Hoje vamos todos para o divã.
O divã onde se deitam os que aceitam ser analisados a fazer psicanálise.
Estão prontos?
Mesmo que não queiram deitar-se no divã, pelo menos sentem-se confortavelmente e escutem com atenção.
Freud explica.
Esta promessa é francamente exagerada.
Mas gosto da expressão: Freud explica.
Nela podemos ler o momento preciso em que dizemos algo que não queríamos assumir. O lapso freudiano.
Mas também a promessa de que o psicanalista Sigmund Freud tinha todas as respostas a todas as neuras humanas.
Não é verdade, mas o mito insiste em existir.
Desde Freud muitos outros psicanalistas e psicoterapeutas reinventam o procedo da cura pela arte da palavra.
Na forma mais clássica o paciente, cada um de nós, deita-se no divã e confessa todas as suas angústias e desejos ao psicoterapeuta que o escuta na cabeceira deste leito onde se tenta reorganizar o mundo em convulsão.
Para tentar perceber este mistério da cura pela palavra, da cura pela fala, pela psicoterapia, viajei até ao Brasil.
Para ouvir da voz de Sandro Cavallote a maneira como tudo acontece no seu consultório.
Dos desejos às frustrações.
Do querer agradar a todo o mundo até à coragem de dizer não.
Descobri Sandro Cavallote através do seu podcast ‘Comunicação & Psicanálise”, onde descreve em pormenor como é a sua vida profissional.
Quase me parece que este ‘podcast’ é também uma forma de ele se curar falando da sua vida.
Vale começar pelo princípio.§
Venha comigo. Vamos saber tudo o que se passa numa sessão de terapia.
Entre, feche a porta e ouça a explicação de Sandro Cavallote
Enfrentar medos, traumas e desejos reprimidos não é fácil.
A tentação de acusar os outros pelas suas próprias dores ou falta de iniciativa é grande.
É isso que dificulta o processo de cura pela arte da fala.
Implica assumir que só há um responsável pelo escrita da vida: cada um de nós.
Sim, claro que há expectativas, sonhos e frustrações. Mas principalmente um impulso de agradar aos outros ou ter ideias que desfocam a realidade.
A cura pela palavra é afinal um caminho guiado por um técnico, mas onde o mapa é o seu.
Preparados para a mágica viagem interior?
E para a viagem chamada vida?
RESUMO
Neste episódio do “Pergunta Simples”, falámos sobre o tema da análise psíquica e contemporânea, com foco na psicanálise e na terapia pela fala. O objetivo é esclarecer dúvidas sobre o assunto e desmistificar alguns mitos em torno da figura de Sigmund Freud e da psicanálise em geral. O psicanalista Sandro Cavallote é o entrevistado e explica como funciona a psicanálise e como a terapia pode ajudar indivíduos a lidar com seus traumas e emoções passadas.Também discutimos a importância do auto-cuidado e aprendizagem contínua para psicanalistas e pacientes. O episódio encoraja os ouvintes a explorar os benefícios da terapia e a entender que a busca de ajuda é um sinal de força e não de fraqueza.
LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIOJorge (00:00:13) – viva um vindos ao pergunta simples o vosso públicas sobre comunicação. Hoje vamos todos para o viva. Não pode ver para dormir, Vamos para viver onde se deitam. Os que aceitam ser analisados e fazer psicanálise estão prontos, mesmo que não queiram deitar, Se tiver, pelo menos sentem se confortavelmente. Discutem com atenção. Se quiserem, fiquem só espreitar pelo buraco da fechadura. Nesse caso, a prova tempo para subscrever a pergunta Sempre nosso pode vai no google ou na ápoca ou em qualquer outra plataforma que prefiram envie este episódio alguém que tem curiosidade de saber tudo sobre a análise psíquica e contemporânea e não foi, nem sempre explica tudo. Freud explica Esta promessa é francamente exagerada, mas eu gosto da expressão fraude, explica. Nela podemos ler o momento preciso em que dizemos algo que não queríamos assumir um lapso freudiano. Pois claro, mas também a promessa de que o psicanalista Sigmund Freud tinha todas as respostas a todas as neuras humanas não é verdade, mas o mito insiste e persiste em existir desde Freud que muitos outros psicanalistas e psicoterapeutas reinventam o processo de cura pela arte da palavra.
Jorge (00:01:41) – Na forma mais clássica, o paciente, cada um de nós deitasse no divã e confessa todas as suas angústias e desejos ou psicoterapeuta que escuta na cabeceira do leito, com detentas reorganizar o mundo em convulsão, O nosso mundo, para tentar perceber este mistério da cura pela palavra da cura, pela fala, pela psicoterapia virgem até ao Brasil, para tentar ouvir da voz do centro Carlotti a maneira como tudo acontece no seu consultório, dos desejos, as frustações do querendo agradar a todo mundo, até a coragem de dizer não descobri Sandro Ka volte através do seu ponto de Castro. O gasto de comunicação e psicanálise que recomendo vivamente que possam ouvir uma publicação dele, escrevem para o menor. Como é a sua vida profissional? Quase me parece que este caso é também uma forma de ele próprio assegurar falando da sua vida. Vale começar pelo princípio venha comigo. Vamos saber tudo o que se passa numa sessão de terapia entre, fecha a porta e outra explicação de Sandro Cavalo.
