo um bocadinho diferente. E já agora, voltando à purga da inicial, de como é que é o meu dia a dia. O meu dia a dia Agora é como se trabalhar-se para outra empresa, é para onde eu sou o empregado e o empregador de certa forma, e acorda e dizer o que são as tarefas que temos de fazer. Temos de desenvolver esta nova funcionalidade.
33:02 – JORGE CORREIA (Host)
O que faz o João. Qual é o seu contributo para este projeto?
33:09 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Ele é mais na área de design, onde eu faço mais a área de design na área de marketing e eu sou mais à área do desenvolvimento da plataforma.
33:17 – JORGE CORREIA (Host)
Então vocês estão a seguir o caminho da Apple. Não é que seja bonito e que nos ofereça alguma coisa prática.
33:23 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Sim, sem dúvida Sem dúvida.
33:25 – JORGE CORREIA (Host)
Olha minha curiosidade como é que o pod-sqease, esta ferramenta que tu inventaste, consegue ouvir a voz humana e transformar voz em texto? Porque quando eu vou ao Google pesquisar um discurso qualquer do presidente da República, o Google vai à procura das notícias que alguns jornalistas fez, mas não me vai encontrar a voz do Marcelo Rebelsoz.
33:44 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Exato, pronto. A tecnologia de transcrição não é feita por nós. Nós utilizamos outros serviços que já fazem essa tecnologia e nós basicamente agregamos tudo. Agregamos um serviço de transcrição, um serviço de GPT e depois pomos a nossa magia e também os nossos algoritmos lá e entregamos os resultados.
34:05 – JORGE CORREIA (Host)
Um algoritmo é que é uma maneira de fazer perguntas.
34:08 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Um algoritmo é um conjunto de instruções que damos a um computador que depois nos vai obter uma receita, não é. Ou seja, nós temos os ingredientes e a receita. É um algoritmo. Receita para fazer um arroz de pato, por exemplo. Acaba a ser um algoritmo em que nós damos uma série de ingredientes e seguindo aquele passo, passo um, passo dois, passo três, etc. Obtemos um arroz de pato. Um algoritmo é isso, mas para a área da matemática e da computação.
34:38 – JORGE CORREIA (Host)
É uma bela analogia porque, sendo a receita a mesma, se for a minha mãe a fazer o arroz de pato, aquilo sai francamente melhor do que se for eu a fazer o arroz de pato, e a receita é a mesma.
34:50 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Mas isso é que é a diferença entre os humanos e os robôs e os computadores? não é. Os computadores são muito mais deterministas, não é? Ou seja, quando se damos uma série de instruções, vai sair sempre o mesmo no algoritmo. Então é criatividade onde?
35:08 – JORGE CORREIA (Host)
é que entra aí. Eu quero voltar à pergunta da criatividade, mas há uma coisa que me fascinou quando experimentei, que é, por um lado, como eu costumo dizer, as tarefas do Macaco. Não me surpreenderam. Não sentia de transcrever os tempos, estavam certos, isto para mim, mas havia. Houve coisas ali que me interessaram muito, que é na resposta que a máquina me dá, por exemplo, encontrar quais são os 10 principais temas do podcast. E eu fiz aquele exercício, que é no último episódio, o que é que eu relevei, eu com meu espírito de ouvinte achei isto aqui e o outro E a máquina devolveu-me.
35:50
Eu diria que 90% dos temas que eu disse, estes temas são relevantes e deu-me isso. Portanto já estamos no nível diferente que é como é que nós conseguimos pegar na linguagem usando computadores que são em princípio rápidos mas binários, para conseguir depois oferecer em alguma coisa que o como ser humano. Acho que faz sentido Exato Que eu consigo lidar no fundo a isto.
36:16 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Basicamente isto entra muito na área pronto da inteligência artificial que vai dar. E realmente o GPT foi uma coisa incrível porque Incrível, porque A? gente tem que nos ter exatamente por isso, porque têm me qualidades bastante humanas, Entrando um pouquinho se cair numa parte um pouquinho mais técnica e apesar de eu não ser especialista nesta área de inteligência artificial, Mas trabalhos com ela não é Um trabalho com ela e estudei um pouquinho sobre ela.
