Vamos ficar mais ricos ou mais pobres?
Suspeito que a resposta não seja fácil de dar.
Talvez seja mesmo impossível.
Por mais que os economistas saibam, por melhores computadores e dados que tenhamos, a economia depende de algo incontrolável: a expectativa.
E a comunicação, em particular a perceção, joga um papel-chave.
Aprendi nesta conversa que em economia o futuro interfere com o passado. Parece estranho. Mas de facto se cada um de nós souber ou entender que vai faltar pão — mesmo que isso seja falso — logo vamos reagir e comprar pão. E talvez comprar mais pão do que precisamos. Com esse simples movimento coletivo de açambarcamento o pão pode mesmo faltar. Não porque haja escassez, mas, porque o nosso medo esgotou o que havia nas prateleiras.
Por estes tempos aparecem na minha cabeça, expressões que me lembro de quando era criança.
Por exemplo, a carestia de vida. O efeito da inflação. O preço da gasolina. E de tudo o resto. Sempre a subir.
Dos salários que pareciam que subiam muito em percentagem, mas menos que o aumento dos preços.
Estaremos de novo aí?
Está conversa é sobre economia. Como o Professor de Macroeconomia da Universidade Nova Pedro Brinca.
Para mim a economia é uma espécie de ciência oculta. Mas uma ciência oculta que me fascina.
Mas a pergunta é óbvia: vamos ficar mais ricos ou mais pobres?
Quando economia fica mais turbulenta há que poupar e investir melhor.
Embora este conselho possa provar desde já a minha incompetência a falar sobre economia.
É que os maiores danos da subida dos preços é para as pessoas mais pobres.
Quem tem menos recursos pode deixar de conseguir até comprar os bens mais básicos. Estou a falar de comida.
Mas o efeito estende-se de forma contagiosa a todas as pessoas.
Fecho com uma ideia que me deixa perplexo mostra porque nunca serei rico. Que raio de sociedade reduz cada vez mais o rendimento de quem produz batatas ou leite e pag -a mais a quem faz programas de computador ou telemóvel.
Sim, eu sei, digam comigo:
“É a economia, estúpido”