Sandro (00:02:49) – Mas se a psicanálise seja esteja ideias do início do século vinte. Muita gente ainda tem dúvidas sobre o que que a psicanálise, mas nós vamos tentar ordenar o raciocínio que lá para o início do século vinte, froz de que é o neurologista, era um psiquiatra também. Ele começou a perceber mais uma forma bastante simplista, sim, olhar os pacientes deles dele e falar, talvez tenha alguma coisa a mais. Ele talvez tenha alguma coisa que está sendo dito. O que está acontecendo. Será que tudo na estrutura do físico será que não tem nada além disso, de uma forma que não precisa ser fiscalizada? O que tem ali por trás daquilo? E ficou curioso? Extremamente curioso ele começou a pegar alguns pacientes que já estavam diagnosticados com na base da psiquiatria e começou a tentar escutá los. E tentou envolvia até um processo que, inicialmente, foi a hipnose até um determinado ponto A hipnose o serviu.
Sandro (00:03:50) – Ele não precisava, realmente, dentro dos processos, as pessoas. Só que ele percebeu que até um determinado ponto e não havia uma cura efetivamente daquilo que a pessoa estava orientada a falar sobre o seu próprio sofrimento. Ele começou a se interessar mais ainda. Falou para mim sobre esse sofrimento dia para mim sobre isso. Ele fazia muitas perguntas. Até que uma das suas pacientes falou pelo amor de Deus, me deixa falar e acabou dessa maneira. Ele futebol, então, fale e ela falou aí, a partir do momento que ela começou a verbalizar. Ele começou a perceber que a fala dela começar a fazer trazer algumas conexões com o passado com o futuro, com as visões que ela tinha sobre o que ela gostaria de ser presente. E aquilo começou a devem ser alguns desses sintomas. Então, os sintomas começaram a desaparecer a partir dessa fala. E a psicanálise?
Sandro (00:04:46) – É basicamente, isso é o exercício da escuta. É um exercício de estar junto com o paciente e ouvir sobre o que ele tem para dizer a respeito do próprio sofrimento. Não é uma condição de comportamento. Vai, faça isso, faça aquilo o que tenha psicanalista, o analisam anti e uma escuta em governo.
Jorge (00:05:07) – Isso quer dizer que quando está no Sul consultório e chega lá um paciente, um candidato, a paciente normalmente traz que queixas de que se queixam as pessoas que recebem no seu consultório.
Sandro (00:05:23) – Assim, queixas sempre vão ser as mais variadas, sempre lida com o sofrimento, sempre dá com a Rússia, mas a gente vida também com uma coisa chamada não dito. É o que a pessoa não consegue nem expressar de forma consciente. E essa é a base da psicanálise profissionais trabalha com o inconsciente e a partir dessa estrutura inconsciente, o que a psicanálise entendia que a nossa construção infantil ela deixou central. Mas ela deixou a negociação resolvidas principalmente porque a gente não tinha ainda ferramental psíquico necessário para poder lidar com essas angústias. Então, o que é isso que acontece com o nosso aparelho? Psicose Reprimir esse sofrimento dessas certezas recalcar no inconsciente. Só que essas coisas são importantes. Segundo a psicanálise, as coisas são importantes para que a gente lide com elas e elas vão aparecer na adolescência, elas vão aparecer o adulto. Então, quando um adulto chega para nós dentro dos sete analítico e vai falar olha, eu me sinto assim me sinto aquilo tudo para nós é um sintoma, não necessariamente uma dor física, não necessariamente mal, machucado ou alguma coisa que possa parecer mais a olho nu.
Sandro (00:06:31) – Tudo para nós o sofrimento dele atual. Como é que ele se sente? Mesmo não sabendo dizer A ideia é que a gente consiga dar nome para esse sofrimento. Ele vai falar da vida dele, construir a biografia dele. Dentro desse contexto, eu falar da minha infância, aconteceu isso, tive isso, mas agora já não vejo mais as coisas desse jeito. Eu vejo de uma outra maneira, mas isso me traz angústia. A gente vê muito adultos dentro desse processo. Falando assim, a minha vida inteira foi construída, eu consegui atingir tudo o que eu queria, mas ainda me sinto mal. Eu quero me livrar desse se sentir mal e nos sete analítico que a gente faz, fala sobre isso traz para nós isso. Verbaliza isso porque às vezes a pessoa foi tão pressionado a se tornar um advogado na vida, ele conheceu o músico. Então, a gente encontra maneiras de que ele consiga reencontrar esse desejo dele já num outro momento da vida, já que ele não conseguiu lidar com isso na infância.
Sandro (00:07:25) – Então, a gente sobre má isso já é um advogado, mas ele vai para a escola de música de apoio, de uma guitarra ao total do total. É muito interessante dentro desse processo executar.
Jorge (00:07:35) – Estava dizer que às vezes esta conversa, essa escuta que faz do universo do não dito, quer dizer que alguém se pode deitar no diva ou sentar se numa poltrona à sua frente e, na realidade, estar a desconversar, estar a falar de outras coisas laterais e não daquilo que pode estar a causar, lhe adora
Sandro (00:08:00) – perfeitamente. É mais ou menos por aí o processo segundos. Uma das ferramentas básicas da psicanálise é a associação livre. Essa socialização livre foi desenvolvida por Froz. Vale desde o início, desde os primeiros processos que ele começou a desenvolver. E associação livre, ela, o que cabe dentro da construção desses. Sete Analisando falar sobre o que ele quiser, então muitos analisamos vem, começa a falar. O meu dia começou assim tal tal tal tal, tal tal, de repente, ligou com alguma coisa que aconteceu no passado. De repente trouxe para o presente e ele está se relacionando novamente com esses sentimentos e reinterpretando esses sentimentos. Agora sobre uma nova perspectiva, ele está com experiências variadas, uma experiência de adulto, só que reviveram suas experiências infantis. Então aquele trauma que ele tinha no passado, aquela dor tão grande que ele não conseguiu lidar. Ele através desses links que ele faz a partir da fala dele, A partir da verbalização dele, ele pode desfazer nós ele pode reviver aquilo e ressignifica aquilo de uma outra maneira.
