Como será o hospital do futuro?
Nesta edição falamos de saúde.
O segundo episódio de uma série de dois em que falámos da maneira com o sistema de saúde responde aos cidadãos.
Como os ouve, como responde às suas necessidades.
Aproveitando o fórum anual dos administradores hospitalares, vamos fazer um retrato do que temos e precisamos para uma saúde mais ajustada às nossas necessidades.
Na primeira edição dessa série ouvimos Alexandre Lourenço.
Hoje ouvimos Luís Campos, médico internista e pensador regular da forma como se deve organizar o SNS para melhor servir os cidadãos.
Os hospitais estão no limiar iniciar uma verdadeira revolução na sua relação com os doentes.
Criados para receber doentes em grandes edifícios, para responder em massa a doenças muito prevalentes e de tratamento agudo, tem agora novas necessidades para responder.
Os doentes têm agora e cada vez mais doenças crónicas. Não uma, mas várias doenças.
As doenças agudas são tratadas rapidamente e o doente volta à sua casa. E pode precisar de apoio.
Muitas das cirurgias, exames e procedimentos já se fazem em ambulatório.
E agora vem aí a revolução digital.
Caminho certo para o desenvolvimento da telemedicina.
Mas por outro lado, e a ciência diz-nos isso, muitas doenças são afinal um sintoma de uma sociedade que se cuida pouco. Se previne pouco. Que se deixa ir.
Num país um índice de pobreza muito alto, num país rico, mas com pobres.
As repostas têm de ser encontradas mais que em hospitais.
É na comunidade, no centro de saúde ou no lar, na farmácia local.
E de preferência em casa, com qualidade e humanidade