Nesta edição detalhamos as fórmulas de comunicação que todos usamos para nos influenciarmos uns aos outros.
Influenciar é um ato natural entre seres humanos.
De forma consciente ou inconsciente todos tentamos convencer os outros da nossa verdade.
Pode ser nas coisas mais simples: “já viste a última série de tv?”
Ou um “vês como o meu clube de futebol joga bem e vai ganhar o campeonato?”
Uma forma de dizer: “junta-te a nós!”.
No desporto, na política, nos negócios, na cultura.
Normalmente os processos de influência até tem um bom objetivo final: ajudar-nos a viver melhor.
Se essa influência partir de alguém que pensa genuinamente em nós.
O pior é se quem nos quer influenciar tem uma chamada “agenda escondida”.
Quer-nos levar a fazer coisas que apenas servem, ou principalmente servem, os interesses do influenciador.
E aqui as coisas tornam-se desonestas.
Porque a maioria destas técnicas usa ratoeiras emocionais que exploram as nossas vulnerabilidades.
E por isso há que estar-lhes atento.
Neste programa converso com Pedro Vieira.
Ele é um treinador de pessoas, ou como dizem os ingleses, um ‘coach‘.
E ele explora este tema que cruza comunicação com a influência, com mestria.
Em particular os 6 princípios da influência, de Roberto Cialdini.
Por exemplo, o princípio da prova social, autoridade, afinidade, escassez, compromisso e consistência, e reciprocidade.
Estes princípios podem ser usados para manipular as decisões e ações das pessoas, e por isso é importante estar ciente destas táticas para se defender contra elas.
Por isso importa que haja honestidade na influência, anunciando claramente as suas intenções desde o início. Esta é a chave para uma influência positiva e produtiva.
Já agora não pense que isto da influência menos transparente tem só a ver com os outros.
Sim, todos podemos ser assim. E é por isso é importante ser autoconscientes na compreensão das nossas próprias intenções.
O encantamento faz seguramente parte caixa de ferramentas de um bom influenciador. Também alguém que honestamente nos convence a decidir .
A fronteira entre a influência positiva e honesta da manipuladora e dissimulada é estreita.
Vale estar atento e perceber desde o início porque nos estão a hipnotizar de forma simbólica.
Assim tomaremos decisões mais conscientes e menos sensíveis aos cantos de sereia.
TEMAS
Trabalho de um coach [00:02:27]
Os speakers explicam como um coach ajuda as pessoas a explorarem caminhos e possibilidades para alcançar seus objetivos.
Influência e manipulação [00:07:23]
A diferença entre influência e manipulação, e como ambas usam os mesmos mecanismos de comunicação.
Interesses na comunicação [00:08:36]
A importância de ter clareza sobre os interesses das pessoas envolvidas na comunicação e como isso pode afetar a influência exercida.
Princípios da influência [00:09:48]
Os seis princípios da influência, segundo o psicólogo Robert Cialdini, são discutidos, com destaque para a diferença entre influência e manipulação.
Afinidade ou simpatia [00:13:05]
O princípio da afinidade ou simpatia é explicado, com ênfase na sua exploração por manipuladores para gerar empatia e constrangimento.
Inconsciente e tomada de decisão [00:11:22]
A ativação subconsciente de ideias e mecanismos que levam a tomada de decisões que não correspondem à vontade consciente.
Princípio da Autoridade [00:15:27]
Como a autoridade é utilizada para exercer influência e manipulação nas relações interpessoais.
Coerência e Compromisso [00:19:02]
Explicação de como o princípio da coerência e compromisso é utilizado para manipular as pessoas a cumprirem com as suas promessas e sentirem-se constrangidas caso não o façam.
Sentido Crítico [00:18:49]
O alerta sobre a importância de se ter um senso crítico relativamente à autoridade e à credibilidade atribuída a uma pessoa, mesmo que ela se apresente como especialista ou autoridade em determinado assunto.
Princípio da consistência [00:20:51]
Explicação sobre como o manipulador utiliza perguntas para ativar o princípio da consistência e compromisso.
Princípio da escassez [00:22:52]
Discussão sobre como o princípio da escassez é utilizado para promover uma tomada de decisão mais rápida e como é importante ter cuidado para perceber se a escassez é real ou uma pressão adicional.
Princípio da prova social [00:25:06]
Explicação sobre como o princípio da prova social é utilizado para mostrar que a escolha é segura e como é mais seguro fazer o que a maioria das pessoas já está a fazer.
Princípio da Carneirada [00:26:48]
Discutem sobre como seguimos a multidão e como isso afeta as nossas escolhas.
Princípio da Reciprocidade [00:27:58]
Explicam a diferença entre reciprocidade saudável e manipulação, e como empresas usam isso para vender.