Sandro (00:09:03) – Então ele fica realmente no momento em que ele fala de várias coisas total Parece que as coisas estão desconexas. De repente, uma música que ele tinha e ele nem saber, tinha que se sente mais hábil, Revidou com aquilo de uma outra maneira e ele pode trazer coisas específicas também. Aí aconteceu isso na minha infância. Eu quero lidar com isso. Nós vamos tentar entender daquela volta toda olhar que aconteceu naquele ambiente para que ele mesmo possa encontrar ferramentas dentro desse processo, porque não adianta a cada um de nós tem nossas próprias, máculas nossas, próprias tristezas, nossas próprias angústias. A psicanálise trabalha que nós também conseguimos curá las, porque se eu disser faça isso ou faça aquilo, não é o que está sendo feito pelo analisa o analista. Então, qual
Jorge (00:09:51) – é o seu trabalho? Se a pessoa vai fala, fala dos seus, nós descobrimos, não descobri onde é que estão as suas mazelas, as suas dores. Afinal, tenho o melhor emprego do mundo, que no fundo estava sentado. Ouvir ontem fazer qualquer coisinha para para ajudar
Sandro (00:10:06) – nós parece, parece bastante simples se parece uma conversa entre o Natal, mas uma outra das ferramentas fundamentais da psicanálise chama atenção flutuante. O que é a atenção flutuante dentro desse processo? Nós, executarmos e a escuta tem que ser muito apurada. Psicanalista de vai, solicitamos isso conforme a sua prática vai acontecer em que a gente vai junto com analisando, escutando aquilo e fazendo pequenos apontamentos do que a gente Acho que é importante, mas isso aqui, Mas nesse momento e essa pessoa porque o inconsciente ele quer que a gente vive com aquilo, Mas muitas vezes não vai dizer exatamente o que o que é aquilo. E esse aquilo passa através de pequenos elementos que ficávamos, significa, pegando esses pequenos elementos dentro de uma estrutura de investigação, e a gente vai apontando para essas pessoas. Mas nesse momento específico e essa essa situação em que você foi devolvido dessa forma, porque é que não se agir dessa maneira, geralmente é sempre uma situação de pergunta Nunca de exclamação.
Sandro (00:11:06) – Você fez isso sempre para colocar o analisando dentro do processo da própria dor? Então a interlocução é muito na base de causar uma interrogação, nenhum questionamento. E muitas vezes a gente faz um pequeno apontamento que a seção inteira ele fica pensando caramba. Como é que eu deixei isso acontecer? Como é que isso foi desse jeito total? Muitos dos nossos comportamentos que a gente coloca no dia a dia. Eles são os feitos dessa forma, porque a gente não percebe a repetição que a gente tem. A gente repete muita coisa do passado, do comportamento dos pais, do comportamento, dos cuidadores de uma forma geral e a gente nem percebe isso. Então, o analista tem um trabalho muito complexo de escutar de uma forma em que não exista mais nada ainda. Fala do analisando como
Jorge (00:11:52) – é que consegue manter essa esse nível de atenção, esse cuidado, essa escuta flutuante e ao mesmo tempo técnica tendo todos os dias, não sei quanto cientes durante um dia, durante uma semana, durante um mês, não se cansa de escutar, escutar os outros, que no fundo, trazem sempre uma bagagem de problemas para para para entregar assim, os problemas para atirar sobre os seus problemas.
Sandro (00:12:21) – Sim, é uma prática que ela leva, muitos nós. Ela nos coloca numa posição muito importante dentro do processo de cura, da oralidade e tem que gostar muito dessa escuta, Tem que participar muito porque parece simples, mas pensar que não existe mais nada além do que aquilo que está sendo dito, dedicar atenção total para algo que está sendo dito e para o não dito atrás daquelas palavras então, que aquela palavra realmente quer significar o que aquilo realmente faz sentido para a pessoa essa relação de inconsciente. Muitas vezes a pessoa fala algumas coisas que não percebe que ela traz algumas coisas no sentido de brincadeira e o exercício do psicanalista constantes. Estamos o tempo todo trabalhando através de um tripé psicanalítico, que é a formação contínua, nossa análise pessoal e também a supervisão com outros pares. Então, tudo isso são ferramentas que nos ajudam a caminhar no dia a dia, com analisando.
Sandro (00:13:19) – Mas é um processo em que a gente tem que se dedicar bastante, É cansativo, não é brincadeira, é um processo muito sério, mas realmente é um processo que é transformador quando nós estamos dentro dele, quando nós estamos ali, sendo aquela aquela estrutura de transferência do analisando. Em relação a nós, é muito motivador, sabia que nós podemos estar ali trazendo algo de importante junto com o próprio, analisando
Jorge (00:13:44) – a transferência. O que é isso que conceitua essa
Sandro (00:13:47) – transferência É outro conceito fundamental da psicanálise, em que dentro do Ceste analítico analisando, pode jogar tudo para a figura do analista. Então ele acaba deixando de ser um analista, ele pode se tornar o pai. Ele pode se tornar a mãe, ele pode se tornar o time, pode se tornar um irmão, ele pode se tornar até um objeto. Então a estrutura transferência é muito desse processo em que o analisando vai jogar tudo o que ele pode dentro da estrutura que o analista representa. Então, eu poder falar de tudo. A psicanálise tem essa abrangência, em que o analisando, dentro do set constituído e muito bem organizado, ele pode falar de absolutamente tudo. Eu tenho um foco muito grande, analisando os adolescentes. Então, uma das primeiras coisas que a gente fala para adolescente é não poder falar mal do pai para poder falar mal da mãe. E, a partir disso, muda se toda a perspectiva para que ele joga tudo na gente, de todas as formas possíveis, porque ele está sendo negado de várias maneiras, a estar dentro de uma estrutura em que ele possa falar mal, diálogo.
