O que perguntar ao médico? António Vaz Carneiro

O que perguntar ao médico? António Vaz Carneiro
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Senhor doutor, o que tenho eu?

Senhor doutor, o que me vai acontecer?

Em linguagem médica pedimos sempre um diagnóstico. O resumo da nossa condição.

E principalmente um prognóstico: com o que posso contar para o futuro.

Implicitamente as duas perguntas incorporam uma expectativa, um pedido de ajuda e uma esperança.

As duas perguntas resumem-se ao apelo: Senhor doutor “safe-me” lá desta maleita.

Claro que as respostas nem sempre são assim tão diretas e simples como gostaríamos.


TÓPICOS DE CONVERSA

Início (00:00:00)

A importância dos grandes números na saúde (00:00:12) Discussão sobre a relevância dos dados recolhidos pelo sistema de saúde e as perguntas a serem feitas.

Comunicação médico-paciente (00:01:25) Exploração da importância da comunicação na relação médico-doente e das perguntas frequentes feitas pelos doentes.

Motivação para ser médico (00:03:57) António Vaz Carneiro a compartilha a sua motivação para seguir a carreira médica.

Evolução da carreira médica (00:04:18) António Vaz Carneiro fala sobre a evolução das suas especialidades médicas ao longo da carreira.

Comunicação eficaz na prática clínica (00:06:50) Discussão sobre a importância da linguagem adaptada na comunicação médico-doente.

Prognóstico e envolvimento do doente (00:08:37) Exploração do envolvimento do doente no tratamento e a importância do prognóstico positivo.

Casos raros e avanços médicos (00:11:47) Relato de casos raros de recuperação de cancros avançados.

Relação entre doenças cardiovasculares e oncológicas (00:13:01) Análise da relação entre a diminuição de doenças cardiovasculares e o aumento das doenças oncológicas.

Importância dos grandes números de dados na área da saúde (00:14:26) Discussão sobre a disponibilização e interpretação dos dados clínicos para melhorar a prática médica.

Benefícios dos dados para os doentes (00:14:48) Exploração dos impactos positivos dos dados na melhoria do tratamento e cuidado dos doentes.

Utilização de dados clínicos na prática médica (00:15:10) Análise da disponibilidade e utilização de dados clínicos na prática médica diária.

Monitorização da qualidade dos dados clínicos (00:16:23) Explicação da importância da monitorização da qualidade dos dados clínicos e o seu impacto na prática médica.

Formação e educação baseadas em dados (00:17:35) Discussão sobre como os dados clínicos podem contribuir para a formação e educação médica.

Segurança dos dados clínicos (00:18:24) Exploração da segurança e proteção dos dados clínicos dos doentes.

Utilização de dados para a investigação científica (00:19:10) Análise do uso dos dados clínicos na pesquisa científica e na identificação de padrões de tratamento.

Medicina de precisão e personalização do tratamento (00:18:05) Discussão sobre a importância dos dados na personalização e precisão do tratamento médico.

Impacto da informação na prática clínica (00:24:13) Reflexão sobre como a informação influencia a prática clínica e o comportamento dos médicos.

Organização e utilização prática da informação (00:25:03) Exploração da importância da organização e utilização imediata da informação clínica na prática médica.

Inteligência Artificial e Medicina (00:26:32) Discussão sobre o papel da inteligência artificial na análise de grandes quantidades de dados biomédicos.

Erro Médico e Reflexão (00:29:12) Reflexão sobre erros médicos e a necessidade de corrigi-los, com o impacto emocional envolvido.

Informação e Desinformação na Saúde (00:31:09) Abordagem sobre a propagação de fake news na saúde e os perigos associados à desinformação.

Impacto da Pandemia na Saúde (00:34:02) Análise do impacto da pandemia na saúde, incluindo o abandono de tratamentos e a gestão dos sistemas de saúde.

Consequências Geracionais da Pandemia (00:38:24) Discussão sobre o impacto da pandemia na educação e desenvolvimento das crianças, com reflexão sobre as consequências a longo prazo.

O medo na tomada de decisão (00:39:37) Discussão sobre a reação de medo e a dificuldade na tomada de decisões durante a pandemia.

Desafios na tomada de decisões políticas na saúde (00:40:11) Abordagem sobre a complexidade e desafios na tomada de decisões políticas na área da saúde.

Prioridades e gestão dos serviços de saúde (00:41:29) Discussão sobre a priorização e gestão dos serviços de saúde, incluindo a perceção das urgências hospitalares.

Falsa urgência nos serviços de saúde (00:43:24) Reflexão sobre a perceção da urgência nos serviços de saúde e a necessidade de uma abordagem mais racional.

Impacto ambiental do sistema de saúde (00:47:20) Análise do impacto ambiental do sistema de saúde e a necessidade de repensar práticas para reduzir a pegada ecológica.

Reflexão sobre a evolução da medicina (00:51:45) Visão sobre a transformação do papel do médico e a gestão avançada da informação na medicina do futuro.

A evolução das profissões de saúde (00:52:20) Discussão sobre a mudança no papel dos profissionais de saúde e a gestão de informação integrada.

O futuro da medicina (00:52:38) Reflexão sobre o impacto do conhecimento e da informação na prática médica, e a necessidade de mais humanidade.


Ao longo dos anos fui exercitando a minha tarefa de perguntador em múltiplas conversas com este médico que se multiplica por várias áreas: é especialista em medicina interna, em nefrologia e em farmacologia clínica.

E insiste sempre em estudar as evidências para responder aos seus doentes.

Mesmo quando algum caso individual decide contrariar toda a estatística.

Vaz Carneiro tem uma lupa gigante para avaliar series de grandes números. E um microscópio afinado para avaliar aquele doente uno e particular que tem de ajudar.

E responder às perguntas.

O que tenho, doutor?

Como é o futuro?

Perguntas simples em busca da tradução da complexidade em poucas respostas.

Num mundo em contradição onde lutam as evidências cientificas com a arte de acreditar nas histórias mais mirabolantes.

Uma batalha entre os factos verificáveis e a desinformação mais irracional. Todavia, coexistem.

Esta é uma conversa carregada de possibilidades e esperança. A gigante quantidade de informação vai finalmente começar a ser de grande utilidade para cada um de nós. É um tempo novo.

O que nos dizem os grandes números da saúde?

O que podemos ler na gigantesca quantidade de dados que o nosso sistema de saúde recolhe, todos os dias dos seus doentes?

Que perguntas temos de fazer?

E que respostas queremos obter?

Esta edição é muito otimista e carregada de esperança.

Numa conversa com António Vaz Carneiro, Professor e médico por vocação e para ter liberdade.

Liberdade para fazer e para auxiliar as outras pessoas.

Nos próximos minutos percorremos os caminhos da medicina moderna.

Que cada vez sabe mais, mas nem sempre tem as respostas todas.

No limiar de uma anunciada revolução do conhecimento: a recolha e o entendimento dos chamados dados da vida real.

Os grandes dados onde cada um de nós é um ponto na escala.

Como as mesmas perguntas de sempre. Haverá respostas para nós?

As perguntas são as mesmas de sempre.

Que pode trazer nova luz sobre velhas perguntas.

A profissão que decide se estamos vivos ou mortos está para ficar.

Mas o acervo de informação e conhecimento pode inspirar novas formas de fazer medicina.

Mas conhecimento oferecerá seguramente melhor capacidade de reconhecer as melhores práticas.

Mas, suspeito, trará consigo muito mais perguntas.

Algumas precisam de mais dados.

Outras, simplesmente, de mais humanidade.

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