Estamos no mês de agosto, mês em que o Pergunta Simples faz a sua pausa de verão.
Mas este ano estive a olhar para lista dos melhores episódios de sempre e decidi escolher e voltar a publicar os mais populares ou os que geraram mais comentários e as vossas reações.
Foi a melhor forma que encontrei para conseguir fazer uma escolha justa entre os mais de 140 episódios.
Sei que há muitos ouvintes, hoje habituais, e agradeço.vos por isso, que só agora acompanham os programas. É uma oportunidade de ouvirem outras falas.
Tópicos:
[00:00] – Introdução do episódio, falando sobre a temática de dietas e equilíbrio alimentar.
[02:10] – Discussão sobre a pressão social para perder peso.
[05:25] – A diferença entre homens e mulheres na perda de peso e o papel do metabolismo.
[09:40] – Discussão sobre as várias dietas da moda e como elas podem afetar a saúde.
[15:50] – Conversa sobre o impacto da pandemia no peso e na saúde das pessoas.
[22:10] – Agatha Roquette fala sobre a sua própria jornada de luta contra o peso.
[28:35] – Discussão sobre os desafios emocionais e psicológicos de lidar com o ganho de peso.
[34:20] – Conversa sobre o papel da alimentação na saúde mental e bem-estar.
[40:05] – Agatha Roquette fala sobre a sua experiência pessoal de perda de peso durante a pandemia.
[45:30] – Discussão sobre a importância de encontrar um equilíbrio entre a dieta e o prazer de comer.
[52:15] – Conversa sobre a influência do ambiente e das relações pessoais na relação com a comida.
[58:00] – Encerramento do episódio, reflexão sobre as lições aprendidas com Agatha Roquete.
Na semana passada partilhei convosco a forma de olhar a vida de Dulce Bouça, medica psiquiatra, especialista em doenças de comportamento alimentar.
E por isso escolhi começar esta série de férias de verão com o testemunho da nutricionista Ágata Roquette. Ela própria sentiu na pele o impacto de ter engordado e a disciplina de voltar a reequilibrar-se e a voltar à boa forma física que sempre teve.
No mundo acelerado de hoje, todos lutamos para manter a forma e a saúde. Nos meses imediatamente antes do verão, a maioria de nós tenta livrar-se daqueles quilos extras acumulados durante o inverno.
E essa pulsão quase geral é um bom pretexto para explorar o mundo fascinante das dietas e do equilíbrio alimentar.
Agata Roquette é autora de um livro campeão de vendas sobre uma dieta de 31 dias e que viveu a sua própria jornada de luta contra o peso.
E aceitou partilhou connosco as histórias que ouve todos os dias das pessoas que a procuram no seu consultório. Ela ajudou-me a compreender os desafios específicos enfrentados por homens e mulheres na tentativa de perder peso, bem como o papel crucial do metabolismo.
É que há uma diferença entre o metabolismo masculino e feminino. Segundo ela, os homens têm a sorte de perder peso mais facilmente devido à maior quantidade de tecido muscular. Isso não significa que as mulheres não possam perder peso, apenas que podem precisar trabalhar um pouco mais duro para ver os mesmos resultados.
Mas, como todos intuímos, isto do peso não é só uma questão de comida. As nossas emoções podem afetar o nosso peso. Muitas vezes, as pessoas comem mais quando estão tensas ou ansiosas. E quando comemos demais, podemos sentir culpa, o que pode levar a mais stresse e ansiedade. É um círculo vicioso que pode ser difícil de quebrar.
Por isso vale a pena recuperar este episódio.
LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIOTRANSCRIÇÃO AUTOMÁTICA
0:00:13 – JORGE CORREIA
Ora Viva um bem-vindo-os ao Pregunta Semplos, o nosso podcast sobre comunicação. Estamos no verão, já em pleno mês de férias, calor, sol e corpos beltes palhados pelos areais, ou então não metados ou vintes, acaba de correr para o espelho para confirmar que o inverno, a pandemia e a vida sedentária passou uma fatura e acrescentou uns quilos à balança. Mas sem pânico, a única dieta que vos posso prescrever hoje é ouvir este podcast que, como sabemos, é baixo em cadarias e rico em boas conversas. Subscrever e partilhar também tem pouco gasto de energia e grande efeito na comunidade. Por isso arrumem os talheres e fechem a boca. Afinal só há uma maneira de engordar e outra de emagrecer, e é exatamente a mesma.
Engordamos quando comemos mais do que energia que gastamos, e o contrário também é verdade Gastar mais energia, fazer exercício e cortar narração costuma funcionar, mas não é assim tão fácil, pois não Estou a ficar com um retinho, está a dar-me uma fumeca, estou capaz de comer um elefante. Come, rapaz, come que. Quem não é para comer não é para trabalhar. Como veem, temos múltiplas expressões que nos falam da comida, de comer muito. Quase sempre são expressões de ilugio ou celebração da santa, doce, salgada ou recompensadora comida. E depois ademirá-nos que nos dê para a engorda. O nosso apetite guloso só tem paralelo com a nossa pressa para emagrecer antes do verão.
E este programa é sobre isso, sobre o nosso diálogo com a balança e com o espelho e com o nosso nutricionista de eleição, se existir. Ou então o nosso mergulho na internet nas mil dietas que a moda nos mete em frente aos olhos. Há mesmo muitas, e eu fui pesquisar algo, mas colhi três. Por exemplo, a dieta paleolítica, também conhecida como a dieta do homem das cavernas, que se concentra habitualmente em alimentos que se encontram na natureza, no fundo saia da caverna e é o que apanhar Card, peis, frutas, fugindo claro dos alimentos mais industrializados. A boa notícia é que não é preciso contar calorias para esta dieta, no máximo é só encontrar uma caverna. Mas radical é a dieta low carb. O nome disso tudo é cortar nos carboidratos e dá preferência a alimentos ricos em proteínas e gorduras boas As carnes, os ovos, o queios. É utilizada para perder peso e também ajuda a reduzir o risco de doenças graves, nomeadamente cardioevascular ou diabetes, mas pode oferecer menos vitaminas do que aquelas que precisamos.
Eu gosto desta terceira, a dieta mediterrânea, a nossa portuguesa, inclui frutas, verduras, peixes, limitas, gorduras não saudáveis. Ainda por cima diz que é boa por ao coração. E há uma quarta dieta. Não sei se é exatamente uma dieta. É o chamado jejum intermitente. Não é bem uma dieta, é uma espécie de horário dos comboios, ora, como muitas vezes durante um tempo, ora passas umas horas valentes sem comer. Mas há muito mais dietas e muito mais pessoas a querer perder desesperadamente peso. Por isso quis mergulhar no segredo da nutricionista Agatha Raquete para saber o que houve todos os dias dos seus pacientes, das pessoas que a procuram. Ela escreveu um livro de grande sucesso com uma dieta para 31 dias e viveu uma experiência pessoal de ganho exagerado de peso. Falei-nos disso também Agora. Adivinhem-lá, o que é que eu fui perguntar à nutricionista? Como é que eu emagreço 5 quilos agora já?
0:03:52 – ÁGATA ROQUETTE
na próxima vez. Como é que é que está disso? Os homens é mais fácil. Podia até poder prometer 5 quilos no mês antes de itoférias Às vezes as minhas não é tão fácil que o nosso metabolismo é um bocadinho diferente.
0:04:05 – JORGE CORREIA
Quer dizer, que os homens têm sorte aí também.
0:04:07 – ÁGATA ROQUETTE
Tem, tem bastante Normalmente. eu tenho muitos casais também que vêm à consulta Maria de Mulher. Vêm os dois, Sim, tem alguns casos que sim.
0:04:15 – JORGE CORREIA
Isso é pó bem ou pó mal. Isto motivam-se o.
0:04:20 – ÁGATA ROQUETTE
Aqui a questão é que a minha tem que ter mais poder de encaixe, porque o homem perde o dobro Ou seja, enquanto ela vai nos 5, ele vai nos 10. Quando ela vai nos 10, o homem já vai quase nos 20.
0:04:30 – JORGE CORREIA
E por que isso acontece.
0:04:31 – ÁGATA ROQUETTE
Teve a ver com o vosso metabolismo. Teve a ver com a parte da massa muscular Vocês têm mais tecido muscular do que nós. Teve a ver com várias coisas que são de nascença. Não é nada diferente. Por isso sempre foi assim, sempre será assim. A partir de vocês irão sempre de quase os dobro de nós no mesmo espaço de tempo.
0:04:51 – JORGE CORREIA
Portanto, fazendo o mesmo regime, os homens têm a natureza favoreces para fazer isso, mas isto tem a ver com o que come antes e com a receita que eles aplica, ou tem mesmo a ver com maneira como os corpos funcionam.
0:05:05 – ÁGATA ROQUETTE
Não. Então a forma que a vó com a fomenta. Base é a maneira como os corpos funcionam, que funcionam de maneira diferente, mais acelerada, neste caso para os homens, mas obviamente também tem a ver e sem qualquer consulta que me chegue obviamente os resultados também serão mais notórios para quem comia pior antes, quem já faz as coisas mais certinhas. O desafio é maior ao mesmo tempo, porque temos que ajustar de maneira que a pessoa tenha ali algum choque, alguma coisa que mude, porque há pessoas que chegam aqui e já comem bastante bem, até claro, que fazem mais dinheiro em outra de vez em quando, mas e tem pessoas que não, que é tudo ao lado, é tudo mal, não acerta uma. Portanto essas dirão perder a partida.
