Como explicar a guerra? Mendes Dias

Como explicar a guerra? Mendes Dias
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Guerra.

Dizer a palavra arranha-me a garganta.

Fui tentar compreender a guerra.

Rapidamente percebi que o nevoeiro da guerra nos impede de saber muitas coisas importantes.

Num conflito a verdade é sempre uma vítima.

As partes envolvidas tem objetivos, narrativas, caras, ações e intenções.

A informação, contrainformação e a propaganda são armas usadas deliberadamente na contenda.

A conversa de hoje tenta chegar a um modo de visão mais alargada, menos emocional.

O que é difícil.

A guerra na Ucrânia é uma guerra em casa.

Isso choca-nos.

A destruição. A morte de pessoas. Os refugiados.

Por que razão a guerra aparece sempre desde tempos imemoriais quando os homens não se entendem?

O convidado desta edição é um militar com sólida formação em assuntos de geoestratégia global, em relações internacionais e ciências Sociais.

É o Coronel Mendes Dias.

Ele esteve na guerra da Bósnia, a última antes desta.

A ideia inicial da conversa era falar da maneira como a comunicação é usada num conflito.

Mas tudo se alargou a uma lição de geografia e sede de poder ao longo da história.

A zona da Ucrânia e da Polónia foi sempre palco central da cobiça de vários impérios.

Dos Vikings, aos Romanos e otomanos, aos nazis e aos russos. Aquelas fronteiras foram mil vezes redesenhadas. Milhões de pessoas sofreram.

Mas agora vemos o conflito ao vivo e em direto.

Nas redes sociais. Na televisão.

Por isso a pergunta que mais me inquieta: como explicamos a guerra às nossas crianças?

Logo agora que todos lhes tínhamos prometido paz, educação, prosperidade e felicidade.

A pergunta que me sobra não tem resposta fácil.

Como se resolve este problema?

Como se calam as armas?

Como se protegem os indefesos?

Como voltamos a algo parecido com a normalidade?

Quatro perguntas ao invés de uma.

A diplomacia e a comunicação tem agora um papel-chave.

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