Sandro (00:14:49) – Então, no sete, analítico, com adolescente, extremamente rico, a transferência é basicamente isso. Coloco na figura do analista, simbolicamente, tudo representativa, dentro daquela
Jorge (00:15:00) – que pode ser, zangar se com que consiga o apaixonar se por si ou não é uma apenas uma terceira pessoa, onde eu coloco como se fosse um armário, onde eu vou colocando pecinhas das minhas dores, os meus desejos do que é que está a correr bem ou mal,
Sandro (00:15:19) – projeta realmente todos os sentimentos para nós, então eles não se tinha. Ele pode nos trazer. Só que não somos nós. A figura do psicanalista é a figura que está sendo representativa ali, então, xingamentos impropérios, culpabiliza ações dentro desse processo apaixona mentos mil pela aquela figura eles são comuns em todo sete, só que de uma forma ética eles ficam naquele espaço. Eles ficam naquele montante. Então, muito disso pode variar muito de si, Pode ser reorganizado porque é algo que nunca foi dito para aquela figura, pode ser dito tudo pode se transformar aquela pessoa a partir desse dito. Ele pode inclusive pensar e sentir que deve falar para que uma figura caso seja necessário. Me preparei para isso. Então ele falou falou, falou, falou agora, possuem primeiro enfrentamento agora, e posso ir para lá e lutar a minha batalha no mundo real. Então essa figura do analisam ante ela é muito analisando do analista, ela é muito importante para que o analisando possa realmente falar, sobretudo para nós receber esses impactos e, às vezes, é bem doloroso.
Sandro (00:16:28) – Às vezes é bem difícil. A gente sai de várias sessões assim, acabados, cansados, mas, assim, insatisfeitos por estarem fazendo um papel tão representativa na vida do analisando como
Jorge (00:16:38) – é que recupera como é que, como é que se se reconstrói como é que rege energia? Depois, para voltar e para conta? Não havia o seu trabalho com aquele paciente ou com outro qualquer. E já agora, uma segunda pergunta, além de saber como é que se recupera ou algum momento em que dissesse não, eu não quero mais trabalhar com esta pessoa. Já não, eu já não a suporto Já no ano já não agüentou, eu já não consigo sentir essa, essa raiva sair dessa neutralidade técnica e profissional.
Sandro (00:17:10) – O suportar, vamos dizer assim. Ele abrange elementos físicos, então a gente está sentado, a gente fica sentado tempo demais. A gente tem que ter a nossa saúde física, fazer academia, fazer seu esporte, sair desse espaço, se movimentar super importante que nós, como analistas que tenhamos, a gente passa isso o tempo todo profissionalizantes, porque tem. Tem toda a situação física da endorfina, tem toda a situação física de que a saúde física faz bem. Dentro desse processo. Falar um pouquinho sobre o tripé psicanalítico, tripé psicanalítico proposto por fraude. É que a gente nunca vai parar de estudar. A gente vai estar o tempo todo estudando sobre variadas sobre o próprio projeto sobre outros autores que interessam a cada um dos psicanalistas. Nós temos a nossa terapia pessoal. Assim todo psicanalista de ter fisioterapeuta pessoal. Então eu levo tudo tudo que aquilo que me afeta dentro dos sete analítico eu acabo levando, disse de forma pessoal.
Sandro (00:18:07) – Eu levo isso para o meu psicanalista. Ainda ele que agüente a força do que eu vou trazer para ele em termos de dor e sofrimento. E nós temos os nossos pares as nossas partes, eles fazem parte da supervisão. Tudo que a gente sentiu, que pode ter resvalado de uma forma negativa dentro desse processo, a gente leva para a supervisão onde aconteceu isso. Mas você olhou dessa forma, a supervisão. Então, esse tripé e a supervisão é importante o tempo todo macro, ele se reorganiza dentro do ecossistema em que a gente acaba descansando um pouco sobre tudo isso que nós atravessa. Mas a ideia e atravessa a melhor palavra é que eles passem por aqui e saem por algum lugar. Se eles ficam, aí, entra na sua segunda pergunta o que é que isso? Porque isso está comigo porque isso me afetou tanto, levando para transferir para supervisão, levando para os pais que pode chegar à conclusão de que não vai haver mais uma boa transferência que aquele analisado.
Sandro (00:19:07) – E tem que chegar e falar, olha, não é um momento bom, acho que a gente está indo por um caminho que não é o melhor caminho. Gostaria de justifica parceiros que possam fazer esse processo e pode ser seriamente aberto com isso. A sua relação, as coisas que você tem a fazer, o seu sofrimento, eles estão. Resolva limite, uma forma que não conseguem lidar. Então, a partir desse momento, vamos ver como é que a gente vai fazer trabalhar juntos, porque nunca é simples dizer para um analisando que você também tem limites. Não é fácil, mas é super importante para o psicanalista e para analisando também, Então a gente tem início, a gente sabe
Jorge (00:19:44) – isso. Nesse momento em que diz ao cai nós não podemos continuar a trabalhar. Eu já não posso continuar aqui escutá lo? Não posso de alguma mané, ele está a ajudar. Não temo que isso possa criar uma sensação de orfandade em alguém que daquele lado tanto confiou em si no fundo para para lhe contar tudo da sua vida mais íntima.