0:05:40 – JORGE CORREIA
Mais peso ao início Aqueles que chegam aqui e que são um cardápio de asneiras. é mais fácil porque tem mais zonas onde pode trabalhar.
0:05:49 – ÁGATA ROQUETTE
É onde trabalhar, onde mudar, onde ensinar, reeducar? sim, claro que sim. E os?
0:05:54 – JORGE CORREIA
outros, aqueles que até têm uma vida mais. Apetece-me perguntar porque é que esses, que até têm uma vida mais equilibrada em termos alimentares, porque é que esses também engordaram?
0:06:06 – ÁGATA ROQUETTE
Muita gente aumentou na pandemia. Tive muitos pacientes que se calharam os vi e apareceram com mais 5kg passados estes 2 anos. Houve muita gente que chegou aos 8kg, mas também tem aqueles pacientes que até comiam bem e aumentaram 2 ou 3kg. Portanto, em tela é trabalho, porque agora apetiscam mais, porque antigamente se calhar é. Eu acho muito mais fácil fazer qualquer plano, que seja de manutenção ou de perda de peso, a trabalhar fora de casa e não em casa. E houve coisas que mudaram este ano o próprio metabolismo da maior parte das pessoas. Eu acho que baixou só o facto de não acordarmos cedo e tomar banho e quem vai para os transportes públicos e todo esse stress que tínhamos diariamente. Perdemos E sugasta energia.
Não se nota muito, mas eu acho que se nota quando separamos a final aquilo fazia alguma coisa. Então um balanço quando nós jámos trabalhar e temos que ir, e subirmos a descadas e temos uma lufa, lufa Sim diária de 5 dias e eu acho que acordar, por se calhar o pessoal, umas calças aliás, uma parte de cima, que as calças de programas se mantém e automaticamente em reuniões ou colçutas, ou seja online, acaba por não aumentar aquele metabolismo e o corpo que loga de trabalhar.
0:07:20 – JORGE CORREIA
Aquela sensação de atividade.
0:07:22 – ÁGATA ROQUETTE
Sim, acredito que sim, que se notou imensa este ano.
0:07:25 – JORGE CORREIA
O que é que nos fez a pandemia? Aproximou-nos mais do frigorífico e do armário das bolachas.
0:07:33 – ÁGATA ROQUETTE
Ao princípio, as pessoas nunca tinham dado tanto tempo em casa. O princípio da pandemia, o pânico, não saber o que era. Ninguém saiu de casa. Eu também deixei de dar consultas, deixei de um dia poder tirar as clínicas. Tive-me adaptar. Eu nunca dei consultas online e tive-me adaptar online. Eu nunca vi tanta gente a fazer pão em casa nas redes sociais e bolos. Até aí sim, houve aquele se calhar, aquele aproveitar estar em casa com os filhos. Nós nunca tivemos tempo. Eu nunca tive tanto tempo pós meus filhos como eu tive. Eu não estou a dizer bem da pandemia. Obviamente não foi bom, como é óbvio, mas se eu pensava naqueles dois meses a mim, não me afetaram muito psicologicamente. Eu tive mais tempo para eles. Deixei de roire as unhas, que é uma coisa que eu rio desde os 5 anos. Acho que estava mesmo a precisar de parar. Fez-me bem aquele que ela nunca tinha deixado de roire as unhas, por exemplo.
0:08:30 – JORGE CORREIA
Quer dizer que, ao contrário das outras pessoas, em vez de aumentar a ansiedade, o medo, o vírus até teve um efeito bom.
0:08:37 – ÁGATA ROQUETTE
Tive estou a falar do primeiro mês.
0:08:39 – JORGE CORREIA
Até ficamos fados daquele.
0:08:41 – ÁGATA ROQUETTE
Exatamente aquele primeiro mês que não podíamos mesmo sair de casa. Não tínhamos hipótese nenhum. Íamos a correr ao espero de um bocado, limpávamos todos os pés, tínhamos imenso medo. Obrigou as pessoas mesmo a parar e não tínhamos outra hipótese. Nós tivemos que parar E isso nunca me tinha acontecido na vida parar, tinha que parar E na altura ainda não tinha estratégia, ou seja. Tive mesmo uma semana e eu deixei de ir às clínicas. Tinha consultas marcadas. Só na semana a sério que consegui falar com as recepcionistas para me barcar em tudo online porque iria começar um online. Não sei como nunca tinha dado, mas aquela primeira semana não se passou realmente nada na minha vida.
0:09:16 – JORGE CORREIA
E agora, como é que funcionou essa mudança do consultório para o online, esse diálogo com os doentes, clientes, pacientes, o que é que me chama Pacientes, pacientes.
0:09:30 – ÁGATA ROQUETTE
Eu acho que a passagem foi boa até eu. Acho que naqueles primeiros 15 dias as pessoas não estavam se preocupadas com consulta, de não terem faltado ou o que é que se vai fazer. Mas passado o mês eu de facto consegui quase manter as mesmas online do que tinha na semana, porque as pessoas começaram a perceber é melhor ter algum acompanhamento, porque isso não está fácil de girir em casa E é um bom dia mas mais pão só para ter. Por exemplo, normalmente faço uma lancheira para os pacientes girarem durante o dia e deixo os girir como eles querem.
0:10:00 – JORGE CORREIA
E o que é que lápõe.
0:10:01 – ÁGATA ROQUETTE
Põe fruta, põe frutcheques, põe agurto, põe queijo, também dependendo do gosto da pessoa se não comem isso ou se não é intolerante da leitose, para isso depende. Mas imagino o que é que eu pôr quatro nozes.
0:10:12 – JORGE CORREIA
Quatro nozes.
0:10:13 – ÁGATA ROQUETTE
E quando a pessoa leva quatro nozes para o trabalho, eu acredito que só vão comer as quatro nozes.
0:10:19 – JORGE CORREIA
Em casa. Em casa está lá o armário onde estão mais 40 nozes.
0:10:23 – ÁGATA ROQUETTE
E daí quatro nozes doram a hora.
0:10:25 – JORGE CORREIA
Não é só uma vez.
0:10:26 – ÁGATA ROQUETTE
Tanto acho tudo isto. O acesso rápido à cozinha, a tarmosa, 2 ou 3 metros da cozinha, não facilitou, obviamente, mas o próprio estresse que veio, social, eu não sei o que havia de acontecer. Eu tive sorte porque organizava rapidamente a minha vida para online. Ficou praticamente igual ao que estava, mas online.
0:10:47 – JORGE CORREIA
E na sua vida pessoal também. Conseguiu controlar a sua própria alimentação ou também havia aí o diabinho da tentação a dizer Eu perdi o meu peso durante a pandemia Foi ao contrário.
0:11:00 – ÁGATA ROQUETTE
Foi ao contrário. aconteceu ao contrário. Eu só não tenho menos peso porque gosto de se sentar fora ao fim de semana E aí que eu faço as minhas asneiras. Eu gosto em casa. não tenho grande atração pela comida, muito menos esforeu a fazer Como Gosto de comer, mas não tenho grande prazer.
0:11:18 – JORGE CORREIA
Poupa de segunda a sexta-feira, que é para se vingar ao fim de semana.
0:11:22 – ÁGATA ROQUETTE
Gosto mesmo de ir ao restaurante e experimentar as coisas típicas Hoje em dia, gosto de imestasiáctico, por exemplo. experimento tudo o que é E eu deixei de fazer isso. portanto deixei de estar fora, deixei de estar com amigos, deixei de estar à mesa, como estou com os meus pais ao fim de semana e com os meus sogros. Não estávamos com ninguém. Eu gosto de comer, mesmo socialmente, e deixei de ter a vida social.
Comer com os outros Com os outros. Eu em casa, hoje em dia, graças a Deus, já tive muitos problemas na adolescência de comer sozinha e as condidas e era tudo as condidas. hoje em dia gosto exatamente do contrário comer socialmente e sem esconder, comer com os outros, comer com as outras.
0:11:58 – JORGE CORREIA
Eu não sei se quero partilhar com nós, com os ouvintes do Pregunta Simples, porque, além de nutricionista e essa é a sua formação e a sua profissão na realidade passou por uma experiência de alguém que ganhou peso mais. O que é que lhe aconteceu? Como é que uma jovem adolescente de perfil atlético quer? um caso subitamente perdutino alimentar-se, me permite a expressão.
0:12:28 – ÁGATA ROQUETTE
Foi o que aconteceu. Foi Eu era atleta mesmo de competição de patinagem e nós treinávamos 4 horas todos os dias e ao fim de semana chegávamos a treinar 8.
0:12:38 – JORGE CORREIA
Por isso um corpinho da Nona de base à pobrecidade, alguém que treina tanto.