Defesa contra más influências [00:30:47]
A importância de ter clareza sobre as intenções das pessoas envolvidas na comunicação e como isso pode afetar a influência exercida.
Anunciar a intenção [00:32:25]
A importância de anunciar claramente as intenções para que a influência não se torne manipulação.
Honestidade [00:33:34]
A honestidade como um ato fundamental para a influência positiva e produtiva.
Raízes da manipulação [00:35:28]
A reflexão sobre as raízes da manipulação e como isso pode influenciar como as pessoas se comunicam e se relacionam.
Transcrição automática
Jorge (00:02:14) – Pedro Vieira, treinador de pessoas. Podemos usar esta forma? Instrutor de desenvolvimento pessoal um conto faz o que dá para treinar pessoas para ajudar as pessoas. Como é que isto
Pedro Vieira (00:02:27) – estamos dizer que um casal de ajuda pessoas explorarem os caminhos, as possibilidades alternativas que permitam passar do sítio onde as pessoas estão para o sítio onde gostaria de estar, que é uma definição. Assim, bem bem bem, lata da promoter tanta coisa lá dentro, mas na prática é isso que um com o outro faz.
Jorge (00:02:50) – Mas essas coisas já estão nas pessoas que estão dentro das pessoas, as pessoas depois só tem que descobrir que as encontraram ou precisam de alguém. Ele que faça como como no ginásio, dizer não, não está morta, Que fazer mais vinte flexões que é preço músculo ficar aí mesmo no sítio certo,
Pedro Vieira (00:03:05) – no modelo, no modelo mais distrito não das soluções não das estratégias, não dá dicas e ele procura, através de certas perguntas e certos exercícios, ajudar as pessoas a ganharem mais clareza sobre a informação que o facto tem e sobre como utilizar os recursos que já são seus. Claro que depois, neste processo de exploração, às vezes surge a necessidade de desenvolver certas competências e às vezes o carro depois assume um papel ligeiramente diferente, que é o papel do promotor de desenvolvimento pessoal, onde e para o aumento já vai dar determinadas tarefas aos seus clientes e a gente também pode assumir um papel de formador de alguém que passa informação e que entrega certo. Insistimos
Jorge (00:03:53) – que nós somos muitos indisciplinados, normalmente os seus alunos são muito indisciplinados ou ou temos uma grande com pessoas e personalidades diferentes.
Pedro Vieira (00:04:05) – Nós somos todos estão diferentes e todos estão parecidos. Portanto, a generalização é que quando nós encontramos motivações fortes e que estão alinhadas com os nossos valores com aquilo que é importante para nós, nós utilizamos os recursos que temos à nossa disposição, incluindo, conta além necessário a consistência à disciplina, quando quando estamos desalinhados ou as coisas não são realmente claras ou importantes para nós e preferimos desalinhado e utilizar a indisciplina, são um bom caso
Jorge (00:04:40) – em casa de ferreiro. Espeto palco às vezes acontece nesta conversa, quando quando eu quando nós fomos a primeira vez, a minha ideia era eu ouvi falar, de alguma forma magnética, de um tema que me interessa muito. A questão da influência da maneira como nós nos influenciamos uns aos outros e pensei duas coisas a primeira coisa que eu pensei estou me influenciar eu não quero ser influenciado com raiva isto e o meu segundo pensamento foi, mas influenciar aquilo que nós fazemos toda hora todos os dias uns com os outros podemos definir o que é que influenciaram
Pedro Vieira (00:05:19) – influência. Acontece quando através da minha comunicação e do meu comportamento e o judo, outro mudar alguma coisa em se mudar, uma ideia, um conceito, um valor, uma opinião. Quando isso acontece, nós dizemos até na linguagem comum que a pessoa influenciou a pessoa normalmente sem produto, num momento de relação do momento de comunicação. Influência ela, as vezes acontece de forma muito deliberada não. Eu, por exemplo, poderia ter vindo para esta entrevista com a intenção deliberada de quero influenciar o . As pessoas que nos ouvirem aceitar, entrem nas ideias Na maior parte das vezes, influencia. Ela não é deliberada. Não chegamos a formular conscientemente esta intenção. Mas na prática, quando nós analisamos as nossas conversas, as nossas interações, por muito inocentes que elas parem ação, às vezes parecem são conversas de circunstância, não é encontrado na Rue de está agora está de chuva. Parece que agora amanhã é melhor ter cuidado, vai chover.