Sandro (00:20:09) – É uma bela questão. Isso acontece com frequência. Por isso que antes de tudo, a gente tem que levar para supervisão, isso vai aparecendo, não de uma hora para outra. A ética organiza que a gente tem que passar por um processo relacionado a isso. A gente lá para supervisão, a gente entende o que está acontecendo, a gente lá para nossa análise pessoal e isso vai se desmembrando. Essa quebra dessa transferência ela acaba se desmembrando durante as sessões. Em algum momento, até o próprio analisando vai perceber que algo que foi quebrado dentro dessa ligação. Existem momentos em que dá para fazer isso também a partir do momento que o psicanalista queira e que eu analisando que ele, porque também coloca se muita energia dentro desse processo, mas eticamente. Esse é um processo. Não é um corte que se diz a água. A partir de agora não vai mais acontecer isso vem uma segunda sessão vão fazer o desligamento, Vão fazer uma organização juntos.
Sandro (00:21:04) – A gente consegue fazer isso
Jorge (00:21:06) – então? E o contrário? E quando o paciente numa determinada altura, até quase de surpresa para alguém com a sua experiência, diz muito obrigado, mas eu já não vêm mais. Isso é
Sandro (00:21:17) – muito frequente. Isso é muito frequente e WhatsApp ajuda com isso. Hoje em dia a tecnologia ajuda Ao analisar antes de fazer o quarto, não quero mais não. Não vou a partida da manhã, já não envolva. Estão total total tal. Existe uma ética que é colocada pelo menos dentro do meu manejo, explica. Venha conversar, se fala de certa, mas cada um de nós sabe até onde consegue resistir e cada um de nós sabe até onde o limite vai sendo construído. E assim tem um alinhamento de expectativas que precisa ser feito dentro, desde o início da clínica. Então eu falo só uma pessoa espera aberta. Eu sou a pessoa que quer que a psicanálise esteja à disposição de muitas pessoas, porque eu sei que ela é elitizada. De certa forma, eu quero que mais pessoas tenham acesso. Então eu abri o jogo. Desde o começo das primeiras da primeira entrevista já fala É um processo lento.
Sandro (00:22:12) – As expectativas que você está colocando de resolver isso rapidamente não vão ser cumpridas. Só que, se você se dedicar e ficar pensando no médio e longo prazo, muitas coisas vão acontecer de bom na sua vida a partir das suas percepções. Porque o que a gente vê nos sete analítico e depois na discussão trazida pelos analisam antes é caramba! Eu fiz uma coisa que eu nunca pensei que ia fazendo a minha vida. Olha, eu falei Não olha, eu disse isso De repente aquilo eu nunca pensei que ele nunca vai conseguir sair daquele trabalho, por exemplo. Então, essas ferramentas, elas vão amortizando dentro da psique do analisando e ele vai começar a perceber mudanças no dia a dia. Não é só isso. Muita dedicação, muita paciência. Imagina um sujeito é o indivíduo, foi construído durante Quinta- quarenta anos. Como é que a gente vai resolver isso de uma hora para outra, todo o psiquismo dele construindo por décadas?
Sandro (00:23:10) – Como é que a gente vai acabar fazendo todo o remanejamento em quatro, cinco, dez sessões? Então aqueles analisando os que chegam, independente do que eles estão sofrendo, pensando mais os que se dedicam, eles ficam, eles ficam, porque eles percebem que o dia a dia deles mudou. Eles mudam. Rotina mudou linhas de pensamento, ele muda até casamento, Muda se muito da vida, porque a gente começa a perceber o que a gente gosta e não que um outro gosta, porque eu tenho que gostar do que o outro gosta, porque eu gostava de tal coisa. Antes eu deixei de gostar. Agora até quando? Se gostar, ele influencia no que eu sou como pessoa. Então essa abertura toda importante,
Jorge (00:23:54) – isso, que o que pode significar, por exemplo, na gestão das expectativas, quando nós queremos ter não ter uma expectativa de que aconteceu alguma coisa, Mas no fundo, no fundo e em determinados momentos da nossa vida, estamos a depender não da nossa expectativa, mas daquilo que os outros esperam. Que nós façamos numa determinada altura. Como é que está esta relação entre o que eu quero e o que os outros a volta
Sandro (00:24:19) – quer? É um dilema clássico da psicanálise. Assim, o que eu quero que o outro quer, porque eu estou fazendo o que o outro que eu não faço, o que eu quero contra, balanceamento dentro da gente, busca o equilíbrio dentro da psicanálise, que busca o equilíbrio entre o que eu sou, o que as leis dizem, que eu devo ser aquela necessidade, Nossa inteligência, que disse divertido de ter relações, de prazer, da busca constante, do prazer, então a la cancha maioria sujeita mento, isso eu acho uma palavra fundamental dentro desse processo, que é desde criança. Nós somos algo que somos nós, conforme a gente vai crescendo. A gente vai colocando aquilo de lado para ser inseridos em grupos para ser aceitos pela sociedade, para que os nossos pais gostem mais de nós, para que eles tenham menos briga para que eles se sintam melhor. Esse a sujeito aumento de mim do que eu sou.