0:12:45 – ÁGATA ROQUETTE
E a patinagem faz um corpo bem engraçado. tinha um corpo muito giro, sim. E depois nós chegávamos a uma fase da competição que é ou eu quero estudar e se calhar por uma média mais alta ou continua a competir e a fazer as duas coisas juntas. E na altura queria entrar em dentária e as médias não eram baixas E eu sempre fui boa à Luna que a Luna de 20, nem perto disso, era de 14, 15 e já para mim já me chegava, porque eu queria era treinar e também ter as minhas amigas. e não era, estudava muito mas não era.
0:13:21 – JORGE CORREIA
E a pressão sobre os miúdos nesta altura do pré-entrar no universidade é grande.
0:13:28 – ÁGATA ROQUETTE
Foi. Aí, foi no décimo segundo comecei a aumentar de peso. Tinha 58 quilos, mais ou menos tempo tive durante esse décimo, mas a décima de décimo eu tinha um som muito alto e aqueles 58 quilos estavam muito bons. E de repente, décimo segundo, achei por bem que queria aumentar as minhas notas para ter-se a que entrar a vendêntaria. Deixei de patinar durante 4 horas e passei a estar a estudar 4 horas por dia. E Não se sécara, não estava tanto, mas estava em casa, não ia treinar.
0:13:55 – JORGE CORREIA
Portanto deixou de estar na energia para um lado.
0:13:57 – ÁGATA ROQUETTE
E comer bolachas pelo outro, coisas que eu nunca tinha tido tempo para comer. Eu sempre almocei bem, alunxava qualquer coisa. Em casa da minha avó, que era o lado do rink de patinagem, ia patinar durante 4 horas. A minha mãe ia nos buscar e a gente estava e ia dormir cansada, fazia os trabalhos de casa e, cansada, isso é a minha vida. Durante anos.
0:14:15 – JORGE CORREIA
O metabolismo, como é próprio dos metabolismo, os da alguém que se mexe muito. Estava ótimo Continuar a gastar energia ao longo da noite, Portanto menos bolachas, bom, essência físico e subitamente viramos completamente à agonia.
0:14:26 – ÁGATA ROQUETTE
Sim, e uma relação boa com comida sempre tive. Nunca tinha tido, Aliás, não era boa, não tinha relação com comida. Eu comia para comer, era o jantar que a minha mãe fazia e minha mãe sempre fez, nunca fez nem congelados. Nasce para todos os dias e quase que as compra.
0:14:39 – JORGE CORREIA
Comida da panela Exatamente E qual foi o efeito?
0:14:43 – ÁGATA ROQUETTE
Foram 12 quilos logo para de patinar em 3 meses, porque a panela e depois também o verão, um algarve realmente é de 12, que não eram assustadores quando tinha 58, passei para 70, 71, para 1 metro e 71, eu não tinha que ficar tão chateada com aquilo. Só que a roupa depois como deixou de servir, de repente foi muito repreendido, foram em 3 meses. Comecei a ganhar uma relação má com comida. Estava deixado de comer, pois obviamente quem tenta deixar de comer pois já teve períodos de compulsão e comecei a ter ali uma relação, mesmo chata, com comida, ao início talvez compulsão alimentar, às vezes com alguma anorexia, porque havia dias que conseguia não comer nada. Mesmo eu estava de meio, tipo um iogurto por dia, mas depois voltaria sempre a comer, não iria passar fome, tanto eu entrava na maior anorexia, grave, nervosa. Nunca entrei, mas virei mais para a compulsão e mais tarde para o arrependimento, com bulimia ou seja, já provocava o vómito e figuila do eu Vómito.
0:15:42 – JORGE CORREIA
Na prática, para quem não conhece isto de perto, a compulsão é hora não comer nada, hora comer muito.
0:15:51 – ÁGATA ROQUETTE
Sim, é tentar não comer nada, mas de repente, quando se começa a comer, depois não se fala. Eu acho que chegava a comer uns 3 pacotes de boaxas por dia e depois ainda abrir um pacote de cereais e comer o inteiro à mão.
0:16:04 – JORGE CORREIA
Mas por fome.
0:16:07 – ÁGATA ROQUETTE
Por uma relação com comida, por tentar ou seja não estar bem com o meu corpo, porque eu tive ali uma desilusão. Eu não estava a saber lidar com a minha imagem nova, porque nunca tinha tido aquela imagem. Então a minha relação com comida começou a ficar completamente desnorteada no fundo, e às vezes não comia por fome, aquilo era mesmo por ansiedade. Mas a enga é uma vontade, uma compulsão acho, é no fundo é quase tristeza que não vazio, que nos leva a comer porque não temos bem, connosco próprios.
0:16:42 – JORGE CORREIA
E então faz esse processo de compensar o que torna. Bom, então o efeito disto no espelho.
0:16:56 – ÁGATA ROQUETTE
Pois não, não sabia lidar, porque depois nada me servia e depois na altura e já foi há alguns aninhos, já foi quase há 20 anos não havia assim lojas com tamanhos grandes. Então as lojas que nós conhecemos, todos os tamanhos não são enormes.
0:17:09 – JORGE CORREIA
Os xixis elas.
0:17:10 – ÁGATA ROQUETTE
Exato faz aparecer uma loja que graças a Deus me salvou na altura, porque já tinha também os 46, 48, com roupa gira para a minha idade, porque era uma miuda, e lá me safou minimamente, mas as lojas todas e nada me servia. a minha mãe chorava dentro do Lá do provador.
O provador e a minha mãe chorava cá fora, percebi que eu estava a chorar lá dentro. Então aquilo foi ali uma fase nada me servia, porque eu também depois escolhava sou alta, sou grande, as calças não passavam dos joelhos, não havia nada que me servi. E foi muito repentinho. Eu não sou a lidar com isso, com isso, com isso ao mente peso E o que me levou ainda a compensar mais com comida cada vez que eu estava mais triste, sentimento, culpa de que eu estava, de futebolismo, que eu estava comendo outra vez, e entrar ali num ciclo muito complicado que me ensinou imenso. Obviamente eu preferi não ter passado por essa fase da minha vida, mas foram 7 anos que se calhar na minha profissão, a profissão que escolhi depois não entrar em dentária, que foi a nutricão, hoje em dia deu imenso ensinamentos. Foram 7 anos duros para mim, mas que hoje em dia, se calhar, me ajudam na minha vida profissional.
0:18:17 – JORGE CORREIA
Um diálogo com as pessoas. sabe o que é que muitas estão a sentir? É perfeitamente.
0:18:22 – ÁGATA ROQUETTE
Perfeitamente senti. Senti que de manhã não é hoje que eu vou fazer tudo direitinho e começar a não fazer esnérias e não comer blases, etc. E passado um bocadinho, as pessoas saíam de casa e eu comia a primeira blase e aquilo vinha para ali abaixo E o clique o contrário, o que é que foi o momento, o que é que aconteceu para inverter esse caminho.
0:18:42 – JORGE CORREIA
Isso pode ser interessante para quem me torna.
0:18:45 – ÁGATA ROQUETTE
Eu acho que depois também devia ver com a pressão da faculdade. Minha faculdade não é fácil, nutricão não é fácil. Os primeiros 2 anos sobretudo são muito complicados. Ali há umas prescências como de cinas, antemias, as bioquímicas, enfim. Nós tínhamos que estudar muito é mais uma pressão. Portanto eu continuei depois a compensar esta pressão também das aulas e das notas com a comida e eu acabo a faculdade com os 90kg, 58kg para 90kg 32kg, sim, 32kg, e com o corpo muito alterado, mas no músculo, porque eu já tinha deixado para ti, nunca mais voltei a fazer desporto.
Não tinha qualquer prazer para fazer desporto, tinha vergonha. Não ia aos ginásios, não ia.
0:19:26 – JORGE CORREIA
Por que isso é o que nos acontece Quando encordamos o corpo perde tonos, tonificação, perde músculo e aparece gorduras.
0:19:35 – ÁGATA ROQUETTE
Isso é mais que não. Isso é o que eu para mesmo te fazer. Desporto em parte muscular que eu tinha perdido a perdi e por cima ganhei gordura. Portanto, e com as mesmas trocas, mesmas molensas, totalmente de corpo e de figura do corpo.
0:19:47 – JORGE CORREIA
E o que mudou depois, para voltar outra vez, para fazer o caminho do processo.
0:19:51 – ÁGATA ROQUETTE
Depois comecei a dar consultas. Acabei a faculdade e passado uma semana, graças a Deus, uma entrevista e eu tive uma semana, acabo a faculdade e começarei a trabalhar. Tive muita sorte e comecei a trabalhar. Comecei a ter muitas consultas e as pessoas ao princípio foi duro para mim. As pessoas chegavam a consulta sempre as peras do bebê só podia uma nutricionista e como assim Ah, estás grávida? Sim, sempre ah, está grávida? e eu pensei não, não estou. Também tive alguns problemas hormonais e se queiar aos meus pacientes desculpávamo com isso, eu também os tinha. Eu só fui mesmas troada aos 8 anos. Tinha falta de algumas hormonas, tenho alvaro e poliquístico e também teve ali uns problemas que eu acho.
0:20:31 – JORGE CORREIA
E portanto tudo isso também alterou, Mas eu também me punhava jeito.