Pedro Vieira (00:06:27) – Isto no fundo é um, é um ato de influência. Eu, com minha, como com a minha comunicação, acaba se calhar por provocar uma mudança a qualquer outro. Se calhar foi, ocorreu para casa apanhar a roupa que tinha deixado a ficar ao ar livre, a influência ela inerente às nossas relações inerentes a comunicação entre duas ou mais pessoas. E aquilo que não tenha interessado muito ao longo dos anos está em conta e instrutores. É um momento pessoal ajudar outras pessoas e ajudar a mim também, trazer para o consciente esses processos de influência para garantir que eles são benéficos para o influenciado, porque nós muitas vezes influenciamos de uma forma que não é benéfica, não é satisfatória, não é útil para o outro, sem saber e às vezes fazemos isso até com as pessoas de quem mais estamos. Fazemos isso que os nossos filhos, que os nossos amigos, com os nossos colegas,
Jorge (00:07:23) – A fronteira entre a influência e a manipulação é uma fronteira tênue e que convém estar atento para ver onde é que toda carga onde está a apontar
Pedro Vieira (00:07:35) – aí uma fronteira terno sobretudo porque tanta influência como a manipulação, elas usam os mesmos mecanismos, ou seja, usam os mecanismos da comunicação. Se quiser influenciar alguém, vou usar a minha comunicação se eventualmente quisesse manipular alguém e utilizar exatamente os mesmos mecanismos, ou seja, aquilo que eu vi aquilo que eu faço a forma como liga a grande diferença entre as duas coisas, é que quando estou influenciar alguém, eu tenho em conta, sobretudo os interesses da outra pessoa. Ou, pelo menos a minha percepção de quais são os interesses, outra pessoa. Eu, por exemplo, estou influenciar alguém a ter hábitos mais saudáveis de alimentação ou exercício físico, porque tem uma criança de que, se a pessoa adotar estes hábitos Estevão para ela, quando estão a manipular, estou sobretudo a ter em conta os meus próprios interesses. Na minha própria agenda, na manipulação, as minhas necessidades são mais importantes do que as do outro.
Pedro Vieira (00:08:36) – Isso é uma uma pequena, enorme, diferença,
Jorge (00:08:39) – claro, porque tem muito a ver com eu. Estou ajudar uma coisa, olha, vai ver este filme, porque ele é bom para para ver este filme. Olha, eu tenho agora o novo que até entre santo vai fazer isto vai fazer aquilo versos como não há aqui qualquer coisa onde eu estou a vender disto, estou vendendo daquilo e o interesse até pode ser conjugado, mas na realidade primariamente interessa Manin Conservar a que o façais uma coisa caminho bandagem Fechar uma venda, por exemplo,
Pedro Vieira (00:09:05) – por exemplo, que uma das diferenças é que não aumente. Quando existe um lado, manipula ativo, há uma agenda escondida que eu não conta a história toda não torne claro por outro não é, por exemplo, postar a fazer uma venda e tornar claro para outro Olha, eu tenho um interesse particular em tudo como este produto, porque eu tenho uma comissão, por exemplo. Isso é mais honesta, não recebeu o reconhecimento da parte do meu chefe. Isto é legítimo ou procurar influenciar alguém, retirando também nenhum ganho pessoal. Só quando nós estamos a manipular nós não aumentam, contamos esse ganho, muitas vezes forçamos deliberadamente mentimos sobre ele não tem nada a ver com isto
Jorge (00:09:48) – aqui. Um psicólogo que decidiu estudar estes princípios da influência da maneira como nós em funções chegamos quando os princípios, quando são os princípios da influência,
Pedro Vieira (00:09:59) – há muitas formas de olhar para isto. Uma O Robert Cialdini, um psicólogo muito famoso da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos. Fez já há muitos anos fez um estudo que, do qual, entre outras coisas, saiu um livro chamado Influência, que é um livro muitas vezes consultado e referenciado e a uma altura formou seis princípios. É interessante lembrar que quando Charline começou este estudo, ele tinha sobretudo uma intenção defensiva, ou seja, eu estava interessado em defender se da manipulação. Ele queria perceber quando alguém quer manipular, que tipo de recurso que recorre, que permitem muitas vezes suplantar os meus interesses e às vezes até a minha vontade consciente, pois ele já tinha lidado algumas vezes com aquela sensação desagradável de Eu disse que sim esta pessoa, mas no fundo, no fundo crise não houve, compra isto, mas eu sentiu uma certa pressão ou nenhum mecanismo qualquer em ação que não vou passar por cima da da minha vontade.
Pedro Vieira (00:11:09) – Que mecanismos são eles? Como é que como é que isto se consegue? Como é que conseguimos explorar estes mecanismos ao ponto de levar alguém a fazer uma coisa que a pessoa, na realidade, não quero fazer
Jorge (00:11:22) – quase uma ativação subconsciente de uma determinada a ideia que nos levou quase um caminho, um cano e tomarmos uma decisão entre o contrariado ou não completamente convencido.