Sandro (00:25:13) – Isso vai permitir a toda a nossa rotina de aceitação do ambiente, da estrutura onde a gente vai querer ser colocado. Isso vai se expandir para as escolas. Isso vai se expandir para toda a nossa construção de profissional. Então a gente deixa tudo o que nós somos de lado. Tudo ou boa parte do que a gente é de lado, dependendo de como a sua construção de equilíbrio esteja para atender a agradar um outro para ser aceito por aquilo que eu ouço muito mais o outro do que necessariamente ou some mesmo, não sete analítico na psicanálise é inevitável se vai ter que se ouvir. E muitas vezes você não vai gostar dessa forma. É? Mas que quem é esse cara que está aqui falando, que quer coisas? Eu não quero mais ser aquele subjacente do profissional. Eu não quero mais ser serviçal daquilo. Eu não quero mais estar nesse relacionamento porque eu me coloquei nesse relacionamento, então a gente deixa de lado praticamente boa parte do que somos constituídos para servir,
Jorge (00:26:15) – Então quer dizer que dizer não aos outros dizer sim, nós próprios, implica coragem para dizer que não para essa reconstrução. Porque eu estou a imaginar aqui algumas ondas de choque, quando chegarmos a um emprego e dizemos não, eu agora são um novo eu. E quer uma coisa completamente diferente.
Sandro (00:26:36) – Quando você perguntou o efeito dos tipos de sofrimento e falei dos mais variados, existem essas dinâmicas também, daquela pessoa que fala assim. Eu quero aprender a falar não, porque eu falei sim a minha vida toda, eu não agüento mais. Não sei falar não, porque eu não implica essa relação como o outro. Vai olhar para mim, a relação de imagem que o outro vai ter não quer desagradar. Esse outro lance bonito, que é o seu vistoso, quer ser educado, eu quero que aquele outro meio admire, só que o coloca o tanto de mim lá. No fundo disso, eu acabo deslocando qualquer outra percepção do que eu realmente seja e assim, quanto a visão da psicanálise, é quanto mais eu coloco, a minha visão de mim, o meu desejo fora da jogada. Mas ele vai se apresentar em forma de sintoma, disso não está fazendo isso. Vamos que alguma forma de que isso se elabora desse jeito e assim falar não para os outros o tempo todo.
Sandro (00:27:39) – Organiza se também como deixar de falar, sim para si próprio. Então, tempo toda a gente vê isso como uma dor muito factível na sociedade atual. Nas empresas você falou do emprego, Isso é muito comum. Sei que aquilo vai dar errado. Eu sei que aquilo não é funcionar. Eu sei que aquela aquele grupo vai falhar. Mas o meu chefe disse que quer daquele jeito eu não falar, não, porque quero causa a figura que vai causar um desagrado. Era eu não fosse para comentar a notícia porque você é o cara que vai dar uma notícia aí quando volta. E tem aquele momento, todos nós temos um momento de reflexão, inconsciente, sejamos chover, seja no banheiro, seja no que for, assim que eu estou fazendo da minha vida, porque ainda estou nesse emprego, porque ainda estou lidando com isso, de uma maneira. Sabe essa desconstrução de se a gente faz um sete político?
Sandro (00:28:32) – Porque é que você que está ocupando esse lugar? Porque aquele representativa para você? Porque ele é realmente o último para que ele realmente serve? Porque você não olha para você, porque você está dizendo sim para você mesmo, essa desconstrução, disse. Na relação com a dizer Não é extremamente importante para esse reencontro que nós vamos ter um pouco mais no futuro,
Jorge (00:28:53) – então, e do outro lado do lado do desejo. Isto desejo, o que desejamos ou como é que desejamos. Podemos fazer um desenho do mapa, daquelas coisas que nós, os seres humanos desejamos.
Sandro (00:29:07) – Necessita para fazer um mapa, mas a forma mais prática. E a gente tem de organizar. O desejo é eu quero retornar ao lugar onde eu não tinha nenhuma preocupação, a gente pode até pensar nesse retorno retornam. Útero era legal. Eu estava lá no líquido que serviam extravagante, Borussia, um grande primeiro trauma que é o nascimento. De repente, eu tenho ciência de uma coisa que não tinha a menor que era. Tem algumas coisas, alguns vultos. Eu vou ter que lidar com aquilo de alguma maneira. Então esse grande desejo vamos dizer se esse desejo de forma simbólica, de forma objetiva. E esse retorno é um lugar que a gente nem sabe se existe um lugar onde as coisas acontecem. Húngaro a paz reina, é um lugar cada, uma organização, esse desejo de alguma forma, e dentro das nossas relações afetivas dentro, até nas nossas relações comerciais a gente busca alguma coisa nessa relação com o desejo.
Sandro (00:30:09) – Quero sentir prazer, eu quero me sentir bem essa relação que ela está buscando algo. A parte boa da não realização desse desejo é que ela coloca a gente, movimento a gente o tempo todo. Tem que estar desejando alguma coisa. Então eu não tenho uma relação. Eu quero ter uma relação, eu quero. Eu já tenho uma relação, quer melhorar essa relação? Eu tenho uma relação que não é bom. Eu quero sair dessa relação. Tudo isso acaba sendo uma estrutura de desejo. E, se a gente for por um lado mais contemporâneo, a gente que não consegue lidar muito bem com as relações afetivas a gente coloca isso num produto, a gente coloca esse um objeto. Então karama, se comprar aquele celular dishes, mil reais secretário vai resolver todos os problemas. O que acontece com a gente? A gente compra, chega, a gente abre, liga algumas horas depois a gente fala não era isso, precisa de outro dizer.
Sandro (00:31:02) – E daí a gente coloca na roda em movimento novamente. Então esse desejo, esse retorno inorgânico, vamos um lugar que não existem preocupações, por
Jorge (00:31:12) – exemplo, E essa ideia e, no fundo, a ideia da perseguição da felicidade. É possível sonhar, ser feliz ou é uma utopia tão grande que, na realidade nunca chegaremos ou vamos chegar apenas em momentos em centelhas de tempo? Em momentos em que podemos sentir nos felizes?