0:20:36 – ÁGATA ROQUETTE
Também me punhava jeito com as volagens. Nunca vamos saber muito bem em que é que os meus problemas hormonais participaram, mas desculpava muito na consulta com isso e aí, porque eu tenho uns problemas hormonais? porque eu não sabia o que havia de dizer ao paciente que me chegava à consulta e me perguntasse eu estou grávida? E ainda vivia essa pressão durante 2 anos. Chegar à casa e ficava triste. Compensava outra vez com a comida, só que depois dei por mim a ter muitas consultas, ou seja, a nível profissional estava a sentir muito realizada. Já não tinha pressão da faculdade, eu estava a trabalhar, eu adoro a minha profissão e comecei a perceber que tinha quase nascido para aquilo que eu sempre aconselho com uma profissão. E fiquei contendo na entrada em dendária que dendária não há contacto com o paciente. Eu adorava aquela história a todos os meus pacientes e falar com eles e até a parte de alguns pacientes chorarem. Eu gosto dessa parte, eu gosto da parte de psicologia, de psicologia da nutricão.
Acabacei a ouvir o outro. Eu acho que desabafe, eu gosto. O que é que lhe dizem?
0:21:40 – JORGE CORREIA
Lizem-me tudo O que é que se pode partilhar.
0:21:43 – ÁGATA ROQUETTE
Nós não conhecemos as pessoas O que é que lhe dizem Eu sei tudo, sei tudo. Sei as relações com os maridos quando não estão boas. Sei que há umas pessoas comem por causa disso, porque as coisas não estão fáceis. Não há entendimento. Sei que pessoas que têm problemas com os filhos porque teram-se na droga, porque vais ver se tudo E isso interfere na balança Sempre psicologicamente.
Isto é tudo muito psicológico. A parte de nós nos compensarmos com comida. Tem a ver tudo com a parte psicológica dos dramas que estamos a viver na altura. Há muita gente que pode não compensar com comida, que pensa-se que há com imenso desporto, com massagens, com tempo de caminhadas de praia, mas há muita gente que não tem essas hipóteses e acaba por isso sempre porque a comida é uma sentença fácil e dá um prazer rápido.
0:22:38 – JORGE CORREIA
Então, e aquelas pessoas que até têm uma vida equilibrada e feliz, mas engordam porque adoram comer?
0:22:46 – ÁGATA ROQUETTE
Sim e por que se calma. E muito E coisas diferentes e muitas vezes Sim, e vai por causa tem vida para poder ir jantar fora. Começar a forar viagens aqui bem em Portugal, como se bem na jantar em tofu, lá viagens fora vai tirar o orto ao lentejo e isto é mais complicado a quem gosta de comer.
0:23:01 – JORGE CORREIA
E esses são mais difíceis ou mais fáceis.
0:23:05 – ÁGATA ROQUETTE
Eu acho que quem está psicologicamente equilibrado é muito mais fácil. Quem está a gosta do trabalho, tem uma relação familiar simpática. Engordou uns quilinhos. Acho que é mais fácil. Se eu apanhar uma fase da vida boa de alguém, eu acho que essa pessoa vai ter imenso sucesso com a dieta.
0:23:20 – JORGE CORREIA
E está mais preparada para o sacrifício que lhe vai embor não é.
0:23:24 – ÁGATA ROQUETTE
Sim, porque não é que os meus planos estejam muito de sacrifício, porque eu sou completamente contrês, mas acho que se faz isto muito bem e quem tiver bem faz isto lindamente E não tiver bem por mais, que o pãe na teseja fácil, não vai conseguir compreender.
0:23:37 – JORGE CORREIA
Porque quando não faz e fica mais angustiado. Quando faz angustiado, vai fazendo batalha.
0:23:40 – ÁGATA ROQUETTE
Exatamente, vai comendo mais, já comendo aquilo que lhes dá mais prazer, alguma dependência de açúcar, etc. Etc. Às vezes é difícil largar que nos animam, ou a parte de chocolate, etc. Etc. Dá ali um ânimo enganador. Não é Porque depois nos leva então assim a culpa. Depois dá-nos aquele prazer rápido, mas depois arrependemos no minuto a seguir e a partir da gente vive nesse ciclo durante muito tempo. Mas é possível quebrar. Eu quebrei, eu sei que o quebrei por uma coisa muito boa que foi um pedido de casamento. Sei que foi por isso, foi isso que me deu o clique.
0:24:14 – JORGE CORREIA
Não posso pedir aos meus pacientes para se casarem todos agora alhecer a uma casa, e só outra vez.
0:24:20 – ÁGATA ROQUETTE
Mas foi ou seja. Eu cheguei a uma fase da minha vida que estava fielizada profissionalmente e levo com um pedido de casamento Em um meio disso ou seja. Emocionalmente também estava muito bem e estava toda entusiasmada com o vestido e comecei aos poucos a tirar o foco da comida. Eu estava preocupada com o químico, com o casamento, com os convidados. Comecei a focar numa coisa que me animou e às vezes eu acho que a estata das pessoas tem que ser animada com mais alguma coisa. Não pode ser sempre para comida. Nós temos que arranjar um ânimo qualquer na nossa vida que nos entusiasme e nos faça esquecer os outros problemas que não conseguimos ficar às vezes controlados. Nós não conseguimos controlar só para ter uma ideia. E uma paciente que nem engordou 20 quilos por causa do patrão porque não se dava bem com ele, só que ela também não conseguia resolver isso ou se despedia até conseguir resolver, mas ficava assim de trabalho, tanto quando ele saiu eu não sei dizer que não vivo porque até era espanhol. Voltou para espanhol e em perfeitamente deste trabalho e ali uma cresceu.
0:25:18 – JORGE CORREIA
Isso tem muito pouco a ver com comida.
0:25:20 – ÁGATA ROQUETTE
Não é, É, tem de ver com a parte psicológica, mas depois já não precisa de que eu pesar com comida e acabou por conseguir tratar dela outra vez e ter vontade de se tratar no fundo.
0:25:31 – JORGE CORREIA
Vamos lá a este diálogo que tem com as pessoas, terapia de choque ou pouquinho a pouquinho.
0:25:37 – ÁGATA ROQUETTE
Não, eu gosto de começar, em termos de planejamento, com o máximo de comida que eu possa e depois vou cortando. Como é que isso?
0:25:47 – JORGE CORREIA
Como é que se faz isso?
0:25:50 – ÁGATA ROQUETTE
Eu prefiro que ver até que ponto é que os meus pacientes conseguem comer com o máximo de comida. Interessante não é Que possam comer, e a tal lancheira é grande. Tento pôr lá tudo o máximo que eu possa.
0:26:00 – JORGE CORREIA
Então o que é que tira de lá?
0:26:02 – ÁGATA ROQUETTE
Aqui o toa, a gente sabe, Quero comer corações, merindas xenegas, batatas fritas, tudo o que seja.
0:26:09 – JORGE CORREIA
E hidratos, hidratos, hidratos fora.
0:26:12 – ÁGATA ROQUETTE
Não hidratos. Costumpo, para o pequeno almoço, em termos de refeições, em termos de hidratos, tirar à noite.
0:26:16 – JORGE CORREIA
Costumpo tirar à noite Você consegue salvar-nos o pãozinho do pequeno almoço.
0:26:21 – ÁGATA ROQUETTE
O pãozinho está lá sempre. Eu não consigo viver sem pão. Portanto eu não vou pôr os meus pacientes sem pão, de certeza. E eu perdi com pão. Perdi 20 quilos e comi sempre pão de 25, depois ficaram sempre com pão de manhã. Nunca atirei, ainda não tiro, nunca vou tirar que é a coisa que o mais gosto na minha vida. É pão E não queria. Somos portuguesas. Acho que também teremos adaptado a dieta ao país em que vivemos. Nós temos muita tradição com o pão. Eu não tiro.
0:26:44 – JORGE CORREIA
Então, quando as receitas ou dietas aparecem não na manhã, é como se apenas aqui dois ovos e aqui uma saladinha ou um daqueles ingredientes muito estranhos que a gente quase não encontra.
0:26:56 – ÁGATA ROQUETTE
Mas o papo são pessoas agora depois da manhã. Não claro que isto é tudo, É mais arriscado uma dieta que não é culturalmente afinada. Para a manutenção. Hein, Como é que nós vamos manter a seguir depois de termos feito um plano que não tem nada iconórico e quando?
0:27:13 – JORGE CORREIA
está no time. Pode funcionar muito bem e mas a seguida, depois, volta atrás.
0:27:18 – ÁGATA ROQUETTE
Eu acho que nunca amei mais de peso até hoje. Há 15 anos no meu casamento e tive dois filhos pelo mãe. Por causa disso, porque quando perdi perdi com o máximo o mais parecido com os meus hábitos alimentares, tirando as guaxas. No meu caso, eu só tive que tirar as guaxas.
0:27:35 – JORGE CORREIA
E dá-me sorte.