Pedro Vieira (00:11:35) – Isso não é uma experiência nossa do dia a dia. Não é a momentos onde nós percebemos que por alguma coisa, que nos que ultrapassa a nossa vontade pura, neste momento, nós acabamos por tomar uma decisão que não era bem o que nós queríamos. Muitas vezes fazemos, comportamos uma treinada forma ao mesmo tempo, internamente, estamos a viver uma realidade. Enfrentamos a polícia, tinha feito diferente. O que é isto que impede de fazer aquilo que eu realmente quero que me pega? Às vezes dizer não quando eu quero dizer sim o contrário, este foi o ponto de partida do do Robert Cialdini. Ele originalmente eles comiam seis princípios que até hoje os seus princípios e fui embora, depois ele é o mais tarde, prolongou este estudo ia e tentou encontrar formular ainda mais princípios, mas ao estes seis originais são muito interessantes porque nos ajudam a entender parte do nosso comportamento, sobretudo quando Heleno explicava para nós porque existe Sim, eu queria dizer não, porque eu disse que sim, eu sei que vou ter um fim de semana em família porque eu acabei de dizer que sim uma chefe.
Pedro Vieira (00:12:48) – Quando ele me deu uma coisa vai fazer no fim de semana, o que não impediu que o impediu de dizer não e às vezes não sabemos. No momento de certas consequências, tinha de ser despedido, por exemplo. Mas outras vezes não é bem isto. Sabemos que é uma coisa mais inconsciente que esteve em ação.
Jorge (00:13:05) – É uma armadilha. Olha, então, se tiver de acordo vamos percorrer aqui. Esta via sacra dos seus pecados originais, da influência sobre o primeiro deles, é a afinidade ou a simpatia, e que se resume genericamente se o tenho afinidade. Porte Se eu tenho estima porte, logo o teu ascendente atua. Há possibilidade de uma influenciar? Cresce obviamente
Pedro Vieira (00:13:27) – certo? Isto por um lado, um princípio extremamente saudável. Nós naturalmente deixarmos influenciar mais rapidamente por pessoas que nós gostamos familiares, pessoas porque sentimos amor das pessoas porque sentimos estima só que é um princípio que havia elementos explorado pelos manipuladores que inicialmente, no início da relação, fazem muitas vezes uma coisa que os americanos gostam de chamar de lado bombing que, inicialmente atuais, o maior espetáculo aí que vem a fase. Isto procuram encontrar muitos pontos em comum. Ele também gosta ciclo. Eu também também gosto. Essa cidade também gosta essa comida, que vou tentar de todas as formas que outra pessoa gosta de mim, que começa a gerar empatia e simpatia em relação a mim, mas com o objetivo. Depois, quando fizeram um pedido, ela sentir constrangida quando não quer dizer que não é tão ficha tão simpática, é tão parecido comigo, Tem tanto apreço por mim. Eu não posso dizer que não é.
Jorge (00:14:33) – Portanto, no fundo, estabelecem. Por um lado, pontes geram essa empatia. Essa essa noção de reconhecimento com as olha e ela é tão parecido comigo e, portanto, o movimento. Somos do mesmo clube, até do mesmo clube mental desta maneira. Mas na realidade, a armadilha é eu quero conquistar esse pedaço de procuração, para que depois penso mais com o coração e menos com a clareza racional das coisas.
Pedro Vieira (00:15:01) – É ativar aqui quase um, inicialmente, um relato de solução. Vou reduzir, mostrando uma pessoa afável, interessante, desinteressada, que eu não quero nada de baixar as guardas do outro para depois de fazer um pedido ou propor que ele faça alguma coisa para mim.
Jorge (00:15:27) – Vamos ao segundo aos segundos, os princípios da influência, do princípio da autoridade autoridade conta.
Pedro Vieira (00:15:35) – Nós sabemos que se formos no meio da rua e um indivíduo de repente nos puseram a frente, ser para não pode por aqui. Nós vamos respeitar ou não aquela indicação, mas se ele estiver com uma farda da polícia, já será ligeiramente diferente, porque nós convencionamos que fomos ensinados assim, desde pequenos que determinadas pessoas em posições de autoridade tem opiniões ou instruções que devem ser seguidas. E, portanto, nós naturalmente, quando o manipulador tenta vestir essa farda de autoridade pode ser uma autoridade formal, como por exemplo fazer se passar por um agente de segurança, mas pode ser uma autoridade intelectual. É por isso que ele começa a conversa, dizendo Eu tenho um pós doutora mente nesta área que estou a tentar mostrar que eu sou uma autoridade. Logo, tu deverias fazer aquilo que eu te proponho, porque eu sou uma autoridade nesta matéria.