36:41
O nosso cérebro é uma máquina de previsões. Nós, desde o início, desde bebês, que estamos a receber inputs através dos nossos arroles, dos nossos sentidos. Não é Constantemente. E o nosso cérebro é uma máquina de pegar nisto tudo e também criar padrões. Não tem atenção? não é Por isso é que também nós temos o racismo e a discriminação, porque também são padrões que são criados, às vezes involuntariamente, no nosso cérebro. Pronto, e o que aconteceu com estas redes neuronais, que têm sido a tecnologia, o algoritmo matemático por trás da inteligência artificial, é que conseguem ser muito semelhantes aos nossos cérebros, ou seja, eles fazem coisas muito semelhantes em que nós lhes demos inputs. Tal como o nosso cérebro recebe os nossos olhos, dos nossos sentidos, as máquinas também recebem todos os dados que nós recolhemos, e o GPT foi treinado, por exemplo, de todos os dados que já existiam, e agora também existe uma grande conversa sobre o que é.
37:34 – JORGE CORREIA (Host)
Então ele está a roubar Tal é qual, no fundo, ele está a copiar e a papagiar.
37:38 – TIAGO FERREIRA (Guest)
uma coisa que o valgém que pensa é que escreveu E criou um cérebro, Aquilo acaba de ser um cérebro artificial que depois nos dá um Tal como o nosso cérebro. Nós também não percebemos bem como é que o nosso cérebro funciona, como é que as ideias se haiem. E é exatamente isso que está a acontecer com a inteligência artificial. E é por isso que nós agora podemos pegar no GPT, dar um script, uma transcrição do teu podcast, e ele vai tirar algo que é bastante humano, que nós não conseguimos perceber, mas por que E aí sim, já não é tão determinista, Aí sim, às vezes ele pode tirar uma coisa ou às vezes pode tirar outra questão, E depois também é aquele medo que é ok, E agora se calhar não vamos entrar por aí. Mas é o que é, que é consciência, não é? E aquela parte que também há muita gente a falar sobre isso na inteligência artificial.
38:25 – JORGE CORREIA (Host)
E a criatividade No fundo, o que é que é criatividade?
38:28 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Onde é?
38:28 – JORGE CORREIA (Host)
que está a fronteira da máquina? no fundo, ser muito melhor do que nós a estabelecer padrões É relativamente tranquilo para mim, mas a partir de Qual é o momento da fronteira em que a máquina consegue no fundo recriar algo similar à criatividade, encontrando uma ideia melhor do que aquela que foi tida pelos seres humanos?
38:49 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Se quer vir a pergunta para ti o que é? que é criatividade?
38:53 – JORGE CORREIA (Host)
Isso é uma boa pergunta. O que é criatividade É encontrar uma solução diferente para um problema que já existe. Pode ser.
39:01 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Pode ser numa questão de um problema, mas também, por exemplo, na parte artística, fazer um quadro, fazer Aí não há necessariamente um problema.
39:10 – JORGE CORREIA (Host)
não é Porque até esta ideia de dizer à máquina de Zanyama e um Da Vinci ainda, nós podemos dizer que aí é uma cópia, porque está a usar no fundo a mesma técnica que aprendeu e que está a descreta e que existe. Outra coisa é a própria máquina ser um Da Vinci completamente diferente, que ele pode chamar-se o GPTzinho.
39:31 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Mas mesmo o Da Vinci tirou ideias de outros artistas, agregou também Claro, nós temos que aprender. Aliás, quando vamos nas universidades, nas escolas, estamos aprendendo sobre o conhecimento de outros, não é? E quando fazemos os nossos potes que é isso quando queremos o nosso conteúdo nunca é algo altamente original. Aliás, há muitas músicas e às vezes há problemas com isso. São muito semelhantes, mas às outras os acordes são muito semelhantes porque o nosso cérebro é uma máquina de previsões, é uma máquina que recebe inputs e nós, tendo a percebermos, acabamos depois de utilizar isto tudo e criar uma ideia nova. E se calhar ia que é a criatividade.
