A inteligência artificial fala a nossa língua? Tiago Ferreira

A inteligência artificial fala a nossa língua?  Tiago Ferreira
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Nesta edição aventuro-me pelo universo, para mim, desconhecido e fascinante, da mistura do som, das palavras, das máquinas que aprendem as palavras e respondem com resumos escritos do que falámos.

Na semana em tivemos websummit em Portugal e que o festival Podes escolheu os melhores podcasts nacionais, gravei uma conversa com Tiago Ferreira, engenheiro, criador de aplicações que usam a inteligência artificial para transcrever a fala, e empreendedor desta área do digital.

E descobri que mundo está a andar cada vez mais depressa.

TÓPICOS DE CONVERSA

(00:13) Inteligência Artificial Aplicada à Linguagem
(13:19) Influência Dos Algoritmos nas Recomendações
(20:53) Web Summit e Futuro Dos Podcasts
(35:50) Inteligência Artificial e Criatividade
(41:39) Alucinação, Evolução e Profissões Futuras

Quem se lembra de ter feito um ditado na escola primária?

Em bom rigor quem ditava era o professor ou professora.

No meu caso era a professora Zita que me ensinou a ler e escrever.

Nesses dias do ditado ela lia um texto para nós o ouvirmos e transcrevemos.

Estava feito o ditado.

A santíssima trindade da aprendizagem do português completava-se com a interpretação de um texto ou com a populares composições.

Sim, aqueles textos que eram enunciados como: “Façam uma composição de 20 linhas sobre a vaca”. Por exemplo.

E à falta de melhor ideia podíamos sempre começar o texto com a célebre frase:

“Era uma vez uma vaca…”

E, porque estou eu para aqui a falar de ditados, composições ou redações e interpretação de texto?

É que o Tiago Ferreira inventou uma máquina moderna que faz isso mesmo. Aplicada à voz falada e experimenta em podcasts, com este, o Pergunta Simples.

E como descubro o Tiago no planeta?

Bom, primeiro experimentei a tal máquina, um programa informático, uma aplicação. Já agora chama-se Podsqueeze. Numa tradução livre: Espremedor de Podcasts.

E é isso mesmo que faz, espreme o conteúdo do que se fala em cada episódio.

E depois de experimentar percebi que a magia tinha sido criada por portugueses.

Melhor explicar na prática: Quando gravei esta conversa tirei o som do meu gravador num formato de ficheiro digital.

E coloquei o som dentro do espremedor de palavras.

O que aconteceu? Fiz um ditado. A fala transformou-se em texto escrito.

Até aqui o processo é prático, mas não mágico.

O que acontece a seguir é que é surpreendente.

A máquina faz resumos do que falamos, parte a conversa em capítulos, descobre palavras significativas e até propõe vídeos de promoção do episódio.

Como raio um computador consegue devolver resumos com contexto das conversas anárquicas que vou mantendo?

É sobre isso esta conversa. Sobre máquinas entendem a fala e escrevem textos e sobre empreendedores portugueses a jogar no campeonato mundial das aplicações de inteligência artificial aplicada à linguagem.

Alucinar ou atinar.

Haveremos de viajar muito entre estes dois verbos nos próximos anos.

Por um lado a vertigem da aceleração dos tempos, por outro a necessidade de parar para pensar.

E tu, estás mais na fase da correria louca ou da pausa para contemplar?

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