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Se parássemos um bocadinho para pensar, um bocadinho somente, ficaríamos em pânico.
Não quero assustar-vos. Se calhar até dava jeito.
Mas caminhamos a passos largos para fim da vida na Terra.
Esta edição é sobre a surdez humana e insensibilidade radical à mais que certa transformação do planeta num forno.
As mensagens ambientais não são eficazes.
Os cientistas avisam e mostram provas.
Os ativistas fartam-se de gritar ‘slogans’.
E nós, nada.
É um mistério.
Saber que a extinção da vida na Terra num prazo mais ou menos curto nada preocupa os seus habitantes.
Sim, isto está mais quente, há plásticos a boiar em todo o lado e só não estacionamos o carro ao lado da cama porque não conseguimos.
Todos reclamamos que a gasolina está cara demais e todos assobiamos para o lado quando conduzimos a poluir.
Todos suspeitamos que a carne em excesso nos faz mal à saúde e faz mal ao ambiente.
Todos consumimos muitas vezes mais do que o necessário para ter uma vida confortável.
E o planeta paga a sobrecarga. Esgota-se. Suja-se.
Mas fingimos nem saber.
Que paradoxo é afinal este?
Em semana de
, em Glasgow, converso com Francisco Ferreira, ambientalista a associação Zero, e arauto dos tempos que aí vem.
Gravamos há um par de dias, ele estava em plena cimeira, na esperança de tentar travar a marcha dos acontecimentos.
E a única certeza que sai desta cimeira é a incerteza.