0:27:36 – ÁGATA ROQUETTE
Há pessoas que se vieram de fora de 3, eram 3 pacotes por dia. Tenho pacientes que tinham que tirar outras coisas, outros hábitos maus que têm. Eu só tive que tirar isso E de repente por mim com menos 25 quilos. Claro que tive que trocar por outras coisas, como pensassem e que me animassem também, mas foi fácil para mim e foi numa idade boa. Tinha 25 anos, tinha 90 quilos, eu tinha tudo a minha favor a minha idade, os meus hábitos maus alimentares e o meu peso alto. Isso até foi, e o casamento à porta e tudo me ajudou. Mas pronto, acho que qualquer paciente pode apanhar uma fase boa e vai perder. E um paciente que apanha uma fase da vida má também é bom ter consumo da nutrição E normalmente nesse caso acho que muitas vezes nós recomendamos também para a psicologia e nós não conseguimos.
0:28:22 – JORGE CORREIA
Para ter consciência do que está a acontecer.
0:28:24 – ÁGATA ROQUETTE
Por que é que está a comer, por que é que está a compensar com a comida, porque normalmente nós preenchemos os nossos vazios com comida.
0:28:32 – JORGE CORREIA
É uma compensação.
0:28:33 – ÁGATA ROQUETTE
É por que é que tem esses vazios E eu muitas vezes não consigo chegar a eles e acho que a pessoa deve ser acompanhada e perceber o que é que pode, pelo menos naquilo que não pode resolver, o que é que pode melhorar. E essa parte, acho que é a psicologia que faz como ninguém.
0:28:47 – JORGE CORREIA
Nós estamos entrando no verão. o verão começou agora. Imagino que esta altura da primavera e do pré-verão seja um momento em que lhe vem bater muito aqui à porta.
0:29:02 – ÁGATA ROQUETTE
É pedir ele o quê Rápido, depressa, e O que acontece mais nesta fase, eu pelo menos falo para mim. Graças a Deus, tenho a minha agenda cheia durante o ano. sem p igual Não consigo dar mais.
0:29:14 – JORGE CORREIA
Não há mais pressão agora na primeira ver a início do verão.
0:29:16 – ÁGATA ROQUETTE
Não Aqui. A questão é diferente. Agora é que aparecem mais pessoas para perderem três quilos, só três, só três. É o dia do verão. Eles engordaram no inverno para agora querem preparar o biquíni. Aparecem muito mais pessoas porque, graças a Deus, durante o ano e se há, graças aos médicos, aos poucos cada vez acreditam mais na nutrição. Nós temos muitos pacientes enviados por médicos porque têm colesterol, porque têm problemas de joelhos e por isso tem problemas de coluna E tem que perder peso.
0:29:40 – JORGE CORREIA
A solução Portanto, a motivação não é um efeito estético ou de que eu não gosto muito. O que é que estou a ver no espelho é uma motivação até mais alta, que é uma motivação de controlar padrões ou parâmetros de saúde.
0:29:53 – ÁGATA ROQUETTE
Sim, a problemática é mal, não é. Felizmente aparecem muita gente com problemas de saúde a nível de colesterol, hipertensão, triglicérides, que nós podemos ajudar, problemas intestinais, coisas que a alimentação de facto pode ajudar. Mas por outro lado para nós é bom porque temos de facto muitos pacientes e notas ali alguma credibilidade pela parte dos médicos quando nos enviam.
0:30:16 – JORGE CORREIA
E três quilos, imagino que não seja difícil.
0:30:18 – ÁGATA ROQUETTE
Não, não três quilos fazem. Melhoramos ali uma coisa ou outra, e depois só começarem que têm uma polícia. No fundo, eu só. Eu sou polícia, é isso, é pra isso que eu sinto. Também sou nutricionista na primeira colçuta e depois de nas outras.
0:30:29 – JORGE CORREIA
Tantas pessoas chegam aqui e tentamos aqui ao lado uma balança pois é sempre da balança. isto não coda bem ou muito bem para vai Vamos mudar qualquer coisa.
0:30:38 – ÁGATA ROQUETTE
vamos animar, vou pôr mais qualquer coisa, eu vou tirar aqui e põe ali, também para pedir um molando e para motivar o paciente. Mas a verdade é que a pessoa só E eles mentem muito, os pacientes.
Mentem. As crianças mentem tanto, mas são tão queridas. A pessoa percebeu completamente que me estão a mentir. Acho que os adultos, acho que consigo ter uma boa empatia com os meus pacientes e acho que eles não mentem. Acho que até pelo contrário. É que eu deve desbocar tudo O que fizeram, por exemplo, é que o Donald se fez aqui e foi ali, foi ao lentejo, foi ao norte. Com ele acho que temos uma relação engraçada.
0:31:14 – JORGE CORREIA
E dá para ver uma causa efeito entre o que eles fizeram e o que aconteceu.
0:31:18 – ÁGATA ROQUETTE
Sim, eu até prefiro. Eu digo sempre aos meus pacientes eu prefiro que vocês não percam o peso no mês até aumentem 1kg ou 2kg por coisas boas. Não perdeu porque fez uma viagem com uma polserinha. Não é Claro que não só fazia dieta numa viagem com a polserinha, do que às vezes um paciente está triste por causa disso, por causa daquilo, e não está conseguindo resolver. Muitas vezes é um paciente que se cara e não vou ver na próxima consulta ou se calhar. Nunca vai perder peso comigo perante. Apanhei ali uma fase muito má da vida dele.
0:31:48 – JORGE CORREIA
E é mais difícil. Há vários tipos de gordo. Em termos de corpo ou de psicologia De corpo de cabeça ou toda a gente tem mais ou menos o mesmo padrão.
0:32:00 – ÁGATA ROQUETTE
Acho que cada pessoa que eu tenho, um cara, é diferente, mas há um padrão entre mulheres e homens.
0:32:08 – JORGE CORREIA
Qual é a diferença? A?
0:32:09 – ÁGATA ROQUETTE
diferença é que as ações a maior parte das mulheres. o problema é o fora de refeição, porque se calhar, se calhar, se calhar. Até uma saladinha, tudo perfeitinho aquele papo de boto em pão da manhã.
0:32:23 – JORGE CORREIA
Uma supinha à noite.
0:32:24 – ÁGATA ROQUETTE
E tipo se comer uma sopa à noite porque tiveram das 6h às 8h a comer blástas torstas queijupão, Portanto as tempas estão bem Eu não tenho fome, nem O homem, tipicamente é o contrário.
Não faz lanches intermedias E em fardas brutos Há homocéos de antar, muito, muito, como o dobro ou tribo das calorias. Provavelmente vai ter que mido de hinta E que tem muita fome. Tem E é mesmo fome, mas o homem é homínio, como por fome. Eu acredito que os homens é como um porfome verdadeira E nós comemos por fome. Sem fome, tristes, contentes, neuras, nós comemos por todo tempo.
0:32:55 – JORGE CORREIA
Não, não, não, no fundo da psicologia masculina é que está aqui um magnífico prato Com uma bela carne assada, com umas batatas que sabem melhor do que nunca Eu tiro três vezes que na próxima não lancei, só não sei, e estou com fome, e é muito esse Esse completamente que eu depois tento molar no homem.
0:33:12 – ÁGATA ROQUETTE
A mulher é tentar que petisque na mesma. Daí a história da lancheira, porque nós já nos continuamos a petiscar. Ninguém nos vai tirar isso, nós somos assim.
0:33:19 – JORGE CORREIA
E muda o quê O cláustar, o cláustar.
0:33:23 – ÁGATA ROQUETTE
Mas eu deixo as petiscar imensas Daquilo, Ou seja da reação diária que há este tempo. Eu até lhes que estuve dizendo olha até, pode comer as quatro porque tinha fome. Assim que é porque se nervou com alguém As seis, é porque o imedio que não lhe estava na hora de se receber, porque nós comemos por tudo e por nada, mesmo Nós mesmos assim.
0:33:41 – JORGE CORREIA
E portanto são menos calorias.
0:33:43 – ÁGATA ROQUETTE
Menos calorias em alimentos não tão viciantes e mais interessantes.
0:33:47 – JORGE CORREIA
Agora, qual é o fascínio pelas nozinhas? O que é? que É o?
0:33:52 – ÁGATA ROQUETTE
crocante, é o crocante. Eu cometi as bolachas todas. Tenho vocês pacientes que me acho que as outras também levam com um bocadinho de constração, mas isso calhar com os gostos da nutricionista E naquilo que ela acredita. Eu acredito muito no pão da manhã E acredito que comer bolachas, que não se faz só comer duas ou três E o passado um tempo já apanhas bolachas quando sinto que o paciente já domina.
0:34:16 – JORGE CORREIA
Sim, mas está lá, o pacote não é. E quer dizer comer duas ou três ou comer meio pacote.
0:34:20 – ÁGATA ROQUETTE
Assim não não se assia. Aquele é viciante. Sim Por que.
0:34:23 – JORGE CORREIA
Porque tem açúcar, tem sal.
0:34:25 – ÁGATA ROQUETTE
Tem açúcar, tem farinha, tem é crocante, tem tê-lo em muitos alimentos Levant a comer mais dá prazer E eu tento tirar tudo que possa provocar uma compulsãozinha alimentar E troco por outras coisas. E a questão dos frutichiegos, que também são viciantes, mas ao menos são mais interessantes. São gordura, gordura boa, tem coisas muito mais apelativo em termos nutricionais E tenho o crocante que eu preciso que os meus pacientes também tenham.