40:09 – JORGE CORREIA (Host)
A magia e a mistura.
40:10 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Exatamente pegar uma mistura e juntar tudo e fazer algo novo. Será que o GPT já está aí? Se não está, está muito próximo.
40:19 – JORGE CORREIA (Host)
Está muito próximo. E essa ideia de máquina de fazer previsões quer dizer a recriação de que, à frente de um conjunto determinado das palavras, onde aparecer mais outras palavras que são mais como um momento.
40:31 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Exatamente, e essa é a mecânica do padrão. Exatamente, e a mecânica do padrão era muito essa.
40:38 – JORGE CORREIA (Host)
Recebendo esta frase, o que é que será a próxima frase A vendo esta ferramenta, a vendo estas ferramentas de inteligência artificial. Nós estamos a falar do chat de GPT, mas bar de Enfim agora começaram a aparecer em bar da, literalmente Ferramentas de O Boziles começa a ser. Sabermos fazer as perguntas e verificarmos as respostas.
40:59 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Sim, sem dúvida. Eu acho que mais uma vez acaba de se calhar. Se que é ser, nos tem de ser iniciados, acima de tudo destes pequenos que é questionar tudo Não é um bocadinho, como na área de filosofia, é o espírito crítico. O espírito crítico é crucial E muitas vezes eu agora uso o GPT para tudo.
41:18 – JORGE CORREIA (Host)
É.
41:19 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Para escrever código, para escrever emails, para tudo. Já aconteceu. Eu escrever um código e faço uma pergunta ao GPT como é que eu faço isto? E ele diz vai a este site e faz um melódio deste software. Eu vou lá e não existe. O site não existe. Ele criou. Ele disse que se supostamente poderia haver uma solução se existisse este site. Entretanto, agora o GPT, o GPT4, não é uma versão, o que é melhor, mais inteligente, mas pronto, eu às vezes queria alucina um bocadinho, mas, para ser sincero, nós humanos também alucinamos muitas vezes e às vezes também queremos muitas coisas.
41:52 – JORGE CORREIA (Host)
Olha, acho que é uma excelente maneira de fecharmos este podcast, porque no dia em que gravamos os responsáveis pelo dicionário de Cambridge, que elegem normalmente a palavra do ano, e escolheram a palavra alucinar Ok, e é essa a palavra Estamos todos a alucinar.
42:15 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Sim, sem dúvida Nós somos a alucinação, não só a nossa nível, mas a nível da inteligência artificial, e é tentar todos pegar nessas alucinações com sentido crítico e ver o que é que podemos tirar delas, o que é que é positivo e o que é que não é tão positivo.
42:35 – JORGE CORREIA (Host)
Leandro. A descrição do próprio dicionário alucinar é um verbo achar que se vê, que se ouve, que se sente ou se cheira algo que não existe Estava habitualmente ligado ao doenças mentais ou então ao consumo de drogas. Ideia de alucinar, como é que não sei qual é o contrário de alucinar, talvez atinar. Sim, que é que nos falta para ficarmos só com o lado bom disto, para nos atinarmos?
43:00 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Wow, é uma pergunta simples. É muito simples que é que nos falta? Eu acho que nunca há bom sem mau.
43:08 – JORGE CORREIA (Host)
Não é.
43:09 – TIAGO FERREIRA (Guest)
Nunca vai ser perfeito. Eu acho que também é a grande beleza do ser humano E testar vivo é testar sempre a ver o que é que podemos fazer e como é que podemos melhorar. Por isso nunca vai ser perfeito, vai ajudar a evoluir a nossa humanidade, sem dúvida, e acho que nos próximos 10 anos vamos ver uma mudança 360 na forma como é que as profissões, o tipo de profissões que existem e como no ensino vai haver uma diferença gigante e vão aparecer sem dúvida novos problemas para as nossas gerações e as gerações futuras de resolver, alucinar ou atinar.
43:47 – JORGE CORREIA (Host)
Averemos de viajar muito entre estes dois verbos nos próximos anos. Por um lado a vertigem da aceleração dos tempos, por outro a necessidade de parar para pensar, e tu estás mais na fase da correria louca ou da pausa para contemplar