Sandro (00:31:34) – Felicidade é outra busca constante da felicidade é outro dilema extremamente contemporânea. Só sei lá algumas décadas atrás e estava tentando sobreviver. Então, essa busca dessa construção da felicidade é uma coisa mais moderna, mais contemporânea. Mas eu não posso dizer respeito dela do jeito que ela é vendida do jeito que ela é colocada, do jeito que ela é hoje se representa como palavra, mas não como símbolo. Ela inalcançável. Porque porque a nossa vida ela, ela é praticamente neutra durante a maior parte da nossa vida. É uma neutralidade, A gente vai trabalhar a gente a fazer isso. A gente nem percebe a nossa existência. Então existiram picos onde eu estaria um pouco mais feliz e esses momentos são muito importantes, assim como terão momentos para abaixo dessa linha da neutralidade, onde a gente vai estar bastante triste, frustrado e tudo mais. E a nossa vida, ela orbita entre essa linha de neutralidade e picos de felicidade, picos de tristeza, fica de felicidade, picos de tristeza.
Sandro (00:32:37) – A importância desse raciocínio é que a ironia disso tudo é que a felicidade só é percebida no vazio quando você não sente nada. Você só percebe que você está feliz quando você está feliz, porque se você viver esse momento de extensão da felicidade, você vai perceber que você está nele. Então, a gente baliza muito a organização psíquica para que esses momentos sejam melhores e mais constantes dentro do processo. Mas essa ilusão de que a gente vai ficar. Acho que é muito mais assim, uma dinâmica que acontece na clínica eu quero ser feliz. Será que alguém quer estar feliz? Será que é um dos maiores momentos de felicidade? E a gente pode elaborar isso na clínica? Isso é uma dinâmica que é construída desde criança também que muitos pais muito mais na atualidade também. Eles não ensinam os filhos a lidar com a frustração e a dinâmica das redes sociais.
Sandro (00:33:37) – E tudo mais fala você pode, você consegue Só depende de você só que não só depende da gente, depende de um monte de outros fatores, de um monte de outras pessoas. Então o que acontece está pegando adultos infantilizados que não consegue lidar com a frustração. Então esses picos, a alegria, eles não conseguem perceber porque são muito rápidos que a rede social, a vacina e ela entregou à equipe que não é afeto e tudo mais. E daí quando se frustra, ele trava ele praticamente não faz nada a respeito daquilo. Ele se proposta dentro daquela relação e não faz mais nada. Então ele está criando adultos que não conseguem lidar muito bem com esses picos de felicidade e as presenças da frustração que são extremamente importantes para a nossa construção específica. Porque quanto melhor a gente lidar com a frustração, mas a gente vai conseguir passar obstáculos e a gente vai dar mal reorganizada nos potenciais momentos de felicidade, Então essa construção do equilíbrio é muito importante dentro da psicanálise.
Sandro (00:34:36) – Olha, você vai ganhar mais as vezes, aprender também beleza Está tudo bem, portanto,
Jorge (00:34:41) – é preciso quase uma humildade existencial para perceber que não conseguiremos tudo, mas também não somos a desgraça absoluta e olhando para esta estas duas balizas conseguir ter um equilíbrio para existir com com mais grandeza, com com mais robustez, com mais textura.
Sandro (00:35:04) – Eu acho que essa maneira de pensar e a mais correta, mas pensa bem, a gente tem hoje o celular, larva, fazer ele barulhos para a gente dizer com que façam uso e tal. A gente, o celular é uma extensão de nós, a tecnologia, ela é boa. A gente tem que entender como ela se se organiza dentro do passado dos limites da estrutura de consumo. Vamos dizer assim. Então, quando a gente pensa nessa situação de extensão, nessa situação de continuidade, de adaptação, vamos dizer assim a modernidade. Ela é recheada desses percalços que nos tiram desse equilíbrio que, no final desse momento de reflexão, então nós nós simplesmente não conseguimos mais descansar, As pessoas não conseguem mais parar dentro da estrutura de trabalho, como é que você reflete de uma maneira consciente a ponto de você produzir mudanças em si próprias. Então, a gente está meio que no processo de combustão, o tempo todo Bernal de não é uma coisa que é uma brincadeira.
Sandro (00:36:10) – A gente não consegue preparar por cinco minutos e pensar, eu preciso me alimentar melhor, É preciso fazer um exercício. É preciso ler um livro mais importante. É preciso não trabalhar porque o celular, ele traz essa coisas, trazendo celular para casa e fazer um trabalho junto. Então, como é que a gente vai buscar esse equilíbrio? O trabalho nunca nos deixa.
Jorge (00:36:34) – Então, aquelas pessoas que vão ter consigo que levam um sintoma que no fundo estão a repetir sempre um determinado padrão, estão sempre a fazer a mesma coisa e ao fazer a mesma coisa a sentir a mesma dor e não sai daquele círculo vicioso. É possível que alguns de nós nos habituamos, ou até chegarmos confortável, ter essa dor, porque isso serve de desculpa perfeita para não fazer as coisas como se nos habituar. Estamos aqui a dor como se isso fosse mal, mas apesar de tudo, é a nossa dor e, portanto, nós, no fundo, quase nos voltamos ou apaixonados pela nossa própria dor, pela aprovação própria, maneira de fazer as coisas,
Sandro (00:37:25) – fraude, trazer algo muito importante dentro desse processo, que é recordar, repetir, elaborar dentro da psicanálise. A gente fala muito sobre isso que a gente repete, muitas das coisas e nem percebe. A gente elabora padrões e repete esses padrões mesmo de forma subjetiva. De repente estou fazendo muitas coisas que os meus pais faziam, Eu nem percebo que estou fazendo isso. Ou então estou buscando um tipo de namorado. Estou buscando sempre o mesmo tipo de namorado e passando por um sofrimento muito similar por cada um deles. Mas a gente nem percebe. Você olha a falar era diferente porque porque pela estrutura física é um pouco diferente por uma coisa de comportamento, mas se olhar a fundos, são pessoas que se parecem então, dentro do Sérgio Analítico, recordar para poder elaborar essa repetição é extremamente importante, a pessoa fala se gente do céu. Como é que eu estou nisso há tanto tempo.
