Estamos na semana da saúde.
Dia 7 de abril é o Dia Mundial da Saúde.
Não precisávamos de uma pandemia para nos lembrarmos quão importante é a nossa saúde.
E agradecer o facto de vivermos num país com um dos sistemas de saúde mais avançados do mundo.
Sim, estamos sempre a reclamar.
Sim, aborrece-nos que nem todas as pessoas tenham médico de família.
Ou que a consulta do especialista demore mais do que esperávamos.
Mas o SNS, os hospitais privados, as farmácias, os convencionados e o sector social oferecem uma rede redundante de cuidados de saúde que responde de forma adequada ao que precisamos.
E depois há as exceções. As coisas que tem de correr melhor. Mas são infinitamente mais pequenas que os benefícios de ter uma saúde pública, universal, e quase gratuita quando precisamos de ajuda.
Gratuita é uma palavra curiosa. Porque, a verdade é que a saúde é paga pelos cidadãos – contribuintes.
É portanto paga antecipadamente.
Com um princípio de que gosto muito: para o SNS cada um paga conforme o que pode e recebe cuidados conforme precisa.
São os princípios que nos dão uma bússola e um mapa para navegar.
No caso dos países democráticos liberais, como o nosso, há leis e regras universais a que todos estamos igualmente sujeitos.
E essas regras são vitais.
Esta conversa com Maria de Belém Roseira, jurista, humanista, duas vezes ministra e pessoa muito atenta aos direitos, liberdades e garantias era para ser sobre saúde. E tudo o resto.
Mas o não respeito pelo direito internacional no caso da guerra em curso obrigou a começar por aqui.