0:34:56 – JORGE CORREIA
Portanto dá uma sensação de sociedade é esse petit esquinho. É tu e o contrário. Aquelas dietas não sei se lhe posso chamar dietas malucas de juns intermitentes de 14 iodas sem comer insunciado.
0:35:10 – ÁGATA ROQUETTE
Há muitas teorias à serca disso. Eu não gosto muito de falar de coisas que eu não pratico e que não tenho qualquer experiência.
0:35:17 – JORGE CORREIA
Não tenho experiência pessoal com juns intermitentes Posso se não se comer ou não se?
0:35:20 – ÁGATA ROQUETTE
engorda, não é Exato. E aquelas aqui não teve a coisa 14 iódicas, porque depois de ter parte atrás desta história do junto, até que eu peguei parte da oncológica, etc. E alguns estudos que indicam que esse junto pode levar mesmo à não evolução de algum tipo de canto, então só por isso, se eu acho que devíamos pensar e arrepensar e experimentar eu não tenho certeza, mas eu acho que isso já está mais ou menos provado em ratos, mas em humanos ainda não. Portanto estamos aqui na dúvida.
0:35:52 – JORGE CORREIA
Mas como para a nutrição ou para perder, peso.
0:35:56 – ÁGATA ROQUETTE
Eu nunca vou pedir a um paciente meu que entra em juns intermitentes, eu não vou deixar ele chegar cá a obesos, chega cá a turista e eu não lhe vou dizer para não jantar ou para não tomar o pequeno almoço E sinceramente, o resultado é mais, a partir de fazer o junho à noite, em qualquer dieta que a pessoa não janta, a partir de irá perder mais peso. E eu não vou pedir a um paciente meu que entra aqui e olha, agora não pode jantar, agora é tipo cá a bachês e depois só como lá para as 10h da manhã do dia E isso é um stress para a nossa cabeça com a evidente Não chega cá bem.
Eu ainda vou pôr Eu e uma crescimento, nunca vou ser. não quer dizer que não tenha pacientes que não me peçam e que não queram fazer o junho a termo de tempo por conta própria.
0:36:33 – JORGE CORREIA
Mas isso é uma cesão deles.
0:36:34 – ÁGATA ROQUETTE
É uma cesão deles E não quer dizer que eu não apoie e que ajude. Mas eu nunca vou ser eu a pôr, até por uma razão porque eu depois o meu objetivo nas minhas pousutas é que as pessoas mantenham o peso. Depois nunca é recuperarem.
0:36:49 – JORGE CORREIA
Não é isso que me interessa, não é para isso que as pessoas estão a parar com a pousutas E se há almas, depois o importante é que mantenham o peso.
0:36:54 – ÁGATA ROQUETTE
Mantenham o peso e o nosso objetivo principal é que percam o peso, mas que seja depois para a vida, que ganhem hábitos para a vida, etc. Até acredito em uma pessoa tá gente um juro intermitendo durante o mês, dois meses, três meses vai a perder peso. Com certeza tirou imensos lanchinhos, tirou os petits que tirou, quer dizer no fundo em qualquer dia, até que se tira e se vai cima e crescer. Mas então se tira o jantar, aquilo a partir da faca vai dar resultado, mas e depois Nunca mais vai jantar na vida. E quando voltar a jantar, quando voltar a pôr o pão da manhã?
0:37:20 – JORGE CORREIA
Volta outra vez a subir o peso Eu tenho quase certeza que sim Então quais são as suas estratégias para motivar, porque há aqui um trabalho em um acelerador, não é Motivações e desmotivações. Quais são as táticas que usam? Um dia livre, o que é um dia livre, é um dia livre no-transcript.
0:37:43 – ÁGATA ROQUETTE
Não é para se comer, muito é para se comer coisas que se gostem muito.
0:37:47 – JORGE CORREIA
Ah, afinal é um dia livre É livre.
0:37:49 – ÁGATA ROQUETTE
Pode comer um coração de manhã, um melhor coração que houver aí no mercado. Claro que não estou a dizer para comer nem dois, nem três coráteres, era só isso. Eu só não queria ir a quantidade.
0:37:58 – JORGE CORREIA
Não vá aos pastéis de beleio Exatamente sei, Pode ir, mas só pode comer um.
0:38:02 – ÁGATA ROQUETTE
O almoço, o prato favorito, eu comeria bacalhau-bras. Não tenho dúvidas nenhuma. Se tivesse de indiapta rigorosa o bacalhau-bras ao fim de semana, tenho que arranjar a maneira de opor no meu dia ali. Depois, à tarde, sei lá, foi à praia comer um gelado ou foi ao cinema e comer umas pipocas. Eu só não queria que fosse ao cinema e à praia, não.
No mesmo tempo, no mesmo dia, ao mesmo tempo, ou um petisco engraçado, mas amezas copãozinho todo lá para dentro, que é ótimo agora no verão, uma cervejinha a acompanhar momentos de relaxamento que não é só pela dieta, é pela semana de trabalho que nós tivemos e filhos de preocupações.
0:38:38 – JORGE CORREIA
É o nosso mercado.
0:38:39 – ÁGATA ROQUETTE
É o nosso escape e acho que as pessoas o façam por prazer e sem culpa, não é por compulsão. quem come umas amezas copão e uma cerveja não está a ter uma compulsão, eu acho que está a ter um prazer de um lado Está a ter um prazer a apanhar um sozinho ao fim do dia, antes ou este imenso e depois o jantar suchi, sei lá se gostam. Estou a dar um exemplo de um dia e isto também me parece lindamente. E nos outros dias. Nos outros dias.
0:39:03 – JORGE CORREIA
É férrea não.
0:39:05 – ÁGATA ROQUETTE
Não, não nos outros dias é porque não amoçamos. E jantar são refeições obrigatórias para os meus pacientes. Que é que tomei ceibao? porque era amoso que almoçam e jantei E não saltem refeições. Não saltem refeições depois no resto do dia. Ponho então a tal ancheira, adaptada à vida de cada um e ao dia que a pessoa tem. Por exemplo, tem imensas pacientes em turnos no turnos A dieta tem que mudar a estratégia.
0:39:25 – JORGE CORREIA
Isto toda muito mais difícil, não.
0:39:27 – ÁGATA ROQUETTE
Temos que mudar a estratégia. Se a ancheira dela ela ainda tem que durar para a noite, não é uma enfermeira, é uma pessoa que faça turnos. Tem uma paciente que faz a portaria de uma escola, mas tem que estar lá à noite. É assim. Eu tenho que adaptar, não é cada um. A ancheira será adaptada ao dia de cada um. Uns precisam ainda na ancheira de pré-treino e pós-treino, os outros não precisam porque não fazem nada. Então isso depois é que já vai adaptado. Mas os outros alimentos que eu estou a falar são normais. Temos falto frutas, temos falto iogurts, temos falto queis. Depois dependem da quantidade e de peso de cada peso, do peso que tenha paciente, que tenha cada paciente. Há uns que eu tenho por mais comida, tem mais peso.
0:40:01 – JORGE CORREIA
E depois mando aos que pesar todos os dias.
0:40:04 – ÁGATA ROQUETTE
Ah, não, eles só se pesam na consulta. Hum, então Então mais valente. não tem relação com a balança.
0:40:10 – JORGE CORREIA
Não tem relação com a balança, mas o pesar em casa todos os dias não pode dar uma sensação de responsabilidade.
0:40:17 – ÁGATA ROQUETTE
Em manutenção, sim, em manutenção. Eu peso-me todos os dias, os meus pacientes pesam-se todos os dias. Mas se apreguemos manter com unhas idênticas o que conseguimos Em uma crescimento mais valente, não tem relação nenhuma cobalança. Tem imensa influência em nós. Não digo lá isto é mais uma diferença entre homens e mulheres. Acredito com o homem que se pese a uma quinta-feira e ainda só perdia meio-quilo. Que não liga muito, lida bem com aquilo e continua a vida, continua igual E nós mulheres se calhar achamos que aí é, então vou comer.
0:40:43 – JORGE CORREIA
Não vale a pena.
0:40:44 – ÁGATA ROQUETTE
Não vale a pena. só perdi meio-quilo e tive-se de fazer este esforço. E este sacrifício de tudo. Eu vejo ele no historil e agora eu trabalho aqui. Onde estamos a fazer aqui o podcast? tenho aéreas, mas eu trabalhei muitos anos no historil, que entretanto peço E me mudei. Mas eu trabalhava lá de uma pastoria mais conhecida do historil, que toda a gente conhece. Com certeza não quer passar à publicidade.
0:41:04 – JORGE CORREIA
Isso é uma pena capital colocar uma nutricionista ao lado da melhor pastoria da cidade.
0:41:09 – ÁGATA ROQUETTE
Estava muito perto E as pessoas que já consultiram perdiam peso a seguirem um paga reto do historil. Agora imagine salas fissadas sem o mestolo e um lá para passar a vida.
0:41:22 – JORGE CORREIA
Então, e quando elas vêm aqui tem a balança e mais medo, mais o quê Média perreguia medo das encas, medo do quê.
0:41:28 – ÁGATA ROQUETTE
Essa balança que veio, medo de várias coisas que aparecem Uma balança que tem uma base. isso parece uma mandava especial E depois de transmitir para o computador medo de massa muscular, massa ou massa de gorda, massa óssea, água corporal, gordura visceral, que é muito importante o nível de gordura visceral.
0:41:47 – JORGE CORREIA
Gordura visceral é o quê, o que nós temos aqui.
0:41:49 – ÁGATA ROQUETTE
É gordura mais realizada na zona abdominal, que é mais perigosa.
0:41:52 – JORGE CORREIA
Isso é do dos rapazes, não é. Os meninos têm mais aí, as meninas mais nas encas.
0:41:56 – ÁGATA ROQUETTE
Pode ser ao longo da vida. Todo tem mais tendência para acumular na zona abdominal E algumas meninas também têm que é aquele tipo de corpo que de facto tem umas pernas mais fininhas e acumulou mais em cima. É menos solável. É um corpo que pode ser mais bonito feio não estou falando esteticamente é menos solável. Quem tem uma cinturinha fininha, esse cara, uma enca muito grande, pode ser bonito ao feio, mas é mais solável. E mas a partir da manopada nós ganhamos essa tendência de quase todas ficar mais quadradas para cima, ganhar imensa gordura na zona abdominal.
0:42:26 – JORGE CORREIA
E entretanto os homens ganham um balanço e por isso provavelmente morrem mais do coração porque têm essa gordura visceral. Essa perde-se primeiro ou depois quando se começa a fazer um No primeiro mês há muita redução de volume.
0:42:39 – ÁGATA ROQUETTE
Muito tempo porque eu também menso os centintes que me dava a perguntar assim faça algo de Barrilhinha, hein que Sim, sim é um peito assim Também menso. E sim, no primeiro mês as pessoas daliam uma sedição de desinchaço enorme na zona abdominal, o que também é mais uma motivação.
0:42:54 – JORGE CORREIA
Desinchar ouzo. a expressão de desinchar Sim é algo para dizer que a pessoa se desincha.
0:42:58 – ÁGATA ROQUETTE
Exatamente sim. Sim, também Temos, porque o aperdimento que vemos melhor vemos mais líquidos iluminares, mais toxinas. Também desinchamos efetivamente E também, obviamente, pela gordura corporal que que perderam.
0:43:08 – JORGE CORREIA
E para quem pode e foge muitas vezes para fazer cirurgias estéticas, de retirar a gordura e a fins. Isto não é um caminho para toda a gente, mas é um caminho para algumas pessoas. Ou não muda, ou lá está o substantivo aquilo que as pessoas pensam.
0:43:27 – ÁGATA ROQUETTE
Essas consultas, além de o tempo de espera é algum, não é para a cirurgia E essas pessoas são acompanhadas durante muito tempo pela parte da psicologia, da nutrição, médico, cirurgião, etc. Elas têm um acompanhamento muito grande porque elas têm que estar preparadas psicologicamente para essa operação.
0:43:45 – JORGE CORREIA
Para esse choque verdadeiro.
0:43:47 – ÁGATA ROQUETTE
Porque, de facto, se vocês perdem muito peso quando fazem a operação, o supremê-mesh tem que só estar líquidos. Mas depois no segundo mês entram buscar os semi-solids, temos papinhas de frutas, etc. E nessa fase também entram músicos de chocolate, se for preciso.
0:44:01 – JORGE CORREIA
E é uma verdadeira terapia de choque, se olhamos para E tem que estar preparadas.
0:44:05 – ÁGATA ROQUETTE
Não é, não podem comer músicos de chocolate só porque entraram nos semi-solids. Está até mesmo preparadas para a operação a vários níveis.
0:44:12 – JORGE CORREIA
Quando nós vamos ao supermercado, a minha sensação é que o carreirinho por onde eu vou passando me leva primeiro pelas coisas que eu não preciso. Lá está as bolachinhas, os chocolate e outras misérias, e só depois, algo descondidos lá no meio, estão os alimentos que provavelmente eu precisaria mais de consumir. Como é que uma nutricionista olha como É? fico como cliente do supermercado?
0:44:42 – ÁGATA ROQUETTE
Eu não olho para coisas mais porque eu não compro. E acho que é dos maiores truques que os meus pacientes podem ter É não comprar, porque se nós não comprarmos, nós não vamos ter, nós não vamos ter e pode chegar a casa estourados e até precisar de um menino, mas apresenta um menino, mas não há menino.
Já o faça há muitos anos. Tenho dois filhos com idades de comer muito, um conterreuzinho com dez. Se eu comprar tudo o que há no supermercado, eles vão comer tudo o que eu comprei. Então minha disciplina de casa eles não têm qualquer.
0:45:19 – JORGE CORREIA
Começa na dispensa.
0:45:21 – ÁGATA ROQUETTE
Eles não têm qualquer hipótese de fazer as meras. E atenção que os meus filhos comem muito. Tenho um filho acima do peso. Infelizmente ficou com esse peso desde a pandemia porque tem muita presença na comida. Mas não é porque eu não consigo controlar.
0:45:38 – JORGE CORREIA
É difícil para uma mãe nutricionista ter um filho exatamente que não está a fazer aquilo que suportamente devia estar.
0:45:43 – ÁGATA ROQUETTE
É até porque eu tenho que estar super elegante que é o mais velho, que também cresceu 15 centímetros este ano.
0:45:51 – JORGE CORREIA
Bom, aí não há peso que aguenta.
0:45:53 – ÁGATA ROQUETTE
A pandemia, totalmente porque eles engordaram os dois na pandemia. Eles são superatletas, fazem futebol, estão no estereo praia que é superpochado, tem jogos, tem trânsito e desta semana também tornei a semana inteira e de repente veio a pandemia e jogou na escola ou de inter futebol nos intervalos, todo dia, todo dia E a pandemia para o Para o hospital E estar em casa às tantas, por mais que não tenha nada em casa, quer dizer uma torrada em casa, são um des.
Eu deixo-vos comer pão. Não tenho blacha, não tenho cereais, não há qualquer hipótese de desneiras. Mas um pão em casa em pandemia não é um pão, são vários, foi preciso Foi-se um filho mais novo como sou dava, mas imagino sou preciso comer banana, uma pera, um iogurte, um. Tem imensa a voltar. Não para de comer Ao fim de semana. Fazemos refeições fora e eu estou acompanhada Porque eu também gosto que eles comam ao fim de semana, porque eles abeceram. Vamos a um restaurante, eles comem o típico bitoque. Eu adoro que eles comam o bitoque, não importa nada, também gosto, não é para aí. Só que depois o meu filho mais novo está sempre a esfera de que alguém deixe o bitoque e que vos comam de um pão no baixo da mesa comer o bitoque. Eu já não deixei comer mais pão do cesto, mas se está um escondido, estou ali com alguns problemas para resolver. Ele é supercrito e tem umas peixinhas que eu não aguento. Eu quase que estou aguentada com o bebê mais de um tempo, mas acho que vai ter que ser um bocadinho mais dura E eu acho que não está a altura de passar alguma coisa, porque eu acho que ele na escola como mais alguma coisa.
Ele não tem dinheiro, não tem potos de roubar, não levam-me para a escola, não tem cartões, não tem nada, come na cantina, mas ali que vai a coisa que está a altura de passar. Está a fazer lembrar uma parecinha muito engraçada que eu tinha cuidado dele, que nunca perdeu peso comigo, mas ela não fazia as meredas. Ela estava com a mãe à noite também. Dizer eu não consigo perceber. Ela está a fazer tudo tão direitinho. Dizer mãe, era dona de uma pastilaria, o que não era fácil, e ela deixou-te comer coisas na pastilaria. O problema dela é que a minha merenda tudo o que estava a ver na p e a mãe dizia ela deixou-te comer E passaram dois meses que nós não vimos assim grandes resultados, onde estava a batota.
Ela num dia contou-nos Com dez aninhos, virou-se para nós e disse olha, eu vou vos contar a minha verdade. Agora que vocês não descobriram, eu vou contar Exatamente eu vou vos contar a falar, eu a ouro da moço, como os restos dos meus amigos todos. E quando é que você come o croquetes, eu come 14. Meu Deus, porque devia pedir os croquetes aos amigos?
0:48:14 – JORGE CORREIA
Claro, se vocês não comem como eu.
0:48:15 – ÁGATA ROQUETTE
Exatamente, mas ela era muito engraçada. Faz um pouquinho lembrar a minha filha que ela é da chefeço. Ela não fazia se calhar comi lá uma merenda, mas ela gostava de mim e me da comida. Ela sobe com o d’unhaque. Comida do prato é para comer A merda está enjoada, diz a gente fala a ver de pratos assim mesmo pesados, então ela ali na cantina. aquilo, quando era bom, era uma desgracia.
0:48:35 – JORGE CORREIA
Lembram-me quando era miúdo e os meus colegas de turma na escola primária éramos todos magos que nem cães para os de virar tripas. E agora eu vou uma escola e não vejo isso, eu vejo muitos miúdos com peso a mais claramente.
0:48:54 – ÁGATA ROQUETTE
Sim, e a pandemia foi um problema Para mim. Ali em próxima eu tive muito bem. Não posso dizer que fui infeliz na pandemia, mas houve ali coisas que eu não gostei de ver. as minhas filhas pararam completamente de fazer desporto, agarraram só um jogo muito conhecido que é o Fortnite.
0:49:11 – JORGE CORREIA
Todos na Playstation.
0:49:12 – ÁGATA ROQUETTE
Todos na Playstation, eles que nunca tinham estado viciados em Playstation, mas que também queriam fazer. Não haviam nada para fazer, não podíamos ir à praia, não podíamos ir à piscina, não podíamos fazer nada, e agarraram-se ali a aos computadores. E eu acho que hoje é o grande problema. Os miúdos chegam à casa, não se mexem mais. Eu lembro dos meus tio muitos de eles vão ter esse cara a sua idade são nos vinhos. Os irmãos da minha mãe e eu lembro feitamente eles chegavam à casa e comiam tipo cinco carcaças e eram um bagrinhos, sempre foram, mas achei que não havia carro.
0:49:45 – JORGE CORREIA
Andava tudo na rua, sempre na escalfe de pó, sempre.
0:49:48 – ÁGATA ROQUETTE
E um já foi para o app para não sair onde viviam aires, mas iam até carcavelas a pé se for preciso. E nós não temos essa vida, nem os nossos filhos têm essa vida. Nós do lado para o outro de carro não damos a pé. As coisas mudaram um bocadinho. Então eu acho que é importante os pais incentivarem mesmo os filhos a fazer em desporto, porque é a única coisa que hoje vai safar pelos fazerem esse tipo E eu pedi a comer mais também ter uma vida mais normal como vocês tinham.
0:50:16 – JORGE CORREIA
Nós já falamos da lá está, das playstation desta vida, o outro porque a dígito digital é tudo muito agarrado ao telefone, aos instagrams, aos sticktocks desta vida. Também dois padrões daquilo que somos os influenciais. não é Para um lado um influenciador corpinho da Norn que parece que o mundo é absolutamente perfeito um lado, e por outro lado o influenciador que é exatamente o contrário, que é o que é a descargamento, computador e afins. E isto começa a ter efeito na cabeça destes mil deslogos desde muito cedo.
0:50:55 – ÁGATA ROQUETTE
Acredito que mais nas meninas não quer dizer que nós rapazes também, aqueles corpos perfeitos obviamente mexem com certeza e querem atingir a sefeza por comparação. Eu sofri muito com isso e não havia redes sociais. A minha rede social era ir ao Guincho e eu sofri horrores porque ele era tudo giríssimo, ainda é.
0:51:16 – JORGE CORREIA
Tudo giríssimo, margarim, das riz-surfistas, tudo.
0:51:21 – ÁGATA ROQUETTE
E eu tinha vergonha de despirar, não despia, estava enrolada de uma toalha E aquilo era o meu instagram e eu sofri imenso com esse instagram. Eu nem tenho noção o que é o sofrimento de uma vida hoje com as redes sociais, porque eu nem por isso passei. Acredito que a pressão seja muito maior. a frustração de estar com uma gínea até para baixo, até mais um kilo do peso deve ser algum drama e obviamente cada vez têm tido mais pacientes adolescentes, miudas nas consultas a querem nem ter um corpo completamente perfeito.
0:51:51 – JORGE CORREIA
Escrevi um livro. De resto escreva mais de um livro, mas são as 31 receitas, mais de 100 mil exemplares. Que reflexo é que eu ouviu De quem foi lendo o livro.
0:52:06 – ÁGATA ROQUETTE
Já escrevi. O problema foi que foi mais sucesso.
Ele ia se vendi 200 mil 250 mil, mas foi espectacular em Portugal, foi muito bom. Eu esse livro, eu tinha tido um convite de uma editora para escrever. Eu nunca tinha escrito, nunca tinha pensado em escrever um livro. E escreviu, não sabia que iria ter televisão. Eu não sabia, dependendo assim não ia contratar, eu não li o contrato Que dizia assim, tinha que fazer a promoção do livro e para ter eu cheio de escrever um livro e a vim dar aos meus pacientes, que já eram alguns, estava ótimo.
0:52:39 – JORGE CORREIA
E estava resolvido Eu sei umas certezinhas para levar para casa E estava escrito, mas não foi isso que aconteceu.
0:52:42 – ÁGATA ROQUETTE
Mas não foi isso que aconteceu. Eu tive um impacto grande, televisivo muito grande, quando foi a Mané-Liz Gosha e a SIC E nesse dia, como eu também vei fotografias minhas e doentes e do casamento, eu acho que as pessoas acreditaram efetivamente em mim porque, pronto, isto é real, isto é verdade, estão aqui as fotografias. Já pesou no peto, agora pesa menos e levou à compra, Ou seja o impulso que eu consegui nesses programas de televisão. Não dormi três dias antes de ir ao Mané-Liz Gosha De coisneiros. Claro, nunca tinha dado televisão na vida. Ainda hoje não gosto, ainda hoje não durmo. Não é uma coisa que eu adoro, mas graças a Deus já estou mais descontrida, obviamente, Queres ouvir este podcast?
Queria dizer não, mas se me diz que Quando começa aquilo vai para o meu dia antes e os dias dois dias antes E de facto, as pessoas compraram um livro, gostaram imensa da leitura porque eu tentei fazer dia a dia são 31 dias eu todos os dias falava com elas ou seja, hoje vai sentir isto, mas não se assuste. Vai ter mais fome, mas amanhã já vai ser melhor. Vai ver capaz, ao fim do dia, sentir isto Porque eu tenho experiência de consultas. Isto foi tudo feito através da experiência em consultas, que já são 20 anos, já dá consultas diariamente E eu acho que elas gostaram imensa também do próprio livro, ou seja.
Não foi só terem visto que é verdade acreditar em mim e levarem à compra. Começaram a gostar da leitura e da maneira que eu cheguei a elas uma linguagem muito fácil, muito real, de que elas percebessem o que estava lá e de nada pouco teórico que não tinha ali, a teoria toda E te repete, começam a fazer aquilo ainda. Começam mesmo a perder peso e quase começou a ser boca a boca. Estás mais magros que eu fiz. Olha o que o livro resulta mesmo lá veio outra compra.
0:54:26 – JORGE CORREIA
Eu queria ser um fenômeno de domino.
0:54:29 – ÁGATA ROQUETTE
Mesmo foi loucura. Eu nunca achei. Eu achava que eu juro, que achava que vender 200 livros nos meus consultórios aos meus queridos pacientes e que já vivia ficar muito contente porque eu nem sabia que tinha que ir à televisão, nem sabia que era assim que se lançava um livro, nem sabia que tinha que ir às férias do livro. Eu não sabia nada. Ao mesmo tempo foi bom, eu fui sem expectativa nenhuma. Depois escrevi um livro, escrevi aquilo que fazia nas consultas, está feito E foi muito bom. E foi uma altura muito casativa da minha vida. Tinha um bebê com dois anos e um com quatro meses quando escrevi o livro e a promoção não é fácil. E depois todo aquela um dietismo que na altura, depois de ganhar não é porque foi o livro de nutrição mais vendido, provavelmente até hoje em Portugal, soubidar, mas ainda assim lhe lida, e com muito cansásse, mas aguentei-me. Foi uma fase um bocado complicada, com bebés muito pequenidos.
0:55:24 – JORGE CORREIA
Nesses 20 anos e para fecharmos a nossa conversa, qual é o caso? a pessoa que mais é a orgulha no seu corrículo.
0:55:36 – ÁGATA ROQUETTE
Uma paciente que apareceu na capa de um dos meus livros, que perdeu 67 quilos No primeiro ano só com o meu livro. Perdeu 50 quilos com o meu livro só e apareceu um ano passado, o ano que marcou a consulta. Marcou o ano passado, um ano que eu soube para me conhecer e a partir daí ficou minha paciente e perdeu mais os outros 17 que faltavam comigo, mas já vinha com 50 quilos. Como é que alguém perdeu 50 quilos com um livro? É incrível.
0:56:02 – JORGE CORREIA
Que pessoa é esta? Como é que é É?
0:56:06 – ÁGATA ROQUETTE
uma pessoa que foi determinada, que se identificou provavelmente com a dieta e sim, não lhe costou especialmente e que se calhar queria mudar a vida. E aqui se mudar já não queria ter mais aquele peso. Tinha 132 quilos e chegou aos 60, e tal tipo é loucura. Perdeu uma dela, no fundo perdeu uma pessoa e até hoje nunca vou esquecer que alguém perdeu 50 quilos com o meu livro e depois me conheceu e que assim ainda perdeu mais peso até passar para a manutenção.
0:56:41 – JORGE CORREIA
A força de vontade conta e a ajuda técnica é fundamental. Mas para além da vontade e do fechar a boca a uma regra de ouro, mais do que perder peso, o difícil é manter depois o peso. Certo, porque quase todos nós engordamos por culpa dos hábitos, e gostar de comer bem é um bom hábito nacional. A comida é boa, saborosa, diferente. Cada prato parece que está mesmo ali a pedir para ser comido. Já nem falo de sobremesas com açúcar para 3 meses de caminhadas. Eu, o pecador, me confesso sou escravo de um magnífico leite creme feito com ovos de galinhas caseiras, leite gordo e claro, queimado na oara. Pensando bem, até poder haver uma dieta do leite creme do alto minho, Pense nisso, E até para a semana.