Jorge (00:16:38) – Por exemplo, um alguém dizer não eu sou um super especialista nesta área de interesse e portanto, o que eu te digo quase o sul, uma espécie de catalisador para estes livros, porque o e muitos livros e o som especialista em literatura de uma coisa qualquer só esse simples facto faz com que se nós atribuímos credibilidade e essa autoridade comunicação fica mais espessa, mais grossa, mais enfim, mais credível
Pedro Vieira (00:17:06) – sim, aliás, normalmente nos Miriam, na rádio e na televisão. Inicialmente, para comentar o assunto qualquer, apresenta se alguém como sendo um especialista os seus, a uma situação de catástrofe. Aparece alguém que é especialista em catástrofe. Nós vamos ouvir esta pessoa de uma forma diferente daquela que ouviríamos se esta pessoa fosse apresentado como esta é uma começou agora a pensar sobre o assunto e vai partilhar conosco as suas opiniões, sendo que a José mesmo isso que ela está a fazer e
Jorge (00:17:37) – ao risco de como vimos agora o fim da pandemia, mas vemos outra outra coisa qualquer. Às vezes, os verdadeiros especialistas, as verdadeiras autoridades para casa aquela hora atendem, poderão arrastar e apareceu um outro um crime especialista pedindo menos um impedimento ou um grande comunicador, que afinal? Um vendedor de banho da cobra
Pedro Vieira (00:17:55) – Sim muito como isso acontecer. Até porque nós sabemos que muitas vezes os verdadeiros especialistas nas várias áreas têm tanto conhecimento que são muito comedidos nas suas afirmações, são muito cautelosos, enquanto que aqueles que sabem pouco novamente consegue fazer assim, as afirmações mais contundentes que chamam mais atenção e mas é muito interessante nossa agência percebermos como mesmo nos nossos meios sociais e profissionais, como algumas pessoas tentam ganhar a autoridade sobre não nós puxando do seu currículo, dizendo que já trabalha há vinte anos nesta área. Eu, por exemplo, quando apresenta como causa normalmente digo eu sou Carlos desde dois mil e oito em quinze anos de experiência. Esta é uma forma de mostrar alguma autoridade por comparação com alguém que começou há um ou dois meses. Só que é muito importante quem ouve esta esta formulação, o apelo este princípio da autoridade ter também um sentido crítico.
Pedro Vieira (00:18:49) – O facto alguém cerca de quinze anos não quer dizer que seja um bom caldo ou não? Quer dizer que saiba muito sobre um ponto o partido que nós muitas vezes utilizamos quando queremos mostrar ao outro que eu tenho autoridade, vamos
Jorge (00:19:02) – ao próximo que a coerência e compromisso, o que falta. No fundo podemos definir isto Genericamente, com certo faz o que promete. Eu tendo a acreditar mais em
Pedro Vieira (00:19:15) – este princípio do compromisso, ele ele é utilizado assim, de forma tão manipulou o manipulador, sabe que nós temos uma certa relutância contradizer a nossa palavra amanheceu ontem disse que podia contar comigo hoje, quando o pedido foi reforçado seu ser ou não, mas eu não posso, não é do outro lado a pessoa dizer. Mas ontem de seis dias. Então nós sentimos que há uma falta de consistência e nós não gostamos de socialmente ser vistos como pessoas sem consistência, porque a nossa palavra passa a valer pouco. Então nós estamos dispostos. Às vezes, o mariposa sabe isso, sabe se por acaso até movida opinião, e ontem disse que queria comprar o carro e agora pensei melhor e não quero, só que quando não geramos ontem dissesse que sim e no dia anterior também, até escrever um e mail para não violar esta esta consistência. Muitas vezes sinto me tão constrangido que qualquer prefiro manter.
Pedro Vieira (00:20:19) – Isto é um princípio que o manipulador utiliza muito interessante, mas às vezes percebemos isso na nossa vida como pessoas à nossa volta. Às vezes nos tentam obrigar a fazer coisas que nós não queremos dizendo uma estou prometer uma estudo, disseste mesmo que haja. São coisas muito antigas e
Jorge (00:20:35) – isso quer dizer ficamos reféns no fundo da nossa vontade, como ela se estivesse escrita na pedra e que depois não pudéssemos como podemos no fundo e mudando a nossa perspetiva e as nossas decisões porque elas são nós importam.
Pedro Vieira (00:20:51) – O manipulador muitas vezes faz perguntas de preparação antes da grande pergunta para ativar o princípio do compromisso e consistência, por exemplo, eu vou comprar um carro e o o vendedor pergunta Mal Pedro, tipo de orçamento que tem para fazer esta compra pessoa em comprar um carro. Até quando tinha a ideia de que, por exemplo, aí eu imaginei até vinte mil euros a partir deste momento, mais tarde, quando ele mostra um carro e dizer de carro, custa dezanove mil e quinhentos euros. Ele sabe que para eu dizer muito dinheiro, eu teria que violar o meu princípio da consistência. E às vezes nós somos apanhados aqui no jogo, que às vezes fazem as perguntas é que nós respondemos de uma forma que não é verdadeira. E depois, mais tarde somos apanhados pela nossa falta de verdade. Por exemplo, o Charlie, no livro Eu Tenho Isso é muito engraçado.