Sandro (00:38:20) – E nós não estamos falando de meses. Nós estamos onde anos estavam de décadas de pessoas de repetição. Mesmo assim, eu sou um defensor muito grande da psicanálise, porque, estando no meu sete político, a gente percebe as coisas que a gente repete, fala. Caramba, como é que eu estou nisso há tanto tempo? Não tem a menor ideia do que está acontecendo. Então, essa elaboração dentro de sete analítico, extremamente importante para que a gente possa quebrar ciclos e dentro desse quebrar ciclos, envolve toda uma mudança dentro da própria reconstrução desse sujeito.
Jorge (00:38:56) – Vamos próximos do fim deste desta nossa conversa, Esta ideia do fim, a ideia da morte e a angústia suprema, incompreensível, insuperável. Que tudo baliza. Como é que se lida com a ideia do fim da
Sandro (00:39:14) – verdade, Tem forma de lidar com a morte de várias maneiras. A gente cria fantasias, a gente não fala sobre elas. A gente simplesmente recalcar a possibilidade da não existência. Como é que a gente faz isso com o movimento? E se com a construção de metas, com a construção de objetivos, muitas pessoas colocam essa representatividade na construção de uma família. Posteriormente, Inter filhos, esse filho é uma extensão de mim. Então eu vou continuar lidar com essa. Essa finitude é algo extremamente complexo, mas que nós, a nossa psique make leia através de continuidades gerais. Isso pode envolver religião. Isso pode envolver o estudo de algo. Isso pode envolver. Você está num relacionamento positivo. Tudo isso é ferramenta para que a gente possa continuar de alguma maneira dentro desse. É um grande não dito. Só que dentro desse grande não dito, a gente tem que lidar com ele de vez em quando percebeu quando na verdade a gente vê um acidente de carro.
Sandro (00:40:23) – Está todo mundo para passando mais devagar para ver o que aconteceu da e de repente tem um corpo mole, tudo mais somos nós Lidando com essa não existência, a gente fica atônito de dano para que ele, a nossa psique, reorganiza algumas coisas de continuidade desse processo. Então cada um de nós vai ter essa reflexão no luto. Por exemplo, o luto é o momento final de que a gente vai ter que lidar com isso de alguma maneira e o luto. Ele é tão atravessador na psique do sujeito que ele tem até suas fases, seus momentos de lidar com isso porque porque ali está a prova viva de que em algum momento nós teremos que lidar com aquilo, não é adquirido. Foi alguma coisa realmente acontecer. Pode ser você perder o emprego, essas situações de luto pelas ONGs nos como fica dentro de um contexto de realidade essa realidade.
Sandro (00:41:14) – Ela vai ser esfregada na nossa cara e, a partir do momento desse amadurecimento psíquico nós começamos a lidar um pouco melhor com isso. Mas a verdade é que a gente não querem dar, só que nos sete analítico isso vai aparecer. Eu tenho medo da morte, eu tenho medo do que não existe. Eu tenho medo da continuidade, eu tenho dúvida sobre a minha religião. E essa é mais um momento da importância da psicanálise dentro desse processo de fortalecimento do psiquismo do sujeito, porque ele vai ter que enfrentar a psicanálise sobre enfrentamento e enfrentar esses dilemas, essas vozes, elas dentro da nossa vida, é importante para que nossa saúde mental pode se tornar cada vez mais sólida. E,
Jorge (00:41:52) – entretanto, o remédio é continuar a viver, continuar a realizar, continuar a ser feliz, nem que seja os pedacinhos.
Sandro (00:42:02) – Esse é o grande remédio, mas a gente não consegue fazer sozinho. Então todos nós precisamos buscar suporte quando necessário buscar o profissional não buscar coisas das coisas que possam resolver. Tudo hoje em dia já está no mundo antes de remédios digital. No remédio do momento de pilas toda remedinho, resolveu que era um remédio para depressão, Remédio para ansiedade. Esteja dentro de um sete, junto com um profissional que possa trazer esse acolhimento que você tanto necessita, porque esse enfrentamento a gente não faz sozinho. E ele é muito duro. Ele é muito complexo. A gente tem toda a estrutura familiar para a nossa estrutura pessoal, nossa estrutura pessoal, as coisas que nós não estamos fazendo, os objetivos que não vão certo, as viagens que nós não conseguimos fazer. A pouco tempo, nós tivemos a convite, que foi um negócio que trouxe muita dor, dilacerando muitas das mentes.
Sandro (00:42:56) – Então busque sempre algum tipo de ajuda profissional. Os profissionais precisam, estão aí para dar suporte, enfrentar
Jorge (00:43:03) – medos, traumas e desejos reprimidos. Não é fácil. A tentação de acusar os outros pelas suas próprias dores ou falta de iniciativa é grande. É isso que dificulta o processo de cura pela arte, fala. Implica assumir que só há um responsável pela escrita da sua vida de cada um de nós? Sim, claro, as expectativas, sonhos e frustrações, mas principalmente, um impulso deverá dar aos outros ou ter ideias que, afinal de fogo com a realidade oculta pela palavra final. Um caminho guiado por um técnico Mosul, do Mapa, é o seu mapa e o caminho preparados para a margem que a viagem interior e para a viagem chamada Vida. Vamos a isso até a próxima na