Fazer reportagem de guerra é uma arte jornalística que exige coragem, sangue-frio e bom senso.
Diariamente há que enfrentar um dilema complexo: o que se mostra e o que se evita. O que se relata e o que se guarda só para nós?
As grandes histórias do jornalismo tem um sinal em comum: o drama da condição humana.
As histórias de vida e de morte, de desgraça e de superação são as que mais impacto tem na nossa mente.
Conta-se, quase como mantra dos repórteres de guerra, que os jornalistas são aqueles que correm para um sítio de onde todos querem fugir.
Vemos a guerra pelos olhos de quem é testemunha profissional.
Sobram as perguntas.
Como se conta uma guerra?
Como se chega lá?
Como se sobrevive?
Como se descreve?
O que sobra na ressaca da volta a casa?
Nos últimos meses vários jornalistas portugueses percorreram a Ucrânia para nos contarem a guerra com a nossa maneira de ver o mundo.
É isso que os jornalistas fazem num conflito militar como este.
Vamos à Ucrânia com o repórter José Manuel Rosendo, jornalista da Antena 1 e da RTP.
Um veterano de várias guerras e conflitos.
Do médio oriente, ao norte de África e à Europa.
Iraque, Egipto, Turquia, Líbia, Faixa de Gaza e agora Ucrânia.
Esta conversa tem segredos revelados: como se movimenta um repórter na guerra? Onde se pode ir? Quem nos ajuda?
E depois? Importa saber o que se traz na mala.
(Foto tirada no Iraque em 2004 por Francisco J. Gonçalves)