Pedro Vieira (00:21:43) – Era uma empresa nos Estados Unidos que fazia vendo um cartão de descontos e então punha jovens raparigas universitárias como vendedoras a bater à porta de homens homens jovens e que eram solteiros. Elas batiam a porta, diziam inicialmente não use logo, tentou vender este cartão. Descontos elas diziam estamos fazer um pequeno inquérito na redondeza e no momento de uma rapariga jovem, bonita. Havia ali uma certa predisposição para Okay. Posso falar alguns minutos? As primeiras perguntas eram indígenas. Costuma sair à noite, costuma ir a bons restaurantes que estão em um ginásio. E as respostas eram todos esses alimentos, às vezes à noite e muitas vezes ao ginásio, adora divertiram. Havia um momento em que a pessoa dizia de acordo com as suas respostas ao comprar este cartão, que custa cem dólares por mês, vai ter duzentos dólares em descontos. Quer dizer, não é a única maneira que eu tenho a dizer não quero o cartão é dizer as minhas respostas não eram verdadeiras.
Pedro Vieira (00:22:44) – Na realidade vivida, desde muita gente acabava comprar. São para não mostrar que antes tinha mentido para não perder a tal consistência
Jorge (00:22:52) – extraordinário. Bom, o quarto princípio da influência, aquilo que eu chamo um princípio, quase estamos carecas de saber que o princípio da escassez que é comprar compra, olha que são as últimas duas unidades são os dois últimos lugares na sua viagem, isto é, não se decidir agora. Então vai perder esta oportunidade de ter de conseguir de de, de chegar lá?
Pedro Vieira (00:23:15) – Sim. O princípio da escassez ativa e nós programação biológica é muito antiga que não há suficiente. Eu tenho que tem que aproveitar um alimento enquanto está disponível porque amanhã ele Paulo não existir e humor fome. E esse princípio é utilizado de formas casas, para não são muito óbvias. Alguém está a lançar um livro no Instagram e diz que a pessoa tem que se inscrever porque os lugares são limitados, nem a forma de limitar uma coisa dessas outra outras vezes escassez é mesmo real. É, às vezes a pessoa dizer eu só tenho espaço a minha agenda para mais um cliente. E às vezes ela só tem mesmo um espaço conclui o que muitas vezes o manipulador faz, ele cria uma falsa escassez para promover uma tomada de decisão mais rápida para para ativar a ideia de eu não posso perder esta oportunidade. Se não agir agora, eu vou perder alguma coisa.
Pedro Vieira (00:24:13) – Isto vai doer
Jorge (00:24:14) – no sendo certo que em situações reais, lá está no número de pessoas que podem caber num avião ou num hotel ou num espetáculo e sul pode acontecer também de alguma maneira. Estou pensar nos grandes concertos de música, com as poucas filas à porta dos sítios onde se vendem esses bilhetes, sabendo que há um concerto, Mas afinal, amanhã discutimos que são dois e depois que são três está lá. Estava criado esse princípio da escassez que obrigou o movimento das pessoas para irem comprar uma coisa que se calhar as pessoas deram uma semana, comprou
Pedro Vieira (00:24:47) – isso, é isso mesmo. O que nós temos que ter cuidado aqui quando nós estamos a querer proteger da manipulação, quando ativou a escassez, para nós, fazemos perguntas em termos um sentido crítico para perceber se estas câncer é real ou se ela está a ser utilizada como uma pressão adicional.
Jorge (00:25:06) – Vamos para o quinto princípio da influência. O que o princípio da prova social, do senso comum Eu gosto de chamar o princípio da carneirada?
Pedro Vieira (00:25:17) – Isso é bom para quilos e falamos que os outros estão a fazer. Então é porque deve ser bom, ou pelo menos é mais seguro para mim fazer o que toda a gente a
Jorge (00:25:29) – fazer, aquela coisa de se toda a gente está aí por ali. A saída do metrô Estão todos aí para a esquerda e eu não vou para a direita. Se estão a fazer assim é porque tem alguma boa razão para fazer.
Pedro Vieira (00:25:39) – Sim, sim. É mais seguro fazer o que ela já está a fazer. É por isso que nós, muitas vezes, quando queremos vender um produto ou serviço, dizemos que SHIS pessoas já compraram este produto. O que é o número um no mercado nesta nesta área, que é uma forma de mostrar que a tua escolha é segura, porque a escolha que a maior parte das pessoas está fazendo já fez outras vezes. Usamos alguém como prova social, dizemos a pessoa diz que é uma pessoa de referência socialmente. Um atleta é um ator, é uma pessoa famosa, está a fazer isto. Esta conduz este carro ou consome por tudo. É uma forma de ver se tudo, mas o fizer é seguro portuguesa, que já é uma prova social que foi dada por esta pessoa.
Jorge (00:26:25) – Está? Pode ser o shampoo do Ronaldo, pode ser de uma estrela da instalado. Esta grande, qualquer que diz venha aqui, basta ver agora Nós estamos na primavera, quase verão, estamos a ver os instagrammers, todos cheios afastadas socialites das estrelas do Instagran, mas dizer estamos das Maldivas, isto é tão bonita. Estão se tornando a redação promover uma venda. Que esta quantidade
Pedro Vieira (00:26:48) – lembro e o mundo anúncio assim, de ser muito miúdo e ver um anúncio na televisão de um sabonete em que se dizia qualquer coisa do gênero. Não sei se espera um número nas áreas de gênero, duas em cada três atrizes de Hollywood poucos sabem o que para aumentar a verdade, claro, mas ativa em nós. Esta prova nós sentimos muito. Isso é um dos. Dizemos que eu me lembro que o Charline utilizava se nós estivermos numa cidade que não conhecemos e decidirmos e jantar e tivermos dois restaurantes, um lado e um taxa e até tem duas outras pessoas a fazer fila e o outro está vazio. Nós, em princípio vamos para aquele que está cheio de um é mais seguro e pontuar cheio porque ele deve ser melhor, deve haver algum problema com o outro e nós queremos fazer muitas coisas na nossa vida. Decidimos utilizar certas roupas, decidimos falar de certa forma, porque no fundo estamos a utilizar o tal princípio da carneirada.
Pedro Vieira (00:27:56) – Não é que toda a gente a fazer. Eu também vou fazer mais.
Jorge (00:27:58) – Vamos para o sexto e último princípio, que é o princípio da reciprocidade, uma espécie de armadilha. Eu faço isto porque logo fase existe por mim também
Pedro Vieira (00:28:10) – sim, essa armadilha que a reciprocidade em relações saudáveis é um aliás, é um atributo de relações saudáveis. Eu faço coisas pelas pessoas de quem gosto e provavelmente quando necessitar, elas também vão fazer coisas por mim aqui. A questão é que quando, quando a reciprocidade é utilizada como um princípio de influência barra manipulação, eu faço pelo outro já com o intuito, Depois de cobrar isso, estou a fazer uma pequena coisa porte que é para depois a seguir, para fazer uma grande coisa por mim. E é isso que nós percebemos que, às vezes, mesmo, na forma como no mercado, muitas empresas, agora do consumidor, inicialmente outra dar alguma coisa, eu vou te dar uma pequena coisa eu comunicar como se fosse realmente Paraty, como se vai ser receber atenção, mas aquilo que eu quero mais tarde pedir tal
Jorge (00:29:06) – uma lógica de toma lá um brinde para depois de vir aqui sempre lembrarmos daquela venha aqui, esta viagem ou esta excursão E depois afinal aquilo acaba por ser uma venda, dicussões ou de taxas e panelas,
Pedro Vieira (00:29:21) – por exemplo, e nós conhecemos mesmo das nossas relações familiares. Nós todos já passamos pela aquela experiência, por exemplo, o filho de uma forma um pouco diferente do que é habitual se aproxima do pai, visa propagar, disse Conto espetacular é mesmo, mas um pai mesmo, incrível e obrigado por tudo o que faz por mim. E nós temos de slacker que inicia ativar comigo o princípio da reciprocidade, esta mesma dar alguma coisa que é boa de receber, mas estão porque receber algo
Jorge (00:29:53) – em troca em sendo certo que na nossa relação está com os nossos filhos e eles sabem intuem que a partida já tem o nosso coração conquistado e portanto tem que encontrar se calhar um bom caminho para que nós façamos uma concessão no fundo é isto
Pedro Vieira (00:30:08) – sim, este princípio acho que é muito importante. Não estamos atentos a ele porque às vezes, há pessoas que teve uma forma, um bocadinho invasiva. Forçam fazer coisas por nós, forçam, mostrar que olha pensa int. E trouxe, isto é sentida como presente, Às vezes até a coisas que nós sentimos são invasivas que esta pessoa não conheço recentemente mãe. De repente mudar um presente que até algum dinheiro e muitas vezes começamos a ter uma intuição de que esta pessoa está muito europeia na porta, está a procurar criar aqui uma relação que é ligeiramente desequilibrado a favor dela, para depois pedir alguma coisa e é necessário ter alguma cautela.
Jorge (00:30:47) – Como é que nós defendemos destes destas más influências? Como é que como é que nós fazemos isto?
Pedro Vieira (00:30:55) – A melhor defesa é ganhar consciência destes mecanismos e sermos Temos melhores refletir sobre quais são as minhas intenções e quais poderão ser as intenções do outro para comigo e muitas vezes também poder questionar o outro sobre quais são as intenções do outro para comigo. As vezes recebe, por exemplo, um telefonema de uma pessoa que não conhece. Começa outro trabalho e isto aumenta e pediu que olhasse são tudo coisas muito boas de ouvir Qual a intenção do telefonema. O que pretende de mim e a gente está a ganhar esta clareza e depois permite a mim agir e tomar decisões de uma forma mais informada do que se justificar ali. Assim, essas coisas não vierem para a superfície
Jorge (00:31:46) – e a contrária, quando nós queremos deliberadamente de uma forma honesta influenciar alguém para fazer uma coisa que pode ser uma dieta para olhar estava fica gordo, Solha, relatou Saúde, uma outra coisa qualquer. Podemos usar estes princípios, exatamente uma forma consciente para o fazer, ou aqui uma fronteira, o qualquer no fundo, Qual é o cordão sanitário que temos que aplicar a nós próprios para que esse nosso desejo legítimo de influência não seja pressionado ou não tenha como realização um ato de manipulação ou de enviá exatamente em termos do resultado final daquilo que nós pretendemos ajudar o outro? No fundo, eu
Pedro Vieira (00:32:25) – acho. Eu acho que o nosso grande ato de honestidade que vai fazer com que a nossa influência possa ser positiva e produtiva em um lugar de ser um ato de manipulação é o anúncio da intenção. Minha intenção é esta aquilo que eu gostaria que acontecesse. É isto que estou mobilizar aqui as minhas forças e a minha influência neste sentido. E tornam isto claro desde o início. Claro que um manipulador também pode fazer isto, só que vai anunciar intenções falsas. É por isso que às vezes, não é realmente fácil discernir se alguém está a procurar influenciar como manipular o ideal é poder fazer perguntas para nós. Ganhamos uma consciência clara de O outro está a ser honesto e congruente quando me diz que é isso que quer. Da nossa parte. A esta prática, nós podermos anunciar quais são as nossas intenções. Hora. Claro que isto bate um bocadinho com alguns princípios que algumas suas utilizam quando comunicam com os outros de que o segredo é a alma do negócio e que não se pode dizer tudo o que é melhor aguardar cartas na manga.
Pedro Vieira (00:33:34) – Eu sou um firme defensor do contrário, pelo menos é o que eu procuro fazer nas minhas várias atividades profissionais como calouros, como professor, como instrutor e nas minhas relações pessoais anunciar a minha intenção é dizer olha, a minha atenção, está a minha atenção para contigo esta ou aquilo que eu gostaria, gostaria de te influenciar neste sentido. E aí eu acho que esse é o grande ato de honestidade que nem sempre é fácil, porque às vezes as nossas intenções não são claras nem para nós, diz. Também requer, muitas vezes, aqui, um exercício de autoconhecimento, deveria
Jorge (00:34:11) – ser um belo fecho de conversa. Terminávamos na honestidade e nessa forma clara como podemos falar com os outros, Mas para feitos de conversa. Pergunta porque são tão fascinantes os aldeões que eles têm?
Pedro Vieira (00:34:30) – Não sei se ele foi a um lado fascinante nos Eu acho que o que é fascinante nós percebermos que esta pessoa está utilizar estes princípios. Todos que nós estamos aqui enumerar algumas pessoas, fazem uma forma não muito confiando, muito liberada, e o conhecia ao longo da minha carreira alguns alguns alterações profissionais, no sentido em que eles sabem exatamente o que estão a fazer e treinam para serem cada vez melhor a fazer isto, mas também conheci muitas pessoas que são ao Dragões ocidentais. Dizem que eles simplesmente aprenderam a ser assim muitas vezes como uma estratégia de defesa. Por exemplo, eles, quando eram pequenos, cresceram em famílias ou não havia espaço para nos tirar onde houve a honestidade. Se calhar no momento foi foi castigada e então, a criança aprende que uma das formas que eu tenho de me defender é aguardar a certas coisas, para mim ocultar certas intenções.
Pedro Vieira (00:35:28) – Depois pode ser muito difícil de largar mais tarde na vida adulta, mesmo com tantas pessoas que nós mais gostamos tanto nesse sentido, eu acho que pode ser fascinante. que estamos aqui maior brincar a chamado do aula vão sendo que assina uma forma mais séria e pensando nisso mais como um fenômeno psicológico. Acho que é interessante descobrir quais são as raízes, qual a razão pela qual as pessoas recorrem a esse tipo de estratégias e depois podem influenciá la eventualmente no sentido dela entrar mais em contacto com aquilo que realmente quer e aprender a ser mais honesta? Pedro Muito obrigado